Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.
BOLETIM DE INFORMA:ÇõES A pecuario do baixo Amazonas e a industria de laticinios Todo estadista que estiver de · posse das redeas do Governo para– ense deverá no momento em que chegar, olhar com cena previden– cia, para o futuro pecuario do Bai• xo Amazonas. Basta que o estudioso procure observar a formação do sólo var– zeo, a sua inundação periodica e adubação natural consecutiva, para tirar disso tudo, a conclusão de que~ passado que seja o rebanho bovino da região por urna transfor– mação eugenica, pela injeção de . sangue de raça com qualidades la– . tigenas consideraveis e acreditadas, . pode o mesmo, apoiado na exube- rancia da flora forrageira local, dar margem segura á industria de lati– cínios, verdadeira fonte de renda para fazendeiros e· criadores para– enses. O marasmo que notamos no nos– so meio pastoril é simplesmente de– vido ao processo por que criamos, sem a eficiente compressão de que não é na safra anual de bois que se deve apoiar o esteio da vida eco– nomica da fazenda, mas na indus– tri;i dos sub-produtos exportaveis para outros mercados. Ainda bem q1,1e o atual Governo do Estado, representado na pessôa do Major Magalhães Barata, está cuidando do aparelhamento de um serviço vete• rinario de ação segura e eficaz. O observador inteligente, ha de ter notido o delineameP-to desse aparelhamento, na Diretoria Geral de Agricultura, Industria e Comér– cio, pela Secção de Zootecn ia e Ve– terinaria, pela Sociedade Coopera– tiva de Industria Pecuaria do Pará, Litda., e pelo· Laboratorio de Bio– logia Veterinaria do Museu Para– ense Emílio Goeldi, que, embora não inaugurado oficialmente, está apresent:mdo frutos ótimos no es· tudo das nossas especies forragei– ras, nas pesquizas nosoologicas e na confecção dos diversos injetaveis para uso veterinario; acolá, a nos– sa velha Escola Superior de Agri– cultura Veterinnia, com o seu bem aparelhado curso de medicina ve~ 1 • terinaria, dotado de Hospital Ve– terinario e da Policlinica respecti– va, a fornecer proficionais compe– tentes para a grandeza e defesa da nossa criação de animais domes– ticas. Porque não acreditar num futuro promissor para o Estado do Pará, quando na sistematisação de todos esses servicos temos a mão timo• neira e fer.rea de um militar double de estadista e administrador? Não sei se é o sangue moço que me corre nas arterias que faz bro– tar tamanho patriotismo, porém sempre tenho em mente o efeito moral das lições dos mestres · que me segredavam ao ouvido, embora inesperiente, o patriotismo que re– voluciona e que produz. Senhores fazendeiros e criadores, cuidemos da · pecuaria do Baixo Amazonas. IVO FILHO RB[isto flB Lavrador0s e Criadoms « Marcas e Sinais» Em conformidade com o Decre– to n. 603, de 4 de Fevereiro de 1932, que alterou o Decreto n. 72, de 29 de Dezembro de 19 30 1 na parte referente ao Registo de La– vradores e Criadores, e creou o Re- . gisto de «MARCAS E SINAIS», ficam convidados os srs. lavradores e criadores do Estado a fazerem suas inscrições e registo na Secção de Zootecnia e Veterinaria, da Dirt:• roria Geral de Agricultura, Indus– tria e Comércio, a cujo cargo se acha aquele serviço, a fim àe que possam gosar das vantagens conce• didas pelo Decreto n. 72, acima citado; Art. 3. º, ali neas a, b, e, a seguir transcritos : a) Preferencia para recebi– mento das vacinas que fo– rem distribuidas a preço do custo pela Diretoria Geral de Agricuitura, In– dustria e Comércio, bem 13 Sindicalização das classes rurais -- O P. L. P, tem sido o grande baluarte da campanha de sindica– lização das classes obreiras do Es– tado, A projeção de sua at_ivi<l,ade neste setor de ação partidari.J., já se fês sentir nas posições de destaque rm que se acha colocado o repre– sentante das classes obreiras do Pará, deputado Martins e Silva. Sindicalizam-se por sua vez, as classes liberais (medicas, advogados e engenheiros) e as conservadoras (comércio e industria). Faz-se sentir no meio social bra• sileiro, a atuação desses ·sindicatos e cooperativas, já convidados para as lides da Co.nstituinte . No · entanto, jaz esquecida, uma das classes mais uteis ao País e a mais necessitada de seu apoio. E' a classe do pequeno lavrador. Ele não é patrão senão de seus filhos e mulher, que o ajudam à cuidar de sua produção.- Ele não é operario tambem, porque :não alu– ga o seu braço a quem quer que seja. Ele quando é proprietario, o é apenas do pequeno trato de ter• ra que cultiva. E quantas vezes não é do amanho da terra alheia que ele tira o seu sustento e do pro– prietario ! Ele, que é o grande fe- · cundador da gleba paraense, e o como a preferencia para o recebimento de sem,~n– tes e mudas vegetais dis– tribuídas. b) Preferenciq para a com, pra de animais reprodu– tores que o Governo ven– der em seus estabeleci– mentos zootecnicos e fóra de hasta publica, ou so– licitação de reprodutores das Estações de Monta Permanentes pará o pa– dreamento com o fim de melhorar rebanhos. e) Preferencia em caso de requisição de assistencia veterinaria ou agroncmi• ca, quando so verificar qualquer anormalidade que possa afétar os reba– nhos ou campos de cul• turas.
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