Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.

BOLETlll ,DE INFORMAÇõES 11 ASE·RICIGULTURA COMO INDUSTRIA DOMESTICA - !lllllílllllll!1UIUIJIIHUIU!llli!llll!ltll!1!!11lllllllltllllllllll A industria sericicola deve in– teressar ao grande como ao peque• no agricultor, sem prejuiso de ou• tros serviços fü1 que tenha de em• pregar a sua atividaâe. E' uma industr.ia caseira e facil, proveitosa e cheia de distrações, á qual i::ódem, mulheres e crianças, sem embargo de outros mistéres da casa , exercitar e disseminar sem grande canceira. Para conseguir bom exito, é preciso, anres de tudo, que a pes• sôa que se quer entregar á seriei– cultura tenha, para tal, os conheci– mentos necessarios. Sem estes, é tolice querer promover tal indus- tria. · O primeiro passo a dar quando se inicia á sericicultura, consiste em desenvolver a produção do alimen• to essencial ao bíchó da sêda. Como sabemos, cada familia de inietos tem a sua predileção por determinadas especies botanicas, constituindo, ás vezes, para estas verdadeiras pragas. Um inseto que parasita o coquei· ro, por exemplo, não procura a larangeira e, assim por · diante, encontrando-se, todavia, exce.ção, camo sucede, em geral, com os bichos dás frutas. O bicho da . sêda, cujo nome cientifico é Bombix•mori, alimen– ta-se da amoreira (Moru·s alba ou Morus nigra) planta essa d-i fami– lia Urticaceas, tribu das Moraceas , e do genero Morus. Devido ao Bombix-mori se ali– mentar de amoreiras é que a sua classificação pertence á especie ccmori», derivado esse vocabulo de Morus. Cultivar amoreira é preparar o futuro; portanto, não deve a nos– sa gente de campo esmorecer no incentivo de uma exploração ren- dosa e util. · Essa planta germina em quasi todos os terrenos ; ·entretanto, são condenaveis os terrenos humidos, pois ela prefere um clima tempe– rado, para o seu desenvolvimento rapido. !llll!!l!ll!l!IIIUtlllllll!Hll!HllU!ll!IUU Ulllll!lllt!lltlJIIIIU!lllllHIIH!HH!l!l!llllilllU!Hllll!lt!Hlll Criação A historia do bicho da sêda é longa e linda desde os seus pri- mordios tempos. · · Confucio, celebre filósofo chi• nês, que viveu 480 anos antes da éra cristã, diz-nos que a imperatriz Silingh-chi .criou o bombix 2.600 ~~{?""'~[j~~~ JJI MANUAL DE ( ~ CONTROLE LEITEIRO ~ ~ E !~N!!!!lN~~~RO l ), Luís Fer~~~~o Ribeiro ( t :t.ª PARTE j o o C "O Contr~le da Produção" ' } 11 a sair brevemente { ) Preço .... ..... :...... 6$000 \ · b Pelo correio...... 7$000 j o Pedidos ao Diretor do "Instituto □ ~ D. Macedo Costa" l (ESCOLA PROFISSIONAL DO ESTADO) Belém-Pará ~~~□~~~ anos antes dessa éra, obtendo ves– tidos e outros produtos. Qu:intos e quantos milénios são decorridos dessa éra ! Pratica da criação Devidamente aparelhado e dis– pondo da alimentação necessaria, o sericicultor poderá adquirir os ovos já hibernados, tendo em mente que, para cada grama, é necessa– rio dispor de 30 quilos de folhas, pelo menos. As racões serão distribuidas de acôrdo cÓm a idade: na primeira e na segunda, 9 distribuições de ali– mento de 2 em 2 horas, na tercei– ra idade, 6 rações de 3 em 3 horas, excéto nos dois ultimos dias quan· do se manterá o espaçamento pri– mitivo, na quarta e quinta idades, 5 rações de 4 em 4 horas, sendo esta na ultima idade muito abun– dante. Na primeira idade a alimenta– ção deve ser dada de folhas· ten• ras. Quanto á. quantidade, tomada como base 30 gramas de semintes, são precisos : na primeira idade, 6 quilos, na segunda, 20 ; na ter– ceira, 60 ; na quarta, I 60, e na quinta, 900 a 1.0·00. Decorrido::; os 24 dias, as larvas deixam de alimentar-se e procuram o bosque para constituírem os seus casulos. Bosque é um emaranhado de .garranchos sêcos de plantas que não tenham odor ativo, tais como a palma ou vassoura do assaiseiro, dispostos nos castelos. Os casulos são formados em 8 dias. Findo esse prazo, o sericicul• tor os retira para sufocar, evitar a evolução da crisalida e saida da borboleta, que perfuraria, inutíli· sando assim, para a industria da fiação. Depois dessa operação são êles expostos ao ar livre e logo que estejam bem sêcos pódem ser ven– didos. Produção de ovos Quanto a esta parte, deve ser de preferencia e de exclusiva res– ponsabilidade das repartições ofi– ciais, onde se encontram um cor– po técnico, especialmente para seleção, e um aparelhamento ne-' cessario, como seja o Laboratorio de Biologia. Sem auxilio do La• boratorio a industria não progride, pois nele é que será pesquizada a biologia e a patologia do bicho da sêda. RAIMUNDO PINHEIRO. Secção de Zootecnia eVeterinaria Venda de material biolo• gico durante os mêses de Janeiro e Fevereiro de 1984 771 Empolas diversa~....... .. 1:766$800 15 Registos de Lavradores e Criadores ......... ; .... ., •• 95$000 1:861$800

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