Boletim Agro - Cooperativo. 1950
fOLETIM AGRO-Ci>OPERATIVO -41- t órgão diretivo, aos funcionários con~cados, o cooperativismo paraense t em atravessado al– ternativas calamitosas, incluindo-se a admi– nistração de pessôas destituidas de certos prin– cípios e de espírito cooperativista. Diante de um quadro dessa natureza, tan1' na imprensa desta capital corno no BOLETIM AGRO-COOPERATIVO, cuja publicação, se encontra interrompida, desde 1948, devido ao congelamento de verbas, o qual esperamos rei– niciar êste anc, temos dado curso a uma lite– ratura de combate aos erros que presidiram a experiência do cooperativismo amazônico, no– tadament e no que ocorreu com a fundação, em massa de co:iperativas de várias modalidades, que depois de um surto efêmero tiveram de sofrer as consequências da imprevidência, da ignorância e muitas vezes da improbidade de seus fundadores. Quanto ao programa que tivemos o prazer de submeter à apreciação do, renomado mes– tre, agradecemos a opinião e esclarecimentos emitidos, porque, intercalando o "círculo fe– chado", lecionamos aos escolares do, curso pri– mário, · das 3.ª, 4.ª e 5.ª séries rudimentos ao alcance da mentalidade, digamos, "popular", no sentido de incutir nessas gerações as noções preliminares do associacionisrno cooperativo, envolvendo a sua doutrina e "democracia eco– nômica" . Muito nos agradaria e ilustraria receber o número 128, de "Economia" citado, a fim de formarmos no,sso critério sôbre o projeto de lei cooperativista em debate na Câmara dos . Deputados. · Finalizando, penso que, dada a função pe– dagógica do cooperativismo e a sua adaptação ao nível intelectual das massas, com institui– ções culturais cmno o Curso de Filosofia Coope– rativa e a Faculdade Livre de Cooperativismo, a vitória coletiva do sistema rochdaleano será definitiva, salientando-se essa obra de tama– nho alcance, que ainda São Paulo, pelos seus "missionários da cooperação", oferecem ao país. Atenciosas Saudações .- Bruno de Menezes Chefe do S.A.C. OF. N. 0 60 - De 1/3/50. - Ao Secretário Interino da Cooperativa Agrícpla Mista de Mocajuba. - Presta esclarecimentos. Em resposta ao vosso ofício s/n., de 31 de janeiro· do corrente ano, protocolado nesta re– partição, sob. n. 0 63, acusando o nosso ofício n. 0 1 e telegrama de 26 de outubro p. passado .- declaro-vos que examinando o assunto, che– gamos à· conclusão de que está nas mãos dos associados dessa Cooperativa re"Solver o assun– -to por meio da convocação de uma assembléia geral extraordinária, com o fim especial de estudar a situação eccnômico-financeira dessa entidade, podendo por esta ocasião, ,escolher urna nova Diretoria, composta de associados bem intencionados, que estejam dispostos a trabalhar de comum acordo e em harmonia, o que forçosamente, redundará em proveito pró– prio da sociedade. Pela correspondência recebida dessa enti– dade se verifica que há grande divergência de opiniões, sendo que êsse estado de cousas nada constroi, pelo contrário, destroi o pouco que já por ventura tenha sido feito em pro'! dess,a so– ciedade, resultando em desmoralização dos sa– dios princípios do sistema cooperativista, até então pouco compreendtdo entre nós. Quanto à venda dos animais recomendo que nada seja deliberado sôbre o assunto, sem audiência prévia deste S.A.C., pois é propósito desta repartição fazer seguir até esta cidade, ainda este mês, um funcionário· deste Serviço, para estudar e resolver o assunto, em conjunto com os membros dessa diretoria. Qualquer resolução ou modificação que ve– nha sofrer a administração dessa Sociedade, deverá ser imediatamente comunicado a este S.A.C., para seu conhecimento e devidos fins. Aproveito o ensejo para reiterar-vos os pro– testas da mais sadia cooperação. Saudações Cooperativistas Bruno de Menezes Chefe do S.A.C. OF. N. 0 67, de 9/3/50. - Ao Sr. Prefeito Municipal de Bragança. - Faz exposição de lei. Orientados por esta repartição diversos agricultores que se dedicam à cultura do fumo nas terras dos Campos de Bragança, em nú– mero de 26, aos 24 de dezembro do ano findo constituíram uma sociedade sob a denomina– ção de "Coüperativa dos Plantadores de Fumo de Bragança". Sendo facultado por lei, a profissionais de .qualquer classe, espontaneamente; fundarem essas entidades · para defesa de seu trabalho, melhoria de produção e maior recompensa econômica, compete aos go•vernos estaduais e municipais estimularem a organização dessas instituições, de evidente proveito para a mo– dalidade do set9r em que a mesmo tiver de operar. Dado o processo do ato constitutivo obede– cer à normas estabelecidas na atual legislação cooperativista em vigor, compete a esta repar– tição, na qualidade de delegado do Serviço de Economia Rural do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador e orientador das cooperati– vas no território nacional, a finalidade de ob– servar e instruir os interessados quanto às normas exigidas para o registo dessas entida– des. Acontece que o decreto n. 0 22. 239, de 19/12/932, em vigor, especifica no art. 13 e seus parágrafos, que as cooperativas para formação do processo de seu registo no S.E.R. deverão obter certificado de arquivamento dos do– cumentos de constituição. Saudações Cooperativistas Bruno de Menezes Chefe do S.A.C. 1
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