Boletim Agro - Cooperativo. 1947
BOLETIM~ºAGRO-COO PERATIVD- Assistencia ao""Cooperatívismo BRASIL OS PIONEIROS DE ROCHDALE . • I • •-• E:i::;l (=31-H-i m Uá mais de um seculo, em uma pe11ne:. li1 na cidade da Inglaterra, nm grupo de l!l t rabalhadores lançou as bases de uma das mais nobres realizações do pensa– m mento em benefieio da humanidade. Foi l!J na singela Roch'futle, distrito de Lancas– JiJ h ire. A mi.seria penetrava os lares com Ili o seu cortejo ele privações e sofrimentos. fi1 E assum ia tais proporções, que os po– W br es tecelõe.s já nem t inham o que ves- - (íll tir - - - Os seus meios d~ subsistencia es- ~ l!I casseavàm cada ~ mais. m- An te essa situasão d:e 'penuria, muitas I. ideias se a ventaram, cômo formula para minorar tai s dificulda d es. Cont udo, ne- ~ nhuma surtia o efeito desejado. Até que, 1!J enfim, réunidos para estud,ar o problema fi1 de sua situação, um grupo de tecelões t!J prendeu-se a este raciocínio: "Se nos li- ffl vrassemos dos intermediários, fa.riamos W uma. economia que muito· nos auxiliaria. Portanto, se reunissenros nossas pequenas fil economias e fizessemos em conjunto· as ffl fjJ aquisições. dos artigos indispensáveis ao nosso- consumo, ganha.riamos, pa:ra. nós, os lucros que cabem ao.s atravessadores". ffl Baseados nesse pensamento t ão simples li quan to pratico, aqueles trabalhad(>l'es ffl lJUZeram mãos à obra.- Reuniram -0utro.s· l!J aderentes da idéia, e, vencendo as iiiu- _ fil meras ·dif,iculdades que se lhes ap1·ésen– lY taram, obtiveram 28 libras esterlinas, .o ffl ptime1ro capital da primeira cooperativa do mundo. ' Assim, 28 tecelões, entre apupos da. mo- ' lecada e ante os olhares incredulos . da 1!J vizinhança, abriram no Beco do Sapo. o - ·,_:IJ primeiro armazem. cooperativo. Foi na li_ tarde de 21 de dezembro de 1844. ~•--•~~é-s• ~ Não tari!.ou que os -demais te~eliies de m Rocbdale compreendessem que, naquele dll peqnen-0 in-mazem; estava o ll!elhor meio l!l de defesa de sua economia, e portan t o, a formula de salvaçãp para a sua penu-- ~ ria. Dessa forma, o quadro social da Coo- 1!J perativa dos Probós Pioneiros de Roch- ~ dale, como ~ denominou a sociedade, foi 1!J aumentando. p Passaràm-se os anos e, de sucesso em 1!f sucesso, a cooperativa foi progredindo. ~ Formou-se em torno da ideia uma dou- l!I -triua d~ cooperação baseada no elevado ffl p1·ificipio: "Todos pór um e um por t~-- 1!J dos". Com'o. se podia esp erar, os seus be– nefieios nífo se det;ívcram na cidade de T Rochdale, pois alguns anos mais tarde, 1!J por toda- a Inglaterra, os meios trabalhis- @ tas procuravam agremiar-se pela fonnu~ l!I la ado~dá pelos tecelões de Lancashire. 1iJ E, acerca do progresso desse sistema ec_o- 1!J nómico naquele 11aís, e.bastaria dizer que IH cerca de dois terços d populaçção da 1!J lng.ta.terra se abastece em -coop-erativas m_ de consumo. 1'' Mas, ·os objetivos profundamente hu-= _ ~ manitarios dó cooperativismo -não pode- , ~ riam circunscrever-se às fronteiras da l!l velha Grã-Bretanha e, por isso, com o ~ correr dos a nos a doutrina foi-se a las- l!l trando por todc;, o mundo. E hoje, -àpli- ~ cado em numerosas :lorpias de ativida- l!t des, nas mais longinq.v.as paragens da fil terra, o cooper ativismo distribui seus be- lll neficios à humanidade, c.ontribuindo, da -– maneira ruais eficiente, para a forma- RI ção de utn mundo só, etn que o.s homens jg de.todas as raças~ de todas a-ii cores; me- - ' lhor se eo~reendam e se estimem. Ili ~~~~,~~~~~~=~~~~' ►·~~~~~ IOIC40 DEDICADA AS COMEMORACôfS 08 COOPERATlflSMO JlNIVERSAt ~ \
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