Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.

10 BOLETIM D.li: INFORMAÇõES ., .......... ,., .. ·- ~••••v•v ~ Infecções causadas pelo Leite ~ . ~ e$ ~ ~ ~ ~ MEIO DJ: EVITAL-AS-- Dr. Arn:,ando de Mendonça Maroja, Chej'~ do LaboraJ·orío de Microbíolo\fÍa da Faculda,le ,te Medicina do Pari, ). Nos paizes europeus e americanos especialmente na Suissa, Allema~ nha, Ftança e Estados Unidos. o Serviço de Fiscalisacão do Leit~ e Lacticínios -attingi~ tão elevado . grau de perfeição, que hoje são, nesses logares, raríssimas ag doencas attribuidas ao leite, podendo· o consumidor ter absoluta confianca no producto, seja sob o ponto de vis,t~ chimico ou bacteriologico. ludo merece especial cuidado dos techenicos encarregados do controle sanitario, sendo os animaes seleci:1onados cuidadosamente, sub• mettidos á prova da tuberculina, realizando se a ordenha nas melho– res condições possíveis de hygiene, o mesmo acontecendo com o tran– sporte e acondicionamento do leite, feitos ao abrigo de contaminação, em camaras frigoríficas, obtendo-se deste modo, producto com pepueno numero d·e germens por c. e. Em certos logares mesmo, o consumidor tem a ',sua disposição excel!ente leite, isento de germens nocivos, pausterisado, e encerrado em vasilhame adequados. ~~o Brasil, em certos Estados como Minas Geraes, São Paulo e Rio de Janeiro, o serviço já tem uma efficiencia relativa. Entre nós, ate bem pouco tempo, não existia serviço bem organizado de fiscalísação, podendo-se assim explicar, em parte, a grande mor– talidade infantil, causada sem du– vidar, por uso de leite impuro e conta.minado. Felizmente agora, a Int~rventoria Federal vem de resolver esse im• portante problema, creando o Ser– viço de Fiscalisação Sanitaria do Leite, com regulamentação bem elaborada, devendo em breve se realizar a tuberculinisacão de todo o gado leiteiro, a vac~inação dos bezerros recem-nascidos pelo B. C. G., e applicação de outras medidas hygienicas necessarias á obtenção de producto puro e nutritivo. Sob o ponto de vista chimico, podemos dizer n~ nossa qualidaàe de technico encarregado desse ser– viço no Laboratorio de Analyse da Saude Publica, que o p<1drão medio do nosso leite está muito abaixo do padrão mínimo adaptado no Rio, e que é o segui nte : Acidez dornic.. .. .. ..... ... I 5° Densidade a r 5 .º C-10,29 a ro,33 Extracto secco .... ............. r 2,2% Lipides .......... ... . .... .. . 3,5 Extraçto desgordurado.... . 8,7 Entre nós, a densidade media não passa de 10,30. 0 , a percenta– tagem dos lipides de 3,5%, o ex• tracto secco de 1 2 %, e o desgor– durado de 8,3%. Contribue para isso, a falta de selecção do gado existente nos es· tahulos, e as pecim,s condicções dos mesmos. Alimento insubstituível para as creanças até urna certa épocha, e t 1 e grande valor alimentício para os adultos, em vista de sua com– posição assas complexa, encerrando pro.teinas (caseína, lactalbumina e globulina) gordura, lactose, saes mineraes, lecithinas, etc, afora vi· taminas e enzimas, infelizmente offerece, quando impuro, innumt– ros perigos, em vista dos numero– sos elementos microbianos que po– dem contrari1inal·o. Sob o ponto de vista bacteriolo• gico, esses elementos microbianos podem pertencer a urna ~as t:es grandes classes : germens 111fecc10· sos, gerrnens de putrefac1;ào e ger– mens acidificantes. GERMENS INFECCIOSOS Numerosos microbios podem se transmittir ao homem, por seu in• terrnedio, taes como o germem do abono epizzotico do gado vaccum e cavallar que produz no homem a melitococia; o Mycobacterium tuberculosis ; o Corynabacterium diphteriae; os bacillos tiphicos e os para ·typhicos, o estreptococcus, o bacillus anthracis, e para alguns, o ultavirus productor das parotidi· tes, afora outros de menor impor· tancia. A febre ondulante, intecção de– terminada pelo microccus meliten· sis, doença hoje que é encontrada onde se procura, pôde ser trans· mittiàa ao homem pelo leite, que aliás é a maior fonte de contagio, pois se sabe que o agente do aboc to epizootico das vaccas, do gado cavallar, o Bacterium abortus, Bang, assim como o productor de nrna infecção no porco, o Brucella abortus suinus, não são mais do que variedades da mesma espé'cÍe microbiana (Microccus melitensis ou Brucella melitensis). Realmente hoje toJos os bacte· riologistas admittem que o Bruce!· la abortus é pathogenico par,1 o homem. No Co0.1ité Permanente da Re· partição Intermciona! de Hygiene Publica de Paris (outubro, 192S) e~rn~~rnrn~~rn~~~~rnrnrn~~rn~rna::tel'Jrn~~rn~~rnrnrnwrnrnrn~e 8 VERNISES - CHROMOS --- NACOS -- SOLAS - RASPAS tl B------ ------8 8 co~~~~~ ~~G~~~~ 8 B DE --· B 8 SAUNDERS & D \VIDS, LTD. 8 B8 CAIXA. POSTAL, 176 - Rnd. · Tel. ~IAGrARY - PARÁ-BRASIL 8 8 ~ro~~rn~~ro~~rnrornrnrnrnrn~ro~~~~~w~~rornrn~rnrn~rn~~

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