Boletim Agro - Cooperativo. 1947

' BOLETIM AGRO - COOPERATIVO COO PE~RATIVIS MO Sempre que se trata de coo- pais, alguns dos quais já em perativismo, entre nós, surge bom andamento no assunto a alegação surrada quanto e de condições de vida e tra- COMO OS CONSTITUINTES insubsistente, da falta de balho mais afins das nossas. BANDE_IRANTES SE INTE– mentalidade para executá.'..Io. Tão somente isso é indis- ..Somos um país de 55% de oensavel nesse setor, como o analfabétos e de mais de 2:;i é em todos os demais. a 30% de semi-analfabetos, e Nosso mal tem. sido a fal– o restante de literatice, ·ou co- . ta de assistência diretora, mo queira classificar o der- confiada como tem sido .à rotismo mal disfar·çado. administração das cooperati- RESSAM .PELO COOPERATI– VISMO 44 deputados apoiam as - isenções • de impostos às · Cooperàtivas Entretanto, isso é o que vas, até agora constitµidas, a menos justificaria essa cam- riessôas estranhas a esses co– panha de resistê~cia, senão nhecimentos e, não raro, aos A fim de que seja bem ,.o– de hostilidade, porque o coo- próprios interesses que elas lucionado o debatido prob're– perativismo é justamente o representan1. ma das isenções de impostos instrumento mais habil de Nem mesmo a fiscalização, às cooper.ativas, foi apresen– educação popufar. que é privativa do Serviço de tada _emenda mandando a- .Não seria preciso, para Economia Rural do Ministé- crescentar ao artigo 103, do vingar a verdade tão tola ou rio da Agricultura, se faz projeto de Constituição do subalternamente especuladà, sentir eficiente. Estado, um paragrafo únieo descermos às raízes desse . . determinando: "Nenhum, im-# movimento embebidas nos O decreto vigente a respei- :posto gravará diretamente idos de 17ÓO e acompanhar- to, de 19 de dezembro d~ 1945, as cooperativas de natureza mos a sua evolução .de dois· •que revogou. uns e, rev.~gorou civil, registradas e fiscaliza– e meio séculos; sei1).pre sob O out_ros! J:?erm~te d~legaçao das das pelos órgãos ccmf>eten– lema "Instrução e mais Ins- 1;tnpmçoes fiscal!zadoras aos tes- da administração -públi- trução". , orgaos técnic?s .qos Estados, ca". Desde a primária, de des- o que ~e v~f~ca ,sempre, e >- ,anàlfabetização portanto, o e st e~ nao dispoem de auto- Essa emenda foi subscrita por cooperativismo com as Cai- n_oi:xua bast~nte para o ex_er- xas Escolares aí está eviden- ciew amplo das suas funçoes, <li deputados ciando ser um mei~ idoneo por -çircuhst~ncias locais no- ,, de educação, a que nós pro- todamente conhecidas. · Relativamente ainda a essa prios estam?s recorrend1?, ;E', pois, defeito de direção emenda, é de acrescentar-se ' num des1nent1do flagrant~ . a e, sobretudo, de fiscalização, que,- conquanto não a tenham balela que devemos repudiar, elementos criadores da men- subscrito, pó.r não se encon- como r:iociva à for-m.aç~ o de talidade que primariamente, trarem na Assembléia no mo- 11!-ental~d!lde necessana as va- alegam não existi-r tornando . mento em que estava sendo nas atividades humanas. impraticavel o cooperativis- ela assinada, os deputados E' claro que a técnica do mo no Pará, e talvez, pelo Salomão Jorge e Salvador de cooperativismo: nas sqas _di- mesmo erro de apreciação, 'foledo Artigas fizeram que~– versas -modalidades, exige, em alguns outros Estados. tão de dBclarar'-se favoraveis con::,o toda e qualquer _organi- . Habilitemo-nos com esses ao que aí se pleitei?,. zaçao outra, conhecimento,, . ,_ . especializados para os corpos elementos ,e fa~ll s~ra alc~m– de .direção.- ç~~mos a ornamza9ao e exe~- Mas estes não os obtere. c1c10 de cooperativas, reall– mos se não lhes oferecermos zando com a~~ol~ta seguran- campo de ação, estimulando ça,~ a~ suas .t~alldades, com - a sua aprendizageJU com a ab:soluto proveit<? para o pro– segurança de .i,pJicação, co- dutor e consumiaor. mo meio de vida profissio- Enquanto -não fôr assim, •J na!. Pará continuará a oferecer Antes que perseverarmos . ao país e ao mundo, o curio– nessa campanha negativista, sissiI+10 fenômeno de coope– seria de promovermos a cria- rativas deficitárias, e mais ção de curses de preparo de que isso, deficitár.ias, apesar técnicos cooperativistas, no dos seus compromLssos e ·o ensino comercial, com está- seu custeio pagos pelo poder gio de prática no nosso am- -público, através de taxas sô– biente econômico - social, e bre o consumo. aperfeiçoamento nos Estados, "(Da "A Provincia _do Fa– de preferência do n01te ,d:> rá"). Tambem sobre cooperati– vismo e preconizando medida das mais salutares, por. isso mesmo das que fazem jús a todos os aplausos, eis que vi– sa a formação de uma conci– encia cooperativa entre nós, , o deputado Nelson Fernan– des, com o apoio de muitos outros de seus pares, ofereceu o seguinte aditivo aó Titulo VII: . "O Estado tratará de que, em todas as escolas oficiais . e oficializadas, seja introdu– zida a obrigatoriedade do en– sino da doutrina cooperati- vista". - ....

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