Boletim Agro - Cooperativo. 1950

BOLETIM AGRO-COOPERATIVO -17- OS PROBLEMAS DA TÉRRA Os Territórios Federais do Acre e Amapá, na própria Amazônia, estão dando o exemplo aos dois grandes Estados da região, em maté– ria de regime de t erras e fixação do homem rural. Não temos cessado de pedir a atenção dos poderes competentes para esse problema, sob os seus dois interdependentes aspectos. Um conveniente regime de terras é o que oferece maiores possibilidades de produtivida– de agrícola e econômica do solo. E o principal elemento que isso proporcio– na é a ocupação da terra pelo homem com ,o sentido da sua propriedade, isto é, segurança de cultivá-la, colher o fruto do seu trabalho e dispôr dela na conformidade dos seus interês– ses. No Pará, ,o regime é do arrendamento anual O COOPERATIVISMO E O CACAU Cooperativa dos Cacauicultores Baia– nos de Resp. Lit da. , acusou a cifra de Cr$ 151.293.557,00, no seu movimento de exportação e venda de cacau. O Fundo de desenvolvimento eleva-se a ..... . ..... . Cr$ 6.048.704,20 e o Reserva passou a ser' de Cr$ 636.664,10. O capit al subscrito, que, em 1949, era de Cr$ 2.367.800,00, teve, também, sensí- vel acréscimo, passando a .... . ... ... . Cr$ 3.382.900,00. O capital realizado, que era, em 1949, de Cr$ 1.643.150,00, elevou-se a .... . .. . Cr$ 2.603.975,00. Apesar de vários óbices, a cooperativa distribuirá em dezembro do ano corren– te, como retorno, a importância de Cr$ 1.650.265,40. --oüo-- AUMENTA O NúMERO DE COOPERA- TIVAS ESCOLARES r Segundo informou o Servico de Eco~ nomia Rural do Ministério da 0 Agricultu– ra, é <;Je 647 o número das cooperativas escolares registadas até agosto de 1950, correspondendo a 75.602 sócios e a um capital subscrito de Cr$ 771.429,40. Dessas cooperativas, 38 estão localiza– das no Nor te, 200 no Nordeste, 142 em Leste, 266 no Sul e 1 no Centro Oeste. de lotes, par a a colheita das safras pendentes,. o que estimula o saque às riquezas da terra, es– peculações burocráticas e quai).to seja preju– dicial ao patrimônio orgâni-co 1'.o Estado e em geral à administração pública. Para cohonestar a má prática, o Estado es– tabelece determinadas obrigações de conserva– ção e beneficiamento dos lotes que arrenda, rµas não promove a devida fiscalização por não ser sua intenção o cumprimento de tais cláusulas. E como o arrendatário isso não ig– nora, t rata de tirar da terra o que pode, sem pensar no futuro e só deixando nela o que não lhe seja possível usufruir imediatamente. O governo do Acre está obtendo ótimos re– sultados concedendo lotes nos arredores dos centros demográficos, sob título provisório até que o colono demonstre condições para obter a propriedade. Entre essas condições figuram as de resi-: dência com a família no lote, prática de agri– cult ura e cri ação de animais domésticos plantio de seringueiras durante três anos consecutivos em número não inferior a trezentas arvores, conservação das seringueiras nativas, etc. Confirmando outras informações a respeito, Edgar Teixeira Leite há poucos dias escreven– do neste jornal sobre o povoamento da Ama– zônia, declara-se edificado cDm os excelentes resultados dessa ,política. Todos sabemas aquí que o Acre já produz cereais, café e muito do que importava até pouco t empo, encarecendo o custo da sua pro– dução extrativa. Enquanto assistimos ao regre~so dos derra– deiros nordestinos mobilizados para l) "progra– ma do aumento da produção da borracha como esforço de guerra, verificamos que apenas os colocados no Acre lá continuam, radicando-se à terra, satisf_eitos e prósperos. Quase todos eles são hoje proprietários de 1:Jtes de t erras que cultivaram elhes asseguram dias melhores. No Território Federal do Amapá, o rumo do seu governo tem sido idêntico, e por isso vem conseguindo em seis anos duplicar a população e elevar o nível do seu padrão de vida. Alí não é somente a: exploração mineral que alarga dia a dia a área econômica do Territó– rio, mas as atividades agro-pecuárias em pleno desenvolvimento, com a facilidade da aquisi– ção das terras necessárias e decidida ajuda do governo para o respectivo aproveitamento re– munerador. É desse modo que se combatem idéias ex– tremistas e se valorizam a terra, o homem e ,o seu trabalho . Nem se compreende que seja o governo de– tentor de terras devolutas, sem ânimo de transformação em proveito seu e da coletivi– dade. Não é de terras impmdutivas que o gover no deve querer viver, mas do seu cultivo e do seu aproveitamento racional. (A Provinda do Pará) (

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