Ephemeris, v.1, n.1, agosto de 1916. 115 p.

/l;aas c-Oeneris I Enlianado em tem; braços perigosos, hei-de os meus nervos fortes sacudir, sem olhos para vêr seniio teus olhos nem ouvidos se1tão para te ouvir. Satan domina e triumpha em nossos gosos. Que importa'? A vida é-nos tão curta e feia! E a agua tão cheia de infern :-,es escolhos! E a terra de antros infernaes tão cheia! II Doudos, mais cloudos do que os doudos todos, enfrentamos a Inveja a arremetter sobre as boccas mordidas dos amantes, sobre o meu ser feliz, sobre o teu ser. Falem muito de nós os outros doudos , .. Digam de nós os fracos e apagados ... Não conhecem as noutes delirnntes na bebedeira de ósculos trocado5. III Meu vP-rso em braza a tua carne cante --o buço, o busto, o beijo, o braço, o andar– da noute á madrugada, sem cansaço, <la madrugada á noute, sem parar. Amêmo-nos, portanto, minha amante, hoje, amanhã, depois, continuamente ... Cada abraço inicie um novo abraço, cada beijo outro beijo ainda mais quente.- IV Do silencio das plantas ao silencio das mais altas estrellas e do céo, na gleba inteira, em cima, em baixo, em torno, e ao longe, e ao lado, e ao largo, e ao lôdo e ao léo, avulta a escachoeirar, como em Terencio, o som marruaz, estrepitoso e agudo, do amor, do immenso amor,-gloria e transtorno, alma de todos nós, alma de tudo. 1916. TITO FRANCO

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