Boletim Agro - Cooperativo. 1947

f :.. BOI.ETIM AGRO - COOPERATIVO Yerdadeiras finalidades ,e, em consequên– cia, enfraquecentlo as relàções dos associ,a– dos com a cooperatjva. Para que volte a reínar a ctinfiança, há necessidade de que o órgão público, encar– regado da orientação e fiscalização, que ~ o Serviço de Assistência ao Cooperativismo, continue, sem esmorecimento, na tarefa mo– .t,alizadora que in1çiou e estará, assim, aju– dando os elé'mentos qne estão dispostos a trabalhar pelo sqe1,guimento dêsse sistema em nosso Estaao . · Os fat~ ocasiorrafióres dessa .situação iurgem, .em coftsequência, da falta de uma educação o povo ôz:rtro dos princípios , · cooperati-vistas. EssaÃi 1 educação, iniciada nas cooperati– Ya:;; escol,á.res, onde os caracteres ainda s1stão em f6finação, proporcionaria a criação de umá mentalidade cooperativista capaz de impulsionar ~opagar o sistema, isto en– quanto não. fosse elaborado um plano edu– cativo de maiores proporções. 'lor educatlyo, ocupando em alguns dêles, ·1ugar destacado. Deduz-se logo que não é possível se fazer cooperativismo sem que o .mesmo seja . precedido da educação do povo a par de uma propaganda· segura e consêienciosa. · O Serviço de Assistênci11 ao Cooperati– vismo apresentou ao e:xmo. sr. governador do Estado um relatório, no qual sugeria me– dj,c:as em prol do soerguimento do sistema cooperativo em nosso meio. Por ter s. excia. inclúido-o no seu programa de govêrno, uma forte esperança alimenta aqueles 11ue se têm batido pelo seu desenvolvimento, os quais esperam que muito em breve, o apoio pi:ometido se torne uma realidade, atenden– a.o, dessa maneira, as aspirações tie uma população que luta pela sua subsistência _ e assegurando-lhe uma vida mais feliz. Nos paises el:n que o Cooperativismo. possue um elevado gl'au <;ie desenvolvtinen- - to, existem escolas especiais, de real · va- O Cooperativismo, concientemente pra– tícacto, levará, por certo, os povos do Univer– so ,a trabalhar pelo bem comum, debaixo eia legenda por tôdos avidamente almejada: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNI– DADE . • Í Solaria E Custo De Vida~--_- A leitura dêste comunicado de,, ve interessar a todos que desejam _ conhecer as vantagens do sistema , cooperativo. Os funcionários c.onstantemente ape– lam para so poderes públicos, no sentido de serem ampliados os. recursos com os quais possam atender às suas necessidades. A desi– ·lusão, porém, os surpreende, com a verifi- cação cte qü.e, ao aumento de salário, tam– àém correspondeu, desproporcionalmente~ o aumento de pteço de utilidades. · As causas fu,:idamentais Yê-se, _pois,. que a causa do desequiU– briQ é mais grofunda do que se pensa. Nem sempre a elevação de salário é a melhor so- ~ lução. Na verdade, que adiantam aumentos constantes, se a êles 'tambem corresponde o crescente aumento de preços de generos e 11rtigos de consumo? Vamos, pois, às causas fundamentais e vejamos como o equilíbrio poderá restabele– cer-se. 1. º) - Com o desenvolvimento do mer– cado interno. Precisamos intensificar a pro– dução dos generos de primeira necessidade, de modo que haja efetiva abundância e não al)llrência de abundância como ocorre na:, ,grandes cidades. Para que -a aburtdància del..xe de ser simplesmente aparente é preciso que, não somente, haja 'fartura e os artigos sejãm faciltnente , encontrados, como tam– bem que os. seus preços sejam !1cessiveis a tooalr ~ bolsas. Que adianta vermos mercados, arma– zeµs, tu1bas, todos os pontos de abasteci- . mento abarrotados de mercadorias vistos'.l·S e .convidativas pelo aspecto, se sua compra é ·quasi· impossivel à grande classe nrédia, para não falarmos nas classes menos fa– vorecidas da sociedade? No dia em que à grande e real abundância, corresponderem Qreços mais acessíveis, o problema do abas– tecimento estará satisfatoriamente resolvi– do. Que resta, então, fazer? Ini.cialmente criar condições normais de mercados, e pos– sibilitar que a grande massa dos consumi– o.ore.s tenha aonde encontrar e possa adqui– rir as mercadorias que deseja. 2. 0 - Com a inten;ificação da produ– ção de gêneros alimenticios ,-- Para haver satisfatório mercado de consumo, torna-.$e preciso que se produza-barato e abundante- - mente. Os produtos só podem ser- estimu– lados em seu trabalho. E' natural que rece– bam dos poderes públicos e das entidades particulares de financiamento, o amparo de credito essencial ao desenvolvimento de sua – economia. Credito· barato que lhes permita margem razoavel de com-pensação, porque ni.nguem iria produzir na incerteza de re- -sultados positivos. Do J:>reve desenvolvimento dessas idéias fundamentais, pode-se facilmente perceber que a produção e ó consumo estão intima– mente .relacío-nados. Consome-se o que é· produzido e só se produz para o consumo. Produtores e consumidores confundem seu~ interesses, porque são mutuamente depen– dentes .

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