Boletim Agro - Cooperativo. 1946
BOLETIM ÃGRO-COOPERA71V~O Orgão do Serviço-de Assistência ao Cooperativismo . ANOII . "·º ' ' · BELtM-PARÃ-BRASIL Outubro a D•••lldlr• .,,, ~ ■ PROBLEMAS -ADMINISTRATIVOS DO .ESTADO EO-EMPRtGO DO s1srEMA COOPERATIVO · A Amaiônia·tem s_ingulariâades especialíssimas, que permaneceJ desafiando ·a argúcia e a perícia de técnicos e cientistas. Além dessas dis~f tinções peculiares à regi~o, contrastante em seus aspectos físicos, sobre– leva o ambiente humano, retardado .e insolúvel, no plano social e eco- · . nômico. · · ~ · E' que a Amazônia há sido est'Udada com muita literatura, tanto oficial como de iniciatica particular, encarando-se, as mais das vêzes, · êste ânguZQ dos trópicos, cdm impressões livrescas e imaginárias. No -que1interêssa óbjetivamente ao nosso Estado, sentimos que o Pará, dentro dos limites _ de seu extenso território, não se póde ·ufanar de ter investido, de maneira inteligênte, o meio prático de -um ataq_ue frontal aos problemas que afetam as suas diversas zonas geográficas e -Su_as popula,çõ-cs. : Assúnto para um temário que- abrangesse todas as complexidades. de um plano racional, serri nada de suntuário e impraticàvel, a valori.:. zação da Amazôn_ia, atendendo·a cada qual de suas unidades, depende– rá, sobretudo, da aplicação de um método, de um sistema, que -se possa adaptar aos exótismos fisiográficos regionais e aos ·imperativos de vidq. de sua gente. ' ✓ Partindo dêsses pontos de vista, todos aqueles fenômenos éstão · a i1J,dicar que a fórmula simplista do cooperativismo seria, acertadamen– te, a única aplicável às suas soluções positivas.- - Diz-se que, de tant'1 debatidas e sediças, tratando-se da Amaiô- _ nia, já se tornarq,m em mística as ·necessidades de transportes, que o progresso proporciona, por todos os meios, ao.homem e às suas relações comerciais_; de igual modo, o saneamento e a saúde, pt;tra o intensi1Jo do pouoamento, da colonização, da radicação do traõalh;Ó,dor ao sólo; a se– guir a instrução pr,imária e a educação secundária, visando o pteparo intelectual das novas gerações; melhorias radicais nas clmdições de tra– balho, desde o braçal dos campos, à exploração das. riquezas da terra;· ÇQncessão de créditos e suas facilidades, pára me·canização, fomento e beneficiamento da produção; liberalidade .alimentar adequada à nutri– ção das famílias do operiado rural e aplicação de processos. àe higiene domiciliar; exequibilidade, por medidas compulsórias, da posse dQ agry– cultor na pequena propriedade, ao contrário de- sua dispersão, em gran- des núcleos e -Zatif:úndios. . Diante destas habituais premências, favoraveis ao cltma da teória e da doutrina do cooperativismo, verifica-se que o nosso Estado tem ur– gência de introduzir, nas suas normas administrativas, com o mais im- perioso relêvo, uma planificaçif,o cooperativista. · Forma de djreção social e econômica, fundamentalmente aipolí– tica, porque agremia os homens, sem reservas de idéias, crédos-, ou ra– ças, o cooperativismo, todavia, há se tornado objéto de plataformas go- D O A Ç Â__ O -- .:..H~-~--tl-~~-~
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