Boletim Agro - Cooperativo. 1946

BOLE'.\'IM AGRO-COOPERATIVO AUXíLIOS FINANCEIROS E FINANCIAMENTOS . . , . . ,,, prm01p10s cooperativistas, quando não fa– .!~ª11?- _lamentavelmente, descambam para o y' Não há desdourn às outras admini;;tra– ~ões, dizer que og auxílios finan~':lin;; e os .:financiamentós às. cooperativas dê'.:!t.e Es– .tado ganharam vulto sómente de ·1945 a :1946 .. Antes dêsse 'I)eríodo, a assistência, por :meio_ de numerário a essas sociad.ades, pr,1- ::porc10nada pelo Gov:êrno,-- através do S : A. -C., não obedecia a uma distribuição P.fl- .ciênte . · · ' Como consequência- dessa falta de or– ·ganização, acontecia que as coo,perat;v:, s– financiadas, atendiam aos seus associados .-com importâncias iniciais insuficientes, que ,·eram m~l aplicadas, de modo que, com ô :prossegulmento dos . trabalhos culturais o --agricultor se via em atropêlos para ini~iar :as colheit~, despianchar os roçados, prepa-- ::rar a farmha, etc . . Tendo se exgotado ô capital de que. dis'– ·punha, e vendo-se as cooperativas na im- . :possibllida'de de recorrerem a nov~ finan– <eiamento, em virtude de não poderem apre– .,5entar a apllcação do _primeiro empréstimo •O agrícultor, na contingência de perder ~ -colheita ,ia empenhá-la ao comerciante, que -dela se apossava, -burlando assim tanto o i;rabalha'der, como a sua sociedade'. .__ _ Procurando, toda-v.ia , ·corrlgir tais se– ::noes, o S. A. C. nos exercícios acima cita-– <ios, entrou a dirigir a maneira da ,conces– .são dêsses empréstimos, orientando as coo– -p~rat~vas convenientemente, sôbre a orga– _nizaçao de cadastros, com as garantias que -os associados podessem assegurar para ser •financiados . · · · A adoção dêsse metodo, quanto às coo– :perattvas de produçãô melhorou sobremodo .a regularização dos orçamentos apresenta:. >dos pelos colonos coo_peradõs e ·quantó às de consu,mo, f~cilitou atendê-'las com mer– ,c,adorias e utilidades, distribuídas pelo AI:~ ..lllmmrifado do s . A. . e . . Levadas em conta todas estas particu- ·1a_ridades, o Govêrno cto Estado, mediante :processos devidamente examinados e in- 1ormados pelo ·S . A.- C., com sensível au– mento, de 19_45· a 1946, a14'<:iliou as- cooperati– vas rêgion.ais, compreendendo, agrfoolas– mistas, de consumo, de crédito e escolares, <:oru a ap eciavel <:rllantia. de dois milhões ,cento e vinte e quatro mil, duzentos ses~ .senta e nove cruzeiros e setenta e cinco -centavos (Cr$ 2 . 124.269,75}. - TROPEÇOS MAJS FREQUENTES _ Inúmeros são os tropeços que surgem ,quan~o se trata da fundação d·e uma f;Oo~ perativa, de ·qualquer modalidade, em .nosso · mei.9 . PrelilU!Íllarmente, a. míngua de edu– eaçao- cooperativista, que faltoú a várias gérações ,atualment@' necessitadas dos be– nefícios e das vantagens econômicas dêsse .sistema, concorre pata não se encontrarem pessôas mentalizadas, ociperativamente -<:om a capacidade preci para comporen~ -0s corpos administrativos e fiscais. De modo ,que êsses -diret ores, sem·"conhecimento dos ~ es.e1nto do lucro" e transformam em tran– saçoes _puramen_te comerciais os objetivos da entid_a_de. Diversos têm sido os pro– cessos feitos pelos . A. c.,.uriundos de t~s casos, em que os cooperados ignoram com– pl~!amente as atividade dos dirigentes da sociedade . , _ - · -~ _ Além di~so, ha ainda a dificuldàde em e~contrar dm~tores e <:onselheiros com no– çoes de contabilidade, principalmente par3, as ceoper~tivas do in~rior, que possam tra-. zer _ a. escrità em ordem, fiscalizar as ope– raç?es com 3:SS~ciados, derivando essa par– te rmportantissima na existência de qual.. quer COC?J>~rat~va, -para um verdadeiro cáQS-. A~ mspeçoes dê.1'.:ee Serviço, no sent'ido de onentar e sanar as irregularidades en-. c~.mt!a?as, mal\ grado o interesse· dos fun– c10nanos, deparam com dificuldades de tô- da ordem, devido n ão haver pessôas.. bastan– te_ alf~betizadas; que compreendam as ex– pl;caçoes_. pa,ra os lançamentos da escrita e ,;a~bam. ~1dar com os livros destinados à es- - cnturaçao. · ENTRAVES POSTERIORJ;S -Passado o entusiasmo inicial, os _ •dadores das .cooperativas começam a lutâr com fatôres. que dificult am o prossegui– mento da vida futura da sociedade. Para. entrava-r o seu funcionamento sobrevém de ini'cio, a incompreensão dos :i-ssociados, de que devem- contar, antes de mais nada com as suas próprias possibilidades ari ·de– pois confiarem na , evenmialidad~ dos fav6- res_oficiais-, mesmo porque, uma cooperativa para pleit,.ear financiamento creditório tem de _regulariz;i,r ·os seus documentos consti- tutivos. • _ . . Se a demora no atendimento de emprés– timos_para os traJ:>alhos ~culturais se_alon– ga, apàreee o retraimento, a indiferença cri~ndo-se um ambiente negativista em ·rê~ laçao _ao que os cooperados esperavam. - Na o p agam, porisso, as presta_ções das quota~-partes subscritas ,e a-s recrimina~ões aos d1re~ores se avolumam. Cóntudo, se a cooperativa consegue vencer êsse clima des– favoravel, e vai ·satisfazendo embora mo– destamente, os interêsses dos' assqciados acentp.am- se as di{iculdades de transportes' com o _se·u corte"jo de fretes elevados alto~ prêços para aquisição de mercadorias'e uti– lidades, com que os fundadores não con- tavam. · Quando os diretores têm conciência de– seus _deveres ,epfrentam com sacrifício esses obst~culos e vao levando a cooperativa pa.– ra diante, sob o descontentamento de uns e ,a confiança de outrqs, contando-se em numero elevado, os que fracassam. CAPACIDADE E IDONJJ:IDADE ·nE ADMINISTRADORE~ · No que se prende à canacidade dos ad– mii:iistradores, a não ser em poucas coope– rativas de consumo da capital, todos os de-

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