Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.
1 l, .. DIRETORIA GERAL DA AGRICULTURA, INDUSTRIA ECOMÉRCIO NUM,7 BOLETIM DE INFORMA OE~ p AR Ã j j Belem, Mavço de 1934 1 1 BRAS.IL Aexportação de madeiras d~ P~rá Gf/6 - -----~ ... ,, Examinando a estatistica da exportação de madeiras paraen• ::,es nos ultimos anos, conforme abaixo se vê, nota-se, até 1930, com oscilação apenas em 1926 1 o crescente dessa exportação, sobretudo para o estrangeiro, enquanto no ano seguinte ha uma queda muito sensi\-el. Diversas causas poderiam ex• plicar esse decrescimo e, entre elas, consideramos como a mais de'preciante, a falta de confian– ça que nasceu da remessa fre– quente, em todas as encomen: d,1s feitas, de madeiras mal apa– relhadas ou inadequadas ao fim a que se destinavam. A falta de organisação inicial desse negocio, baseada no es– tudo das qualidades intrinsecas de cada especie, com a deter– minação das propriedades que as recomendassem para tais e tais usos, facilitou esse fato, desde que não havia fiscalisa– ção alguma nas exportações, atendendo ainda a grande va– riedade de essencias florestais encontradas na bacia amazoni– ca, algumas de dificil identifi– cação, entre si, pela enorme se- melhança de estrutura. · A exportação de dormentes começou a interessar os mer– cados estrangeiros, apresentan– do as maiores possibilidades de negocio. Com efeito, é no– ta vel a dureza de algumas es– . . pecies, como «Pao darco, Pao santo, Massaranduba>, etc., que aliam, a essa propriedade, uma durabilidade bem elevada, mes– mo sem sofrer, a madeira, qual• . quer tratamento químico espe– cial. Essa desvalorisação das ma- deiras paraenses coincidiu com o inicio do Governo revolu– cionario no Estado do Pará e foi com a devida presteza que foram, por este, tomadas as medidas indispensaveis ao so– erguimento des5a importante fonte de renda. Logo em 1q3r foi creado o serviço de fiscalisação e classi– ficação de madeiras sendo, des– de então, todos os embarques assistidos por classificadores da Diretoria Geral de Agricultura. Esta fornece aos interessados um certificado de qualidade q.as :madeiras exportadas, sem o qual não poderá ser feito nen– hum .e_mbarque. D.esse modo, agindo com ri– gor, foi. possi vel assegurar a bôa qualidade das diversas es– pecies exportaveis, classifican– do-as em tipos conforme o seu esta·do de conservação, benefi• ciamento e utilidade. O nivel de progresso atingi– do pelas diversa& industrias no mundo atual e a concorrencia existente não permitem m&is o desenvolvimento de um ramo industrial qualquer que se as- . senta em metodos empíricos, sem base cientifica. Por isso, tem sido dificil a colocacão de alguns de nossos produtos em mercados exigentes. E' o que se passa com o nosso comér– cio de madeiras. Enquanto as emprezas madei– reiras ·não cuidarem do melhor aparylhamento · de suas serra– rias de modo a poderem ofere– cer sempre um artigo seco e bem preparado, uniforme, as nossas essencias não poderão conquistar certos mercados, embora sobresaia a superiori– dade das mesmas em alguma.s de suas propriedades. Nestes ultimas dois anos a exportação para o estrangeiro fez-se, na maior parte, p~ra ·ª Europa ( consumind.o Portugal · cerca de 2/ 3 do total), saindo pequenas quantidades. para os Estados Unidos e Japão. · Essa exportação é constituída, quasi que na totalidade, de madeira bruta, em tóros. A tu;llmente abrem-se novos mercados, . no sul da Europa, com o estabele• cimento da navegação· italiana · regular para o porto de Belem, servindo os principais portos do Mediterraneo. Outros mo– tivos de ordem geral têm •con– corrido para o continuo de– crescimo das exportações para o estrangeiro. O comércio para o sul da Republica mantem-se regular com quasi todos os Estados do litoral, principalmente os do nordeste. · Estatística da exportação de madeiras paroenses : Estrangeiro Sul Total kgrs. kgrs. 1924.... ... 17.133.911 60.077 .608 77 .211.519 1925...... 29.186.125 55.337.694 84.523.819 1926.... ... 15.616.929 53.625.176 69.242.105 1927....... 66.919.140 43.381.151 110.300.291 1928....... 66.9€6.216 45.180.742 112.146.958 1929....... 95.176.091 46.'.!87.995 141.464.086 1930....... 97 .052.508 31.166.727 128.219.235 1931....... 16.663.443 20.879.056 37 .542.458 1932.. •••. • 14.409. 193 22. 371.000 36.780.193 1933....... 8.392.092 26.584.047 34.976.139 Obs.-A presente estatística estáfeita,até o ano de 193r, de acordo com dados da Com– panhia do Porto do Pará e, 1932-c933, de acordo com os certificados fornecidos pela sec• cão de• Fitotecnia da Diretoria Geral de Agricultura. · L. o. 1 .... pu1,-:-._.... , O PARÁ 1 :ElBL• 1' • • Se ç ã" de O hri, s u . __ ;i_r_ã___ !--------· j
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