Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.

BOLETIM. DE INFORM'.A.ÇOES il OULTUBA TRA'rOS CUL'rURAlS (Desbaste e Replantio) O desbaste é a operação que tem por fim a _supressão das plantas excessivas por covas deixando -se no maximo 2 J>E\S em cada cova. Faz-se á maquina, por meio dg enxadas e a mão. O desbaste a maquina só se faz para o algodão herbacio e é uma operação que de– manda habilidade e principalmente animais adestrados. Logo que as plantas estiverem bem vingadas , com uns 25 cent. de altura, iniciam-se os primeiros tra– balhos de cultivação. Por ocasião da l a, eapina, simultaneamente com este faz-se o desbaste. No arrancamento procura-se dei– xar as 2 plantas mais vigorosas de cada cova. REPLANTIO Para a cultura do algodoeiro man– ter-se' em boas condições, fazt'm-se desde o inicio da plantaçãn até uma parte da colheita diversas capinas. O seu numero depende exclusiva– mente do estado do terreno em rela– ção as plantas daninhas e por essa razão não se pode aconselhar a quanto dev, 0 rão montar. Na:i capinas ter-se-á em vista : -1. 0 ~ Iniciar somente quanto se possam distinguir as carreiras. -2. 0 - Depois de um certo desen– volvimento da pfanta as capinas de– vem ser o mais s:u.perficiais possíveis, para evitar a destruição das raízes secundarias destinadas principalmen– te a nutrição da planta. -3. 0 - A demora das capinas prejudica o trabalho dos capina– dores, pois as hervas ja crescidas resistirão mais. -4. 0 - Nas culturas rotineiras as capinas são f'eitas a enxadas. -5. 0 - Depende muito do preparo das terras e oportunidade dos terrenos cultivaveis o bom exito na extermina– ção das hervas daninhas. COMB}\TE A'S PRAGAS As principais pragas que atacam o algodoeiro aqui no Estado são : a lagarta rosada e o ,curuquerê. Lagarta rosada: combate-se e;;ta praga expurgando-se as sementes antes do plantio por diversos proces– sos ~endo o principal por meio do sulfureto de carbono. (Dr. P -a u I o Cabral) ( Conclusão ) Outras medidas poderão ser adota– das para evitar a "propagação dessa praga tais como : queimar todas as caooeiras onde tenha havido esta cuitura; durante a colheita .obrigar os trabalhadores a colherem separa– dos os · capulhos atacados pela la– garta que são facilmente reconhecíveis e incinera-los; plantar onde for possí– vel variedades herbaceas precoces cujo ciclo vegetativo menor não faci– lita a reprodução da lagarta. CURUQUERÊ Vulgarmente chamada lagarta do algodão O Verde Paris é por assim dizer, o especifico, para a instinçã_o do ••••• • • ••• • • os srs. M. Santos & Fi- lho, remeteram por • intermedio da Secção de • • Industria e Comércio des- • • ta Diretoria Geral, para a • • Embaixada brasileira em • • Roma, um rico album re- • • digido em. italiano. • com vistas da fabrica «S. Vi- • • cente» de sua propriedade, • • para figurar na exposição • • permanente dos prodútos • • paraenses ali mantida • pelo nosso representante • diplomatico. • • • • • ••••••••••• Curuquerê. Para a sua aplicação por meio de pu)verisadr,res é aconselha– vel a seguinte formula: Agua ..... , . . .. . . . . 100 litros Cal extinta . . . . . . . . 3 >> Verde Paris . . . . . . 500 gramas Este processo denominado por via unida. Para os pequenos agricultores que não podem adquirir pulverisaànres, o Verde París, pode ser administra– do por via sêca, do seguinte modo : toma-se um sarrafo que tenha o comprimento i;;-ual a largura das fi– leiras. Nas extremidades do sarrafo pregam-se dois saquinhos de fasenda rala e forte (aniagem); depoi, abre– se no sarrafo, na parte em que está pregada a bôca do saco, um f'uro de 2-3 cent. de diametro, por onde, com auxilio de um funil, se introduz o Verde Pari,-;. O sarrafo pode ter 3 cent. de grossura por 6 de largura. Pregam– se os sacos na parte mais estreita e na mais larga é que se abrem os buracos. O Verde París pode ser aplicado misturado <\Om a f'ormula a seguir : Verde París .•.. ; . . . • . 1 litro Formula . • . . • . . . . . . . • 20 litros Modo de aplicar o inseticida: Quando os algodoais ainda f'orem pequenos (at.3 80 cent. de altura) um homem segurando o sarrafo pelo meio, percorred as ruas do algodoal, sacudindo-o ~fim de que o Verde París que está dentro de saco caia sobre as plantas. Se estas já PS– tiverem muito crescidas, o operador montará num cavalo. A oc~s1ão mais propria para o em– prego do Verde Paris é pela ma'ijhã quando as plantas ainda estão orva– lhadas. CAPAÇÃO E DECOTE A pratica tem demonstrado a con– veuiencia de ser feita, algumas vezes, as operações denominadas capaço e decote, consistindo a primeira em eliminar o broto terminal da planta, e, a ~egunda, na decepagem dos brotos dos galhos quando estes se desenvolvem muito, fáto que sempre se dá nas plantações feitas em terras muito ferteis mesmo utilizando va– riedades anuais. As duas operac,ões poderão ser feitas simultaneamente ou ,em oca– siões diferentes. Estas operações não devem ser f'eitas muito cedo, pois neste caso os resultados seriam negativos e nem tambem muito tarde, porque então de nada serviria. A observação e experiencia são os melhores guias neste assunto. METODd MODERNO AMERI– CANO DO CULTIVO DO ALGODÃO Síngle Stalk (Haste simples) Com o fim de divulga-lo resu– mimos o mesmo : Como ja disse acima, o algodoeiro possue duas qualidades de ramos : vegetativos e frutíferos. Varios meios tem sido postos em pratica para diminuir o desenvolvi– mento dos ramos vegetativos _ em beneficio dos frutife1·os. Dentre os varios processos para

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