Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.
Oalgodão brasileiro · no Japão -·-- Iuforma a Embaixada do Brasil em Tokio que 0 segundo carr~gamento de trezentos fardos de algodão brasileiro, importados pelo Japão, impressionou a qualidade da fibra. A mesma Embaixada, em conjunto com o Consulado Geral do Brasil em Kobe, faz as seguinte~ observações sobre o assunto : 1) Nem todos os fardos apresenta– ram devida uniformidade nos tipos anunciados. 2) O algodão apresentava muitos nós, em consequencia do metôdo de– feituoso de colheita, facilmente corri– gível. 3) Eliminados esses defeitos, consi– dera-se o algodão brasileiro, pelo menos, tão bom, como o do tipo «Stan– dart Americano. 4) Embora já haja grande abatimen– to de frete para o algodão brasileiro, enquanto não se reduzir o volume dos fardos, por meio de prensa -de alta pressão,-uma vez que o frete é co– brado por tonelada metrica, isto é, por espaço-haverá sensivel encarecimen– to de frete, circunstancia que deixa em desvantagem o prodúto brasileiro, com relação aos demais. 5) Ha toda conveniencia de que os fardos venham atados com fitas de ferro, em vez de fio de arame. 6) E' necessario uniformizar o tama– nho dos fardos . E' de grande desvan– tagem a remessa de grandes e pe– quenos . A referida Embaixada mostra ainda necessidade de se cuidar da standar– lisação do algodão brasileiro, afim de fixar-lhe a reputação. Neste momento, por exemplo, num novo encaminha– mento de negocio de algodão com poderosa firma japonêsa, que deseja contratar aquisições regulares do al– godão brasileiro, está sendo de gran– de estorvo o enfardamento usado pe– los exportadbres brasileiros, que é como já foi dito de pouca compres– são . A comissario comercial do V Canadá está avisando que a firma Donald A. Goltmann, 660 St.: Catherine Street, West Montreal, Que., Canadá, dese– ·ja representar firmas expor– tadoras brasileiras naquele país. Os interessados poderão di– rigir-se diretamente a referida firma, obtendo referencias da mesma no Bank of Montreal, cidade de Montreal. Que. BOLETIM DE INFORMAÇÕES 7 PE::LOS l\i.l:" C.JN 'ICIPIOS ~'-li__.?_ ..çP João Pessô~ Este municipio, que é o an– tigo Igarapé-assú, está situado na zona bragantina e tem o seu territorio encravado entre ou– tros municipios banhados pelo Oceano Atlantico. Cortado pela Estrada de Ferro de Bragança, de Oéste para E'ste, tem uma superficie de 1.212 Krns.2, es– tando a sua população atual calculada em cerca de 75.000 habitantes. Município progressista, após a implantação do novo regí– men, valiosos melhoramentos foram inttoduzidos em seu ter– ritorio, principalmente na séde, atualmente iluminada á luz ele– trica: e com estação de radio. As suas rendas, que até r930 nunca ultrapassaram a ...•... 200 :000$, foram de 270:0768 e 458:856$, respetivamente, em 1931 e 1932. João P essôa c o m u n i c a-se CEREAL FARTURA ~~ ~~ > O cereal «Fartura>, uma especie ! j de «Andropogum>, de excelentes propriedades nutritivas, e que pe– las suas vantagens como planta l economica irá certamente revolu– cionar em nosso país muitas plan- tas industrialisadas e comestiveis, como o trigo e a cana de assacar, está sendo cultivada . em grande escala no sul do Brasil. Graças á iniciativa da Diretoria Geral de Agricultura, Industria e G)mércio foi essa planta introduzida em nos– so Estado, e fazem-se ensaios da sua cultura em diversos proprios dependentes desse departamento e, bem assim, em alguns terrenos particulares. O engenheiro agro- ! nomo Abelardo de Carvalho, resi– dente á avenida São Jeronymo, teve a gentileza de enviar á Dire– toria de Agricultura regular quan- ~ tidade do referido cereal, plantado ( e colhido no quintal de sua casa. < E' mais um elemento de indiscu– < tive! valor que se introduz na agri- < cultura do nosso Estado para o ~ desenvolvimento das suas possi- ( bitidades economicas. ~~ com a capital, da qual dista 120 Kms., por meio da E. F. de Bragança, por estradas de ro• dagern e por mar. Com os mu– nicipios de Maracanã, Marapa– nim, Salinas, Castanhal e San– ta lzabel, tem facil comunica– ção por meio de estradas de rodagem' e com os de Siqueira Campos e Bragança, pela via ferrea. Antes de 1931, apenas cinco rodovias existiam dentro do Município de João Pessôa, sen– do : - de Igarapé-assú (séde do Município) a São Luiz, pelo centro, 18 quqornetros; do qui– lometro 18, do Prata, a Santa Maria, 1 I quilometras; de São Luiz a Livramento, 6 quilome– tras; de lgarapé-assú a Maru– dá, 9 quilometros e de Timbo– teua a 4 Bôcas, 6 quilometras. Atualmente, além daquelas, estão em funcionamento mais as seguintes : Igarapé-assú (cidade séde do Municipio)-M a tap i q uara, numa extensão de 24 quilome– tras; Igarapé-assú- 2.° Caripi, com 10; 2. 0 _ Caripí-Maraca~ã, com 46; T1mhoteua - Tacia– teua, com 18; Igarapé-assú - Castanhal, com 56; Igarapé– assú - Quilometro 127, com 10,5; Igarapé-assú-Santa Ma– ria, com 18; Porto Seguro– Povoado, com II. Esta rodovia partindo do quilometro rn, da estrada 2.° Caripí - Maracanã, vai terminar no povoado de Porto Seguro, á margem do rio Maracanã. João Pessôa possúe ainda al– gumas estradas carroçaveis e caminhos vicinais, numa ex– tensão global de roo auilome– tros, aproximadamentê. , A principal produção do Mu– nicípio consta de algodão, ar– rôs, milho, feijão, tabaco, se-
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