Boletim Agro - Cooperativo. 1947
BOL:Jl!TIM iia.vérá um mmlo de viver hai:monicàmente? ~Tanto as_cooperativas de produtores co– mo as -ele consumidores d_esejam maior Há: muitos modos de viver. Politicamen- quantidaàe, mêlhot qualidade e preços mais • te pode-se viver perigosamente como no re.: razoáveis. · ·, gin!e.n totalit ário ou harmonicamente como As cooperativas de consumo, pr:or,orcio– no regime democrático. Democracia é ,um nando preços mais acessiveis aos seus cli-: modo de viver e quem diz democracia diz entes; influem certamente -para que o pú- -– tanibem cooperação, porque.o entendimento füico em gerar seja beneficiado, porque os pacifico entre os homens só ·é poss1vel num arfuazens privados não podendo exorbitar regime de colaboração, em que todos tnu- demasiadamente. os seus preços, tuamente,se ajudam, é genuinamente demo- Selecionam mercad~s, só adquirin,do . • , crátíco, visaI}dO •defender mutuos interes - as que prestam. Na Din1:m~, elas habítu.: ' ' ses econômicos • A fo rmula pel~ qual &e J,,lmente recusam 25~- Aos gen-etos alímen– consegue çsse entendimento é o cooperatí- tlcios.gue lhes são fon;iecidôs pefas empre- vismo .,organizando-se produtores e consu- sas partiGulares. , midm-es em cooperativas, intimamente ar- Algo.mas -p~ssôas acham que as,coopera-· ' ticulàdos. E isso tanto é verdade que, naS' tivas não. concedem ce:i;tas facilidsdes que recentes conferências promovidas pelas Na- o armazem privado comumente oferece, cO=-'"' ções Unidás em Hot -Springs e · Dumbarton mo as entregas a domicilio. ..., ·' Oaks, a organização cooperativa- foi r eco- Enganam-se, _porém, pois elas tambem mendada aos povos atingidos ,pe}o ilageJp · o fazem. Os associados slw--eii!.SSificados em e. empenhados em sua restauraçao ecôno- zonas residenciais, podendo reservar-se um mie~ . dia da semana para determinado1;1 bairro~. Qne é Cooperativismo? Os suprimentos serão entregues em casa do Coopcratívismo é o regime pelo qual se disciplinam e coordenam os interesses eco– nômicos. E' democrático·porque se baseia no res– peito e auxilio mutuos, porque neles não prevalecem os privilégios da condição social. Todos são iguais, porque iguais são os di– reitos e obriga~ões. Todos participam do contrôle ~ral das cooperativas. Qualquel' pessôa póde ser -eleita e todos votam em igualdade de condições. Os benef-icios são co– ·muus. Os negóci.os não são Qesenvolvidos na base capitalista do lucr-o, colocando-sé em pr.imeiro lugar a prestação do se~iço. A finalidade essencial do cooperativismo é possibilitar a todos viverem harmonica e sa– tisfatoriamente, sem conflito.s e nem inius- ( tiça. Os biologistas-provam que a coopera– ção é uma formá de organização social mui– to ,antiga, havendo inumeros exemplos de 3:11-imais que vivem e se defendem ·coopera-: t1vamente. Os pesquizadores da história de– monstram que a organ_ização -cooperativa do trabalho -era conhecida dos povos primiti– vos. Não é p0is de estranhar, que os povos civilizados do mundo contemporaneo este- · ,jam organizando cooperativas de todos os t-ipos. o Brasil está se incorpora1;1do à gran– de familia- das nações cooperativistas. Que vantagens oferece a Cooperativa de Consumo? Dêsse breve comentário, uma solução lo– go se impõe : defender a economia dos con- · ,_aumidores através das cooperativas. Se a cooperativa de consumo está arti– culada à de produção, a primeira vantagem , que se assegura é a de suprimentos normais e certo de generos alimentícios. Vem aí im– plícita a idéia de quantida_de, qualidade e preço, porque ·nessas três condições ,:;e .apoiam mutuamente os grupos de produto– l'es e consumidores, articulados cooperati– -vamente. assor.iado no dia correspondente 2,0 seu ba'irt.o, com um mínimo de despesa. Como os lucros do fim do ano terão de ser distri– buidos ·entre ass.ociados, é de seu interesse que as despesas gerais sejam . reduzidas ao minim-0. A entrega a domicilio - feita com despesa minima para o consumidor, t raz• lhe, a mais o grande beneficio de evitar as . Lnterml:náveis filas de pessôas à espera de sua hôra. Estas são as vantag·ens fundamentais das cooperativas de consumo, às quais, ac – cessoriamente, podemos ácrescentar o re– tôrno. ,. Nos armazens comuns, os lucros anual– . mente proporciqnados pelos consumidores _são canalizados para os bolsos dos seus pro– prietários, enquanto que no regime coópera– tivo, -os .pequenos lucros marginais acumu– lados sã devoJvidos aos associados, propor– cionalmente jts suàs-compras. Quem mais ·adquire, maior part icipa·, ção terá na distribuição das 'sobras. Com o gradu~l desenvolvimento iia coo– perativa, poderão ser inst~ladas __padarias, lavanderias ,leiterias- e açougues, de modo que seus serviços cubram a totalidade de necessidade dos -consumidores. Por últimõ vejamos . ·a controvertida questão de vendas a crédito, que alguns ale-.– gam serem mais faceis -nos armazen·s <:_o-:- muns .. · · Será que-'-as mercadorias ac"(quirida.s a · crédLto· são convenientes ao · consumidor? Comprará assim mercadorias melhores e a: preços mais baixos? ' · .Absolutamente não ,porque tendo _ de comprar. fiaço terá de sujeitar-se à quau:. dade interior, sem discutír o preço pelo qu_al lhe. debitam. E por que as cooperativas não gostam- ~ fi~? . Precisamente· para não incidirem n os:-, graves erros apontados. · . Como é de seu costume adquirir mer– cadorias a dinheiro, é natural que as venda& sejam realizadas nas mesmas bases. Dinhei~ 0
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