Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.

1 . I J I ,, · BOLETIM. DE INFORMAÇõES ( Do « Manual de Controle Leiteiro e Manteigue:r0 », 2.n parte-em preparação )' ~ ~ Ração é a quantidade de alimentos que um animal con– some em 24 horas. A ração de um animal com~ preendeduas partes eSBenciàis, "qúesão: 1.a Uma parte destinada a fazer face âs necessidades da vida, :é dizer, conservar o calor do organismo, assegurar as funções vitais e reparar os gastos dos tecidos. O animal vfve sem ganhar nem perder peso:· é a ração de conserva– rão.. (1) · 2.a Outra parte destinada a fornecer os materiais, seja para o crescimento do animal novo, seja para a produção do leite na femea em lactação, seja para a produção do tra• balho no animal de tiro. E' a rar:ão de produção. Quando 8 quantidade de forragens distribuida é sufi– ciente .para a ração de con• servação, o animal não au– menta de peso; uma vaca em lactação, emagrece e dá pouco leite. Com uma ração de produ– ção pequena, o animal em cres– cimento apresenta um leve aumento de peso; a vaca lei– teira dá um po_uco mais de lei– te e emagrece menos . Com uma racão de produ– ção abundante, 'o crescimento .do animal no'V'o é normal, o mesmo sucedendo com a pro- . dução do leite ou qualquér ou– tra funcão economica. · . Todavia, está no interesse dó criador, evitar gastos . inu– teis de forragens sobretudo, quando estas são adquiridas no comercio, alem de que, umà ração abundante, sobre– carrega o tubo digestivo do anirnal, podendo até mesmo, produzir complicações graves. M -- Alguns tecnicos brasilei– ros usam o termo «mantença». Pre• ferimos o 'termo e conservação », mais adquado. Pelo agronomo Luís FERNANDO RIBEIRO Convem que o criador saiba, que a capacidade de prodm;ão leiteira de uma vaca, depende do seu coeficiente idiosincra· sico, ou, em outros termos, da sua individualidade. O au• mento da ração em um indivi• duo medíocre, não o faz me– lhor do que êle realmente é. Se fornecermos a uma vaca que possue capacidade para produzir 3,000 litros de leite anuais, uma alimentação ,defi– ciente, o animal forçosamente reduzirá a sua produção; se fornecermos uma alimentação calculada para a produção de 4.000 litros, a vaca não produ– zirá mais de 3.000, limite ma• ximo de sua capacidade. Em amb·os os casos houve prejui• sos para o criador. Alem dis– so, uma alimentação deficiente continuada por longo tempo, pode fazer a vaca perder, para sempre as suas boaR qua– lidades, mesmo que se voltem para éla, posteriormente as melhores atenções. (2) · Daí, a necessidade de con– trole da produção leiteira, ser completado pelo controle da alimentação, pois só assim se poderá julgar a capacidade leiteira de · um determinado animal. O problema do racionamen– to oferece, certamente, alguma (2.o) - A secreção do leite é, com efeito, uma dás funções mais impor– tantes do organismo animal, já pela sua complexidade, já pela sua · ex• trema sensibilidade. Considerada sob este ultimo ponto de vista, po• demos mesmo adiantar, que nenhu– ma outra função do organismo se lhe equipara . A glandula mamaria é um orgão diretamente ligado ao sistema neu– rn-vegetativo e endocrino. Qualquer influencia externa repercute forte– mente na secrecão látea. Dai a im– portancia ~~ 9ue se reve~te esta função nob1hssana @o orgarnsmo fe– minino, carater que sintetisa no mai<; alto grau a diferença sexual uqs organismos supérióres . . complexidade. Todavia, ob• servando-se certas regras já consagradas pela pratica, po– de-se conduzi-lo a bom termo. O criador inteligente certa– mente, não encontrará gran• des dificuldades na aplicação dessas regras. Com o auxilio delas e com os elementos qúe a pratica diariamente põe á sua disposição, o criador . poderá alimentar btm1 e eco– nomicamente os seus animais, fazendo-os produzir de acor– do com as suas capacidades individuais, sem o receio de aborrecimentos e prejuiz·os, muita.s vezes advindos de pra– ticas àefeituosas e rotineiras. A racão de uma vaca leitei– ra deve conter : l.° ·urna certa quantidade de energia. Para esse fim, determina-se o equivalente fe– caliano que consiste em se fornecer na ração diaria uma certa quantidade de princípios denominados energeticos, ne– cessarios para a conservação do organismo e a produção do leite. · 2.o Um minimo de materia azotada digestível. 3. 0 Materias minerais e vi- taminas. ' · 4. 0 Uma determinada quan• tidade dagua, seja COII_l a ra– ção, seja com as bebidas. 5. 0 Uma determinada quan– tidade de materia ·sêca. Alem dessas quantidades, a ração não deve conter princí– pios toxicos nem nocivos ao organismo e déverá ser a mais economica possível. E M janeiro de 1934, 0 Brasil exportou 1.430.502 sacas de café. Não ha mAmoria de sâfra tão elevada na exportação de um unico mês. ~ ij

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