Boletim Agro - Cooperativo. 1947
BOLETIM Designado Para Responder ,Pelo Expediente 1Jo S. A. C. é, O dr. Antilar Nunes, secretário do Departamento de Finanças do Estado, presidente da Comissão -de_Tomada de Contas dó Serviço -de Assistência ao Coo– pera tiviSino, nomeado por Portaria dó G-0vêrn'o, .desig·nou pará responder pelo - expediente daquela repartição, o técnico cooperativista, nasso distinto · confrai!,e e escdtor Bt'uno d.e Menezes, funcionário de categoria do Depart-amento de Agri– cultura, servindo no S. A. e. e um dos nomes de proje-ção n:os círculos intelectuais do país. A acertada designação, sob todos o~ pontos de vista., recaiu num atento e ,, honesto conhecedor dó sistema cooperativo, em nosso meio, com auto-conhe– cimento de sua aplicação no ambiente amazônico, como têm assinalado os se11$ intel"essantes trabalhos sobre o assunto, divulgados na impre11s~, com. aplausos dé- mestres como Fabio Luz· Filho, o- concretizador da "Teoria e Pratica das So- ciedades Cooperativas". · · · (De "0 Estado do Pará"). Ditadura de um dir~tor ou de uma camarilha nas cooperativas ., ·- ' t ~ E' es e um mal que apre- associados, se não um nume- J instituição, se não forem senta os mais diversos g.ráus- ro reduzido <!,êles, e a medida 1 aprovei~adas p~las cooperati– e atinge desde o conselheiro, que se exercitam no governo vas, serao atra1das por outras a q1J,em se recorre a todo o da cooperativa, irão-se espe- entidades, que lhes absorve - momento, ainda mesmo para c-ializando e tol 'n-an.do -se mais . ·rão grande pa-rte dê : seu as cousas de menor impor- id-0neos. _ tempo e as orientam para ou– tância, até o dominio absolu- ,Por outro lado, como as tros pi:oblemàs e outras disci- to de um ditaãor capaz dé pess~as de· temperamento or- plinas. . _ ' . montar a máquina para sub- gánizador e 'qüe se preocu- (Transcnçao dlvulgad~ pe– meter quem quer que seja - 1 , , _ . . lo s. A. c., do BOLETIM que pretenda opôr-se-lhe. pam pe_as -questoes sociais SUI-COOP., do D, A. c., de Temos visto cair cooperati- nãó atuam sómente em uma Portq Alegre). vas poderosas por esse moti- vo; o ditador chega a fazer- se demasiado ambicioso, em– prega a força ,de "sua'' coo– perativa para outros fins, perde a exata noção da reali– dade, aventura. sem controle e, o que mais ,-grave, vê-se obrigado a cercar-se de uma· camarilha de "favoritos", que muitas vezes não estão inspi– rados po-r um ideal de bem comlum, e aos quais deve-se ~- fazer concessões. · Ocorre êste mal com muita ,_.,freq-i1ência, e não é o caso de culpar.:se particu.larm~te ·a níngu?m; < 1 uasi~ sern:pre o proprio. dita:for se considera · imprescindivel e crê sincera– mente..que a cooperativa fra,. cassaria sem a sua direcão. A origem do mal se encontra na natureza do homem e na sua falta de educação para viver a democracia. Uma sociedade cooperativa é uma entidade econômica para cuja direçãô _se requere condições especiais e conhecimentos adequados. Tais qualidades e experien~ elas n_ão as possuem todo~ os Foi Holyoake um dos gran~ ereta; 6. 0 - não quer nenhu– des historíadore·s-, do movi- ma··violencia; 7 . 0 - não e.au– mento cooperativo, inglês, sa nenhuma desordem; 8. 0 - como é sabido. ·sua historia não arüi:neiona honrarias; 9. 0 sôbre os' 28 Tecelões de Ro- - não pede privilégios espe– chdale foi traduzida, em. nu- ciais; 10. 0 - não reclama merosas línguas. favores; 11. 0 - não fomen- _Elntretanto, poucos conhe- ta greves; 12. 0 - não and~ cem -um manifesto pôr ele. atrás da ajuda oficial; 13. 0 apresentado à- Gamara dcs - não -teme -ã concurrência Comuns, no sentido de obter no comércio ou em qualquer da mesma a ''Carta do Coo- irJi,mo de produç?ID; 14. 0 - · perativismo''. Eis o manifes- sente horror pelos monopo– to: - · •· · - lias e -combate-os incessante- 1. 0 · - O Cooperativismo mente; 15.? ~ desejª' .a con– completa a Economia Política corrência ' sã e honestà, na ao organizar a distribuição qual se vê a bàse de- todo o da r-iqüeza; 2.0 - ele não pre-' ·verdadeiro progresso;- 16. 0 - judrea a fortuna de ninguem; significa _a responsabiliçia,de 3. 0 - não perturba_a socie- pessoal e-a parti.cioacão pes– dade; 4. 0 - nã.o molesta os 'Soal nesse prestigío que o.tra,~ homens do E$tado-; 5. 0 - nãq balho e o pensame-n,.to lla.)j)em const,itut uma. as~ociação lle~ conquistar, .
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0