Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.
12 BOLE"l'IM DE i.JW (}i\MA.ÇõF.S ---- ~-----,_,,._... ____ ...,.., _____ ..,..., ____ ,...., __ ,..__...,... ________ ......, __________ __ 1 ACULTURA SYSTEMATICA DO CACAU ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~ A graudesa e a prosperidade do Pará, consistem na cultura syste– matica do cacau. Para introduzir-se a cultura sy5tematica e methodica do cacau no Tocantins, bem como em todas as zonas adaptaveis á mes· ma existentes neste grande territo– rio, não basta a visita periodica de emissarios do Governo distribuindo folhetos, fasendo prelecções e de– monstracões de cacaual em cacaual; não bast; a affirm.i.tiva dada pelos mesmos de que o Governo está re• solvido a amparai-a tanto quanto passivei, para o engrandecimento do Estado. E' preciso a educação do homem tocantino e de todo o interior, nesse grandioso trabalho, não abrindo campo de sementes, dentro das cidades; não mandando o encarregado de taes campos in• traduzir em um pequinino paneiro cinco ou seis mud1s oriundas de an1endoas defeituosas; as quaes, de– pois de uma viagem de dois, tres ou quatro dias, em barco, chegam ao porto do destino quasi mortas. Faz-sé preciso e de execução ina– diavel a abertura de campos de aprendizagem referente a essa mes• ma cultura, com anfiexação do Campo de Sementes, ao alcance dos habitantes de Carnetá, Mocaju• ba e Baifo, devendo ser o local escolhido numa das muitas faixas de . terra do Estado que bordam. o grande Tocantins. Esse campo, a guisa de escola, será util não só ao cabôclo traba- Ext1•ahldo do P!,[atorio apre~0ntado, ao dlreotor da Aqriol!tltttI?a . pelo sr. Jo,sé Julio da SIiva t lhador, mas tarnbem aos donos de cacauaes, porque nelle todos ap· prenderão os modos praticas, me· thodicos e facionaes coacernen tes á grande cultura do cacau. Alem de ser urna creação de real gran · desa para os dias futuros do Pará, é, tarnbern, um acto altruistico e patriotico do Governo Paraense, dando trabalho e, por isso mesmo o meio de ganhar o pão aos seus irmãos do interior. S~rá necessaria a introduccão de duas ou tres <lu– zias de no'rdestinos para servirem de estimulo ao trabalho, junto ao nosso cabôclo. Será preciso tam– bem, a exemplo da Bahia, o coope• rativismo ou o syndicalismo, como amparo á grandiosa lavoura; mas, antes de tu:io, é preciso abrirem– se os campos, taDtos quantos fo– rem ,ecessarios, a fim de educar o homem no trabalho methodico e organizado. O homem do Tocan– tins, como todo o homem que teve a infelicidade de applicar sua acti– vidade na industria extractiva da borracha amazonica, ficou, na ex– pressão nata do vulgo do interior, emborrachado e não fazer outra coi– sa senão confiar na acção da gran– de natureza. E' preciso, pois, o trabalho. Sem elle, muito teremos que luctar sem proveito. Se o Go– verno ahrir quatro campos de ap– prendi zagem, á guisa de escolas, plantando por sua conta 20.000 cacaueiros em cada um, no fim de tres annos começará a colher 20.000 kilos de cacau respectiva• mente, o que significa renda suffi.– ciente para auxiliai-os, com a per– specii va de augmentar a producção para 30.000 kilos, sob essa media de I 1/2 kilos!por cacac1eiro. Julga– mos de bom alvitre lembrar a cria– ção dos campos nas seguintes zonas: O primeiro entre Mocajuba e Baião, no Tocantins; o segundo, á margem da estrada Ernesto Ac– c.ioly, município de Ali:amira, no no Tapajos. Os campos Jesemen– tes sem o conhecimento da cultura por parte do interessado, nada fa. rão sem o exemplo ào campo de ens;namentos annexado. Quer o Governo Federal, quer o Estadual, applicarão mal o dinheiro emquan– to mantiverem campo de Sementes de Cacau, sem o ensinamento da cultura do mesmo. Visitando o campo de Sementes de Cametá, verificamos que o seu director, dr. Edgar Bezerra, está em harmonia de vistas comnosco quanto á an– nexação de uma plantação de ca– caueiros á guisa de campo-esc:)Ja. No momento c0ntem aquelle cam· po, 40.000 mudas de cacaueiros em suas especies, em condicções de transplante. Mas como utilizal– as, se nenhum interessado possue terreno prorn pto, exactamente pela falta de conhecimentos? Nestas condicções) terão o mesmo desti– no e o mesmo resultado que tive– ram as mudas da Estação Granolo– logica Paraense, em Marituba. e~m~~rnrn~~w~~~rnrnrnrn~~rn~rn~~rn~~rn~~rnrnrnrnrnrnrn~e B VERNISES - CHROMOS -- NACOS - SOLAS - RASPAS H ~ co~~~~E ~~G~~RY ! 8 - OE··- B B SAUNDERS & D~VIDS, LTD. 8 8 CAIXA POSTAL, 176 End. Tel. MAGUARY - PARÁ-BRASIL 8 ilW~iW~iW~iiW~WW~WW~iWW~ww•w~11~1~1~w:
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