Boletim Agro - Cooperativo. 1947
BOLETIM AGRO - ÇOOPERATIVO atribuindo-se ó -seu papel détisivo '3:0 'Surto necessário à industriallzação dos produtos agro-extrativos e pecuários. Esse crédito, e~tretanto, destinado pre– ferencialmente .aos pequ~nos agricultores, deve ter a- sua -apli<;ação dentro dos moldes do-. cooperativislno de produção e d~ cQ.n– sumo. Dêsse modo, a C. C, C. se apresenta "Como jnstitulção destinada- a promover o crédito máleáve1_e fácil às CQoperá.-tivas do país, para que estas possam fõmentar a pro– dução agrãria nacional, adotando métodos racionais. A assistênda oficial de crédito, tenden– te a auxiliar cooperativas, não pode-ria con– timiaJ.' concentrada nos princípios duma dis– tribuição -com uma .sistematizacão comer– ,cial, concediâ:a a prazos curtos, 'com reem– , bolSo num ciclo de t empo breve. Além do mais,_o crédito naque1as condições não se subordina às eventualidades, nem às sur;.. presas, por vêzes desagradaveis, das cultu- ras de estações . , Neste caso, à maneira do que se faz nos Estados- Unidos, reconheceu-se a necessida de de um órgão autônomo e especia1izadc– de financiamento, com recursos bastant-~~ e a necessária e.1asticicfade de- crédito, vara atender, indistintamente, .a qualquer org~- h ização cooperativista. · Formação d~ capital para funcionamneto · ~ do Banco Con,necem-se, no momento, as dificul– dades d'a Caixa de Crédito Cooperativo, pa– ra facilitar numerá rio às cooperativas ne– cessitadas, .a .fim de desenvolverem as su9,3 operações, mórménte a s do Pará, que ainda t:!Stão ria dependência de fatores diversos. ' Assim sendo, lembraríamos a criação de um órgão sediado _em Belém, destinado n. operar com as sociedades cooperativas, de quaisquer modalidades, sendo o seu tapit.11 formado, uma parte, pelo auxilio -que o go– vêrno d.o Esta1o, ou o, Banco de Cré'dito da Bor:racha concederem, ou aincla, pela verba destinada ao Plano qe Valorização êa Amazônia, e ou_tra, cobrando-se uma taxa .adicional, por quilo, de toda a produção l agro-pecuária do_Jl:stado. ~ Essa taxa .seria levad,a a conta de capital do Banco de Créditq Cooperativo e a crédi~ to das Cooperativas de Produção de Con– _sumo, ainda em C/capital, na proporção de suas oper.§1.ções auuais com o Banco, fica :i- - • do, assim, todas elas associadas da novii instituição de crédito, e usufruindo dos be– nefícios imediatos, nos termos .da regula– ..mentação própria, que opol}tunamente será feita. ~ O Banco aludido teria a finalidade .ex– clusiva de financiar as -Cooperativas, numa visão perfeita e completa de que ·a ação dÓ cooperativismo só poderá se tornar dinâmi– ca e proveitosa, com a assistência _de cré;. ditos maleáveis· e ~animadores. Isenção de Impostos às Cooperativas Em varios Estados, onde as cooperati– vas tiveram de ser favorecidas com isen– ~ões de tmpostos, fretes e outras ~axas, os Govêrnos Estaduâls e Municipais estudaram · o -assunto e reconheceram o_ imperativo da medida. · ,,., · · __ No Pará, fodavip_, êsse assunto vem. os– ullando .en :t.re -iiispensas -concedidas- a t1tu– lo :precãiio, ·quando~as nos_sas coop~rà.'"t1yas , têm de remeter de suas sedes no mttlno.r paTa esta capita1, os seus prodl!tos,Tbem _co=– mo quando têin _de Teceber mercadorias pa- ra venda aos seus associados. - _ • As cooperativas não f~zem com~Cio - com . a produção, e, por isso;_precisal?-- dr> amparo oficial, .dispensando-lhe!:!, suav1san– do-U1es às tributações, mesmo · -porque, se êlàs tiverem gr-~vados _por' onus ·excessivc;s: os produtos que· os seus Et§Socip. .dps lh~s en~ tregam, bem pouco pode:rao ajuaar a econ– nomia dês.ses produtores, com um pequepo retôrno, que lhes advem de suas operaçoes com a socieci,ade, . · As Cooperati.vas concorrem, para . o fo– mento e .a organização da -produção, e esta., uma vez distribuída em grande -vulto e ex-' portada, · concorrerá para os _cofres do Te·– souro e das Comunas com os impostos com- petentes. , Meios de transportes e estradas · de penetração Umas das- questões de elevada imlpo_!– tância para o escoamento da prodU:çao atravé~ de uma"rêde de cooper.atiyai:; .é a dos t ransportes, nas suas diferentes :tnodaliçl~-- ' des. Assim como o indígena sempre -seguiu, os caminhos marit1mos-, visando o litoral, - qês:c;e modo, ainda hoje,~ ? nosso emprego de transportes na Amazoma. . , A canôa o barco, a- lancha, o navio e que são utilizados para a saída ·de quanto se produz, ent;e nós, até mesni~ ~e utn. para. outr-0 Estado viz1nho ou Muruc1pio limi- trofe . :- _ -~ . . · A férrovia que serve a zona bragantma é insuficiênte, ficando nas estações inter-· m ~diã.rh , .S durante mêses a produção das safras por falta de trens de ~carga; as ro– dovias e estradas de penetração ,ma_l- po– dem ,<;ervir p ara serem os esc~~douros. dos centroti agrícolas dos generos a1 produzidos. Disso resulta, que a produção agro-ex- . tràtiva, acionada pelas Cooperativas,~ 1'fc'a: retida ocorrendo a sua desvalorizaça-o e baixa 'dos preços, porque estas )!áo ·dispõem.. ,.; de·, equ-ipamentos de caminhões e. nem -~ estradas facilitam a ~ida {les_ses ve1culos as localidades centralizadas - - _ . · -;Na melhoria. dos meios de :transportes seguida de uma co_mpleta ramíf ca,ão de estradas largamente transitave1 em. t~das as época's drr ano, esuh pois, consubstant:ia- _ do um dos máximos problemas a ser estu:- ·· dado com urgência, em favor do eooperatt- vismo. p-araense . "" . . ,. Educação Cooperativistá __ Todó ·otimismo ·pôsto e~ prática, para. uma propaganda ·· intenslva, que promova. resultados aproveitáveis, em relação à edu– cação cooperativista das classes rurais e ur– banas, neste Estado, tem defrontado com: dificuldades materiais bastantes sensíveis.
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