Boletim Oficial da Instrução de OUT a DEZ de 1905

172 BOLE.T I M tenho feito,- o interesse, o zelo e a satisfação de paes, mestres e alumnos nas localidades em que estão estabelecidos os g rupos, comparando-os com a desi– dia e má vontade geral d'ag uellas em que a inda exis– tem as antigas escolas isoladas, para julgar-se bem do g rande valor da instituição. Em relatorios anteriores, quando commissionado par:i fiscalisação esco~ar, i?vestigando a~ causas que mutto obstavam a uniform1sação, me thod1sação e pro– ficuidade do ensino primario entre nós, citei como principaes : a extensão do Estado em que habitamos, levando por essa razão em muita conta a divers idade dos costumes e de elementos de vida, a falta de pessoal dedicado á profi ssão de educador de creanças e ao ne– nhum auxil io que a fami lia, com poucas excepções, · prestava para a d ig nificação da escola. • De muita difficuldade se me depa rava a resolução .do problema da uniformidade ào ensino primaria n'este E stado. Julguei mesmo que a instituição dos g rupos escolares, já a esse tempo estabelecida, tivesse de arcar com os inconvenientes que apontei . Não errarei, no entanto, affirmando irmos agora caminho de um bello futuro para a nossa instrucção popular, que bem cedo será uma realidade, na uni– formisação por que a distribuirmos, na dedicação dos mes tres e na confiança e bôa vontade com que os paes de familia virão auxilial-a. A minha en tidade de professor primaria, honrado com a confiança de observar o cumprimento da lei, sente-se bem, quando vê, em uma localidade do in= terior, ser o predio escolar apontado como um dos principaes, a sati sfação com que ma is de uma centena de creanças vae ali diariamente buscar a instrucção e os superaveis obstaculos que um estabelecimento d'esta ordem offerece aos deveres do mestre. Feli zmente é isto o que se observa em todas as localidades em q ue existem os g rupos escola res. A fa– milia, como que attrahicla pelas mostras de interesse e •

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