Boletim Agro - Cooperativo. 1950
-22- BOLETIM AGRO-COOPERATIVO ... A Chefia do S. A. C. na fundação do Centro Nacional de Estudos Cooperativos RELA TÓRIO Senhor Governador: Nos termos da Portaria n. 0 162, de 30-6-49, e do ofício número 1. 506, de 1-7-49, do Sr. Dr. Secretário Geral do Es– tado, avionei para o Rio de Janeiro, a 3 de Julho, chegando no mesmo dia, afim de participar do concláve de técnicos co– operativistas, para fundação e instalação do CENTRO NACIONAI,, DE ESTUDOS COOPERATIVOS. 1 - As reuniões preliminares conta– ram com a presença de dezeseis (16) re– presentantes, inclusos do Distrito Fede– ral, Estados do Sul, Norte, Nordeste e Centro do País, participando das últimas sessões o Pará, em virtude de nossa che– gada posterior ao início da assembléia. ·Não obstante êsse atrazo, nos foi dado to– mar conhecimento dos assuntos debati– dos, pela leitura das atas, sendo-nos, de– ferencialmente, permitido assinar as que estavam lavradas e igualmente os Esta– tutos. Como ainda 'se encontrassem no Rio diversos integrantes do co:qcláve, ti– vemos, com os mesmos, proveitosas e in– teressantes conversações, envolvendo a ação cooperativista no Pará, seus efeitos educativos na juventude escolar, as cau– sas dos fracassos de muitas sociedades cooperativas, bem como seus excessionais progressos, fenômenos êsses que, geral– mente, se assemelham, no âmbito do ter- _ ritório pátrio, tratando-se de cooperati– vismo. 2 -Em síntese, a fundação do CEN- 1 TRO NACIONAL DE ESTUDOS COOPE– RATIVOS, conforme a sua estrutura esta'– tutária, objetivou a instituição de um ór– gão autônomo, de carácter cultural, com a missão de difundir a doutrina e a prá– tica do sistema cooperativo, congregando os estudiosos da matéria, desenvolvendo a propaganda do cooperativismo, como um processo de reforma econômico .social, esclarecendo a real expressão do movimento, de propósitos conciliaUvos, e, porisso, merecedor do apôio da família humana. Foram essas idéias, além de vá– rias medidas fundamentais, abrangendo os setores educativos, preparando o jovem .de hoje e homem de amanhã, para uma percepção mentalizada e altruística das virtudes do sistema, único meio de com– bater a ortodoxia dos processos extremos, para a felicidade dos povos, que corpori– ficaram a lei básica do CENTRO. 3 - Estabelecendo os Estatutos, en– tre outras, a categoria dos sócios coletivos e individuais, fizemos associar-se, como pessoa jurídica, o SERVIÇO DE ASSIS– TÊNCIA AO COOPERATIVISMO, na pri– meira, e, na segunda, a chefia desta re– partição, em meu nome, como pessoa física. As taxas aprovadas para essas ad– missões foram pagas, achando-se o nosso Estado inscrito como um dos fundadores daquele Instituto. Oportunamente, espero reunir as pessoas compreensivas, simpa– tizantes do cooperativismo, para organi– zarmos nesta capital, uma Secção do C. N. E . C . , distinguindo os cidadãos mais orientados para os cargos diretivos, dando execução, dêsse modo, ao programa do CENTRO, do qual estamos credenciados como representante no Pará. 4 - A presidência e a secretaria ge– ral dêsse órgão couberam aos renomados técnicos e mestres cooperativistas, douto– res Fábio Luz Filho e Waldiki Moura, respectivamente, dois ardorosos vanguar– deiros do cooperativismo nacional, com apreciavel trabalho construtivo e obras notáveis, publicadas sôbre o assunto, que - recomendam a cultura brasileira nêsse campo da economia social. As sessões ple– nárias realizaram-se na SOCIEDADE NA– CIONAL DE AGRICULTURA, ora entre– gue à direção do abalizado economista patrício, doutor Arruda Câmara tendo continuado as atividades restantes na ,sede da CAIXA DE CRÉDITO COOPE-
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