Boletim de Informações, v.2, n.6,n.7,n.8, n.9, n.10, n.14. 1934. 173 p.
ROLE'l'IM DE INFORMAÇõF.S 5 ---......,.. . ....,....,.._ _,,..,,...,...,,_.,,...._.,..,...___....,__.....,_______..,._,___ ,....,.-.~-------------,.__..,,.____ ~ ________......____,.._,,_,_ O ,que r,,. ·. . as mães devem -.x: ___ _ ..,.v., ,.."',.. .......... .. saber ·~ t O leite como alimento e o seu papel no organismo Por se tratar de assumpto de rc- _levante interesse para a collectivi– dade, o. cBoletim de Informações transcreve, hoje, nas suas columnas a brilhante conferencia do dr. Luiz FernandQ-Ribeiro, director da Agri– cultura, Indrrstria e Commercio rea– li.zada na noite de 27 de a'o·osto . d ,, prox1mo. passa o, no Radio Club do Pará, Illustres ouvintes : Seguindo os illustres medicos ins– pectores do Serviço de Industria e Commercio do Leite e Derivados, drs. Brahim Jorge e Armando de Mendonça Maroja, que, com seus conhecimentc,s scientificos, occuoararn o apparelho do Radio Club pai·a ex– por pontos interessantes sobre os perigos que o leite pode encerrar corno alimento de primacial neces– sidade, deveríamos, nesta palestra , apresentar-vos o nosso prRgramma de trabalho e o que já temos, mo- . <lestamente mas criteriosamente, rea– lizado neste sentido, Balaceaudo os nossos ti:abalhos de poucos dias, achamos, por enquanto prematura qualquer exposição. Es– tamos accumulaudo documentos para que, na occasião da luctit cerrada que teremos- de travar com os des– honestos e ambiciosos, tenhamos, ao nos.o lado, os beneficiados pelo Ser– viço,_aquelles que não podem passar sem o uso do precioso alimento, de familia, que fazem do leite, por vezes, exclusivo alimento dos seus filhinhos. As nossas palest1·as, ás_ segundas– feiras, pelo microphone do Radio - Club . são mais dedicadaa a ellas, como' responsaveis directas pela saúde o desenvolvimento dos seus cbebés», rebentos que precisam crescer e desenvolver-se sem os contragolpes de doenças, que, muitas vezes, lhes põem em perigo a vida quando não os fazem succumbir, victimas de infocções fataes, produ– zidas as mais das vezes, pela inges– tão de leites impuros e microbianos. Deixando de lado essa parte, que conshtuivá uma futura palestra sobre o nosso serviço, queremos .dizer ~lgo sobre o papel do leite, como ali– mento, isto é, o papel que elle re– presenta no Qrganismo. Os phisiologistas definem o leite como alimento completo. Porque? O qne ,ignifica nlime11to coinpleto ';- A1~te~ de estu.darmos esse ponto façamos uma rapida digrnssão sobre o organismo a·nima.J, esse complicado conjuncto de &pparelhos e orgãos harmoniosamente trabalhado e que constitue uma das mais bellas obras da natureza viva. O organismo humano, como o ani– mal, é comparado a uma machina, machina composta de peças especiaes, consumindo, como qualquer outra, combustíveis, que são os alimento ser produziúdo, tambem com qual- f ioffliôfl~~filllôl j o Theso~,~ :,,:;:n~º Estado teve o seguinte movimento fi– nanceiro durante o mez de julho ultimo. Receita arrecadada Saldo de junho .... 2.087:899$574 217:872$282 Total . . . . .. ..... .. 2.305:771$856 Despesa effcctuada 2.136-:836$415 Saldo para agosto . 168:935$441 ---► ,,. . ........... -- ... -.,. ... -, ... -,..,_....,_,...,_,,_ ......... quer, outra, um i·endimento, que é o ti'aba]ho vital. 'roda a machina E>ncontra a ener– gia accu.mulada, em estado latente, no conibustivel que consome : carvão lenha, kerozene, etc. O organismo encontm a energia necessana accun'nilada -ehimicarnente nos alimentos e a utiliza para a conserva-,ão normal de sua activida– de. No ·organi•mó a energia soffre transformações e degradações e apó, servir intimamente a todas as ce– lulas e, conseguentemente a todos os orgãns, desprende-se pela com– bustão sob. a forma de calor e outras. mánifestaçiíes de força vÍVíl- A ber~o, para o consumo da energ-ia alimentar o ciclo ene1·getico do organism~ animal fecha-se pelo des– prendimento de calor. • li.:' assim que se exrlica a origem e se revela a significação real da:– quillo que se conhece pelo u<nne de c(ilo1· vu.:tal. Jssim poi~. ainaveis ouvintes, . é o calor vital que mede a e~10rgia potencial do3 alimentos e a mten– sidade victal do organismo. Este conhecimento, muito em– bora pouco comprehensivel para quem se ac!rn pouco enf/onhado em assumptos de phisiologia é bas– tante, entretanto, para a kludição do ponto que pretendemos explicar. Continuemos todavia : O organismo, para viver e tra- • balhar, precisa de consumir uma determinada quantidade de alimentos, quantidade esta a que se denomina ração. Suppouhamos um homem t:lm re– pouso isto é, inactivo, sem trabalhar. • A quantidade de alimentos que elle consome é denominada ração de consei·vação. Esta ração ~ utili– sada para cobrir as pCI·das constan– tes que os orgãos sóffrcm em. conse– quencia do seu trabalho (circurlação, respiração, excreção, etc,) A ração de conservação fornecerá, tão S0 • mente, o calor indispensavel á ma– nutenção da temperatura do corpo isto é, as exigencias da vida vege– tativa. · Supponhamo3 que o individuo do no.sso exemplo fon10ça um tra– balho qualquer . Em tal hipothese, a quantidade de alimentos, bastante 110 primeiro caso, torna-se insuffi • ciente; exige, pois, um supplemento . Eate suplemento de alimentos é o que se denomina 1Yição de prodiicçãn. Agora, presados ouvintes, mais um outro ponLo precisamos ex– plicar para completar o assumpto que ferimos aqui. Sabemos que o organismo pre– cisa de energia; já vimos que essa energia é fornecida pelos alimen• tos. Agora, precisamos explicar que essa energia está contida, potencialmente, em <:erLos prin– cípios dos alimentos, principios esses denominados nutritivos, representando papel especial nos complexos e íntimos phenomenos da nutrição . Esses princípios nutritivos 1 ~e acordo com a sua compos1çao chimica e funcção especial que exercem no organismo, são elas- , sificados nas seguintes cathegorias: ma terias azotadas ou albuminoi– des. mater!as hidrocarbouadas; 1rHlterias graxas, saes mineracs · vitaminas. >
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