Boletim Agro - Cooperativo. 1950

~ BOLETIM AGRO-COOPERATIVO - 9 - C)bra 11leritória Para que o Brasil consiga êxito em• suas campanhas de reerguimento econô– mico, faz-se preciso que abandone tcfdas as fórmulas rotineiras de produção, mas não bastará , entretanto, apenas esse es– forço t écn ico. Será preciso mais, muito mais, prin– cipalmente no que se refere à organiza– ção dos produtos e da produção, porque sem essa atuação subjetiva e objetiva nào se conseguirá eficácia nos planejamentos oficiais ou nos esforços privados. E essa organização dos trabalhadores, nó setor econômico, só se efetivará atra– vés do cooperativismo, que é universal– mente consagrado como o instrumento fabril para se atingir esse escôpo. No Brasil, um tipo cooperativo se im– põe, pela oportunidade e pela excelência - de seus propósitos. Referimo-nos ao cré- olarecido e com maiores possibilidades de· fazer triunfar o ideal cooperativo em ter– ras de Sant a Cruz. Para maior êxito dessa campanha não se pode prescindir da participação dos poderes públicos - federal, estaduais e municipais - ao lado das irn,tituições particulares e das pessoas que se empe– nham pela difusão do ensino cooperativo no país. dito cooperativo, que, além de congregar os profissionais, lhes propicia financia– mento adequado às suas atividades, isto é, a juros módicos e sem garantias deci– sivas, baseado, como é, no vínculo pes– soal. Mediante os recursos financeiros for– necidos de acôrdo com as características e as necessidades dos empreendimentos visados, o crédito cooperativo se trans– forma em força poderosíssima para se es– truturar em bases racionais as fontes de riqueza do país, desde já amoltj.ando-as às diretrizes socializadoras dos governos em– penhados em agir evolucionàriamente. Que se multiplique, portanto, o ampa– ro do crédito cooperativo ao trabalho na" cional. Quanto se fizer neste sentido constituirá obra meritória. · . (Da Gazeta de Noticias-Rio) dos do interior correriam por conta da Escola, de vez que o benéfico resultado iria ser aplicado nos munícipios que con– tribuíssem para a formação da mesma. O estudante, ao voltar para o seu município, levaria consigo a obrigação · moral de difundir os ensinamentos ad– quiridos, trabalhando pela fundação de cooperativas, que pudessem melhorar a _situação premente de nossa gente do in– t erior". Eis por que achamos bem interessan– t e a sugestão apresentada pela revista AMAZONAS-COOP, a respeito da criação Cada município contribuinte teria o de uma Escola Inter-Municipal de coope- direito de matricular gratuitamente de– rativismo, cuja manutenção ficaria a car- terminado número de alunos, "que viriam go das Prefeituras dos 25 municípios em tomar parte num curso intensivo de co– que se divide aquele Estado. "Todos da- operativismo, feito dentro das próprias riam a sua contribuição em quotas-partes, cooperativas, para um aproveitamento como se adota nas cooperativas, até que mais rápido"• fosse tot almente integralizado o· capital Eis aí uma sugestão in.teressante que estabelecido para cada município". bem poderia ser aceita e executada pelos O seu funcionamento seria em Ma- municípios que compõem cada Estado do naus, no período das férias escolares, en- Brasil, principalmente naqueles onde o tre dezembro e março de cada ano, faci- cooperativismo vem se desenvolvendo à litando assim a frequência de estudantes · · margem de uma orientação educacional da capital e do interior. "As passagens, capaz de exercer certa influência na estada e alimentação dos estudantes vin- mentalidade popular.