Boletim Agro - Cooperativo. 1946
BOLETIM Amio-Cooí>ERATIVO Nas reg1oes agrícolas do Estado, todo trabalho agrário é feito sem mecanização, adotando-se processos rotineiros, de baixo rendimento, com desperdício de tempo. Na estação chuvosa, as terras são carreadas do humús natural, qi.re é levado pelas enxur– radas para os igarapés e rios, que transbor– dam nas enchentes. Acontece também que o lavrador nativ:o ou advena, rtão empregà outra forma- de fertilizantes, que não sejam os produzidos por mefo da queima da mata, ou dos ca– poeirões, empobrecendo assim o solo, que fi– ca abandonado, depois da safra anual. .:. Entretanto, é esta região uma das mais propícias para a aplicação do sistema coo– perativo nos trabalhos agro-extrativos-in– dústriais ,o que concorreria com amplitude, para a sua esperada recuperação econô– mica. Nestas condições, a influência do Coo– perativismo vem se tornando reanimadora, porque, embora elementarmente,- o operá– rio agrícola do Pará, que se- encontra arre– gimentado em cooperativas, vem concorren- ., do, com uma produção mais acentuada, para -a e.conomia do ~stado. SETôRES DA ECONôMIA ORGANIZADÓS COOPERATIVA1\1ENTE Pelo que .se acha exposto nos capítulos .ante.cedentes, é no setôr ruralistico princi– palmente, que o cooperativismo regional tem manifestado os benefícios de seu siste– ma de democrácia econômica. Vej.a-se o número de cooperativas ·de produção vege– tal fundadas, em 1946, sem remontar as que se constituíram nos anos · anteriores. Igualmente nos setôres do funcionalismo público e das classes trabalhadoras, onde a · organização ~ooperativista tem se feito dis– tinguir, pois, antes da existência dessas so– ciedades, era desconhecido o_papel das coo– perativas na alimentação do povo, no ba– rateamento das utilidades de uso vulgar do pobre, na honestidade dos pesos e medidas, tudo isso prov_eniente do êxito do Coopera– tivismo na vida das populações urbanas e ,urais. No setôr da educação, o cooperativismo escolar- impôs a sua doutrina e hoje já se vai formando uma geração· capaz de, futu- . ramente, exercer cargos de_relevo nas coo– perativas, suprindo ,assim, os defeitos edu~ cacionais, presentemente registados, em matéria de capacidade administrativa das · nossas sociedades cooperativistas. CONCLUSÃO , . Do que se encontra expresso no pre– sente relatório, como elucidação das obser– vações e das atividades do .S. A. e., espe– cialmente no período da gestão desta Che– fia, conclue-se que o cooperativismo para– ense ai.nda carece de robustecimento e de elementos financeiros para sua definitiva progressão. Transformado em Departamento devi– damente regulamentado, com aparelhagem técnica precisa, tanto funcional, como ma- Portaria M. 70 do Diretor do D. A. 13-9-1946 Serviços de distribuição de semen - tes de algodão e abertura de trans– versais. 0 RESOLVE: Designar o agrÓnômo Jacob Cohen para, na colônia agrícola "Augusto Montenegro", no município de Bragança, proceder, na ordem em que vão enunciados, os seguintes serviços: a) Seleção em massa nos algodoais, a-fim– de aquilatar, por inspeção atenta, quais oo indivrciuos que se apresentam nas melhores condições, do ponto de vista de_sua fruti– ficação, para a obtenção de sementes, desti– nadas áo plantio, indtvíduos esses que _de– vem ser adquiridos pela administração da colônia, cem o referido objetivo; b) Abertura· de novas transversais com a consequente discriminação de lotes, nos quais ãeverá ·1ocalizar os lavradores ali re- . 1 sidentes e ainda não possuidores de terras para o seu labôr . _ O" designado perceberá: a) As diáriasJ em _acôrdo com o respec.t,: vo padrão de· vencimentos, a que fizer jús, .., quanto ao trabalho de seleção acima ex- pressa; , ._ . b) Dez cru.zeiros (Cr W,00) por cada um dos lotes que houver discriminadq, em acôrdo com o que dispõe o Regulamento de Terras em-vigôr, não vencendo, pois, diárias ·neste mistér. Dê-se ciência e cumpra-se. . Gabinete do Diretor Geral do Departa– mento de Agricultura, 13=9-1946. - (a) Claudio Danin Marques Diretor Geral. ~térial, dispondo de numernno suficiênte, conéedido pela Caixa de Crédito Coopera.. - Uvo, para irrigação cí:editória, por meio das Cooperativas, com a difusão do cooperati– vismo .escolar, dispondo de orientadoras saidas das escolas secundárias ,incremen– tando a fundacão de cooperativas de con– sumo individU:ál, tánto na capital do Es– ta.do, como nas pri.RciQais cidades do inte– rior, onde a alimentação é de baixo nível nutritivo, tudo está a indicar, que com a real concretização destas me.d.idas, uma re– gião como esta, onde o homem, no conceito euclideano, ainda é um intruso, para não di.zer um desorganizado, - o S. A. C., em– pregando as normas do sistema coopera– tivo, poderá, dentro em breve, transformar o empirismo da exploração das foIJ.tes de ri– queza dêste grande Estado, em econômia efetiva, com melhores proveitos para as suas .populaçoes . " Belém, 31 de janeiro de 1947. DJALMA COUTO ...,, Chefe do S; A. e.
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