Boletim Agro - Cooperativo. 1946
BOLETIM AGRO-COOPERATIVO AOS -_ESTUDANTES -PARAENSES Quem vos fala é um estudante que -vé no Cooperativismo Cristão - a felicidade futura dos_povos. Sendo o Cooperativismo um sistema _ec~nôril!ico por excelên<:ia, proporciona por– isso mesmo um desenvolvimento cultural no homem, predispondo-o às grandes conquis– tas na vida prática. O Cooperativismo tem por base a soli– dariedatle humana; sendo assim, obedece a - magnifica fórmula cristã - :Amai-vos uns aos outros". E' sob este aspecto que nós, os alunos do Colégio Estadual "Páis de Car– vrtlho-", encaramos o Cooperativismo, como um sistema propulsor das enérgias vitais do homem. A Cooperativa não tem por fim só, o proveito -material do homem. A Coo– perativa indica o caminho nas grandes con– quistas do pensamento - este o seu concei- to psicclógico . · .. Caros entudantes, a Cooperativa Esco– lar do Colégio Estadual "Páis de Carvalho'' - a primeira a ser criada no seu gênero nos estabelecimentos secundários, em Belém do - Pará, já é uma realidade que ninguem pó– . de contestar . Além das vantagens materiais que ela proporciona aos seus cooperados, eli– nünando assim o intermediário explorador de suas transações - ela ,muito mais do que ísso, desenvolve entre os cooperados o sentimento de solidariedade, o trabalho mu-· tuo - fazendo ver o que só o trabalho em c:onjunto - imbuídos todos de deveres e obrigações, é que se póde compreender o que é o Cooperativismo. Que outros Colé– gios - quer de organização pública ou pri- vada, sigam o exemplo nobre dos alunos do Colégio Estadual "Páis de Carvàlho". Nêste momento quero fazer um apêlo aos professores, " e, mui especialmente aos pais dos alunos . · Procurai conhecer o_ Cooperativismõ– para que ensinando vossos alunos e vossos filhos os salutares benefícios que o sistema proporciona, contribuam assim para o en– grandecimento de n{lssa querida Pátria Pf Amazônia, essa imensidão territorial •; i'l.3 póde ficar -apática ·ao nosso- apêlo. Governante_s e governados, professores e alunos, este é o momento histórico de gran– de significação para os que têm em mira o bem comum. . Trabalhemos, pois, afim de -que o Cr.c– perativismo seja má.is conhecido, pois seus· efeitos variam na razão direta do seu conhe– cimento. Antes.de terminar esta minha pa– iestra, quero fazer um apêlo aos universi– tários,. para que cerrem fileiras em torno da União·Acadêmica Paraense, para a fundação de uma Cooperativa Universitária, vindo, assim, ao encontro das necessidades da– queles que a sorte não lhes sorriu. Estudantes de _minha terra, não vos es– queçais que neste século conturbado - só uma corsa conquistará glórias - o COOPE– RATIVISMO - cuja bandeira não encon– tra limites territoriais, pois o seu lema é UM POR TODOS E TODOS POR UM! (Um associado da Coop. do C. E. P. C.) A COOPERATJVA DE CONSUMO SUPLEMENTA OS SALARIOS Extraímo:, de - "Coop", a sos e medidas, porque ao as- gaveta. do comerciante.;- no bem f~ita revista do Depar- sociado que se abastece, não sistem.a cooperativo aquela , tamento de Assistência ao há neeessidade de prover-se diferença, deduzidas as des– Cooperativismo da Baía, o com artigos .dé 'pesos falsos ou pesas da operação, destin·1.- · seguinte trabalho: ! de medida menor. Esses sub- se aos próprios .associados, "Costuma-se dizer que a ' terfugios escapam ao interês- que participam das sobras cooperativa àe consumo é a se e objetivo da sociedade proporcionalmente ao se a forma mais perfeita de coo- · cooperativa de consumo, vis- consumo. perativi~mo, . por _s~r aquela to e;omo ninguem teria ne: Deste modo, todo associa– on~e ha_ mais fac1lldade de ce~s1d_ade de enga_nar-se a si ·do exer~e as duas funções, S t ':1 abohd? 0 Iucr9. · propno. que no comércio comum são Ne st a orgamzaçao fu nd em- , Não póde a cooperativa divididas entre comerciantes s~~ ~o _mesmo te1!;po, no. asso- vender mercadorias por pre- e freguêses. Dàí resulta que– ci,.,ao, duas_ J?-rso~ahdades ços inferiores aos preço_s nor- duas importantes qualidades q_ue no. c?mer~io privado se- mais do mercado, Si vendes- morais devem dominar numa riam cti st mtas. 0 comp~ador se a preços inferlores viria I cooperativa de consumo - a e o vendedor. Na realidade . . ' . · . - . todo associado de uma coc-pe-· c~rnr um re~ime de compe_ti- ,hoprades e a confiança. . .rativa de consumo exerce, fi- çao, esser;cialmente nocivo I A cooperativa. de consumo multaneamente as duas fun- ª<2S seus _interesses, porque é uma instituicão econômica ções. E' precisamente por ?ªº P,odena ac_ompanhar .º ' com grande capacidade de este motivo que a coopera.ti - Jogo aos comerciantes gue vi- adaptação a todas as classes va só adquire mercadorias de vem do lucro· sociais, visto como todas as primeira qualidade e ao mais A diferençi_t qué existe eh- pessôas necessitam de cons1J.– baixo custo, para o abasteci- tre o preço de custo e o preç-o mir gêneros de primelra ne– mento de seus associados. ·Há de venda no comércio Priva.- cessiàade para sua subsistên– honestidade _ ri~orosa nos pe- elo, vai multipli<:ado par.a a eia", ,.
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