Boletim Agro - Cooperativo. 1954

BOLETIM AGRO-COOPERATIVO -17-. o D A COOPERATIVO INTERNACIONAL Prezados companheiros: pa1iu~;;_s1~~1~s,a:ª~~~~~o;:tv;_m tertúlia Fiel ao seu roteiro programático, o C. N. E C. assinala, com abundância de coração, esta data magna, evocadora do eclodir e da expan– são univ~rsal da idéia rochdaliana, que ven– ceu e vai vencendo percalços em todo o mun- do. · Temos sem desfalências lutado dêste adarw que é o e. N. E. C., como sabeis, numa porfia agonística de lidadores de idéias-fõrças. Não nos tem entibiado o ânimo nem os ob.;tàculos materiais sem número, surgidos, nem os ade– manes, os esgares, as ameaças ou a acusma dos derrotistas, reacionários ou incompreensi– vos. Temos resistido, de armas em riste, à pos– tergação ou deformação dos bronzeos postula– dos cooperativos, dos ,seus princípios norma– tivos, de tão elevado teor humano. Nada _pos tem feito ou fará recuar da rota que nos4'íi,a- çámos. ' • Temos um nobre apostolado que realizar e todos sabemos que a sementeira das graMfles idéias nunca é despicienda ou frustrânea; mais messes fartas, dentro, claro, das limitações e cedo ou mais tarde, sempre l'rut..ifkam cm peculiaridades ou possibilidades de nossa eco- Por Fábio Luz Filho logia humana. Ambientes propícios de recepti– vidade só poderão ser criados com a ação per– severante e impertérrita da doutrinação falada ou escrita. Sob êste e outros aspectos, o C. N. E. C. tem procurado fazer o que lhe é possível, quer através de "Arco-Iris", quer me– diante participação em congressos, reuniões e atividades Ol]tras, inclusive perante o próprio Parlamento, como o fizemos recentemente. Tem êle agido dentro dos linhas de seus po– deres de entidade que, além de não dispor de elementos financeiros suficientes, ainda não viu as suas secções atingirem o grau de efici– ência desejável, por motivos vários, que aca– bamos de melhor compreender em nossa re– cente visita a Estados do Nordeste. \Devendo prosseguir nesse caminh? arestoso mas necessário, por imperativos de consciên- .eia, apelamos, neste dia de tão alto valor mo– ral e histórico, para que cada filiado ao C. N. E. C. faça um grande esfôrço no sentido não só da ampliação de nosso quadro associa– tivo e consolidacão de suas bases financeiras, senão também no da dinamização de traba-· lhos quanto à pregação do ideário cooperativo. Aos prezados companheiros, nossas efusivas e sinceras congratulações pelo dia de hoje. Fratres in unum. O Centro Nacional Na Passagem do de Estudos XXXII Dia Cooperativos Cooperativo 1nte rna ciona1 o EXPEDIENTE DO D. e. A. ·s. R. REFE– RENTE A ESSA COMEMORAÇÃO Mensagem dirigida aos representcm– tes nos Estados, em 3 de Julho. Não devem ser meramente protocolares as palavras que, na passagem do 32. 0 DIA CO– OPERATIVO INTERNACIONAL, dirigimos aos companheiros que militam no Movimento Cü– operativo em nosso país. Palavras protocolares são palavras frias, contaminadas de conv,m– cionalismo ôco, incapazes de ter a repercussão de uma ardente mensagem afetiva, brotada dos próprios sentimentos humanos. A doutrina rochdaleana, tôda ela, está im– pregnada dêsses sentimentos, porque a sua base é a pessoa humana, naquilo que ela te– nha de mais substancialmente positivo e ge– neroso. Sem espíritos sãos, bem ordenados e superiormente dirigidos no sentido do bem– ~star geral, dificilmente poderemos realizar os postulados da teoria que encerra, em si, a mensagem de boa vontade e compreensão en– tre os homens. O Movimento Cooperativo Brasileiro recla– ma justamente a sincronização dêsses senti– mentos eletivos que unem e consolidam os la– ços da estima, formando a tessitura de sua ética; que é um verdadeiro código de moral pública a sanear o meio em que vivemos. O nosso Movimento ainda é incipiente, sob o aspecto dessa plenitude e unidade de sen– timento em torno da Bandeira da Coopera– ção, a despeito das conhecidas realizações que tem em seu favor. As nossas cooperativas, na generalidade · dos casos, são unidades isola– das e desarticuladas, que desconhecem a exis• tência de suas co-irmãs. Não basta que haja reciprocic,lade de sentimentos e atitudes apenas entre os associados de uma coope,rativa: é pre•– ciso que tal recíprocidade de interêsses una as cooperativas entre si, tornando-as instrumen-

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