A Tribuna, v.3, n.58, janeiro de 1928. 40 p.
um pesado imposto para os taes avoadores. Se essa gente fosse ·eotãQ aprov~itada para a verdadei• ra aviação, oh l era arte.: No m.elhor do vôo, quando .o· pândegoide estivesse a· 500 metros de altura, abria a bocca e seria capaz de gritar para baixo a plenos puh;nões: - Mamãe, accuda que eu vou ter um ataque ! · A bravura dessa classe de avoadores só se conh e e e' quando elles estão pen o das saias· maternas ... * * * Eiegancias, . requintes, miniaturas 'i Os Instantaneos da Kodak .t E .STE é ,jornalista. Coo-· teur, chronista, critico, ( de arte, de mulheres e de amor), pliilosopho nas. ho• ras vagas e · dandy nos 'mo– mentos disponiveis. ·· . Emfim, tudo o que µm jornalista pode ser. .. . · Alto e magro, sem ser anemico, tem nom@ de ourQ 1ias paginas da historia ... Ta:mbem, pudera í . .A escolá do jornal é uma formidavel escola... · Ha um anno, se t·1nto, percorreu terra~ .2rnazonicas, . contumpla,ndo yaras, poro- . rocas, mattas, opule n ias , , rios !11agestosos e phenome- , · tios regionaes. Mésmo 'sein ' lunetas, tem uma vista admi~ ' ravel. Dahi a mezc:s toca a escrever para Brlém as .Mis~'I sivas do meu desterro", dis- ,que a uma amiga. · . Todo intellectual, quando · se affasta daqui, deixa logo muitas amigas..·. O comeur não sabe se · vae outra vez ou se fica. Tem de fücar ! Varios cora..: ' ções, por causa delle, já se recolheram ·em estado grave ao hospital .do amor. .. Mavià Ma~daleua N ll.O ,'queto -tratar da cele– bre mulh€r da Galilléa : que, em Jerusalem, na fon– te, ungiu com as suas 'la• ' . grimas os pés do Homcm– Deµs. Traprei. de uo1a st:• nhorita.'que ·vi um ·dia des~· tes · pela rua, de · invuloar; belleza, com os linàos éabel-– los enfeixados num· artis'tico· pitó. Porque ·não qtiizesse; cortar !os cabellos, as outras' mulheres, quando a viam; tinham sorrisos g.~lhofeiros, "à'izendo a uma certa distan- · cb:. . , :;, "'.-' Lã' ' ,vae ·uma, pobre M::rgdalena arrependida... ,Senhorita, . Í:Jaturalment e de · longe, nada ouyi,t. E se · ouvisse, rião daria a menor imrortancia porque, tomo é1ta· mesmo diss~ra, depois que·ttnha conhecido a oran- 'f . ; , • t, de dor do a-mor, a terra, para si, el'a cheia de ;mg4s– iias do céo e miserias 'do in~ forno... •· ,, · .... : Que importava, pois, que: ella se assemelhasse à" uma santa ? Era até•. uma glófi11,,, porque santas forap1 ';is q1.1é: soffreram, as que sent,i(am e. as que choraram.... · 'J Está ahi o Çàrnav:;il.'Í. :,~ - , ~ '. ~ - 1 ... :-~.-<>->> .··'·/·~'.'-··~~--·"'.•'~"': ;· ·-:-e..,,::<..... ., .....' · ,·· •❖• E' o 'que se ouve ~lçislâ~' \. · bios ·fen1ininP? dá, i ib-'. '\~ teressanse creatura,' quando • ª=~ encontra com urna anügui"' ! - nha amante da folia. ~ ·· ~ · · E a interrogação costul'l1'. i- ....,______""!""...,•---------- _ .ra,, immediata.meni;e, salta: N~quelle 1 ' tempo ( De Franklin Coutinho ) . Ao despertar das flores .e dos ninhos, sahiamos os dois, de. manhã cedo. Saudavam-te, a cantar, o.s passarinhos, metrificando trovas no arvoredo. · Alegres se~pre, em matínal folguedo, a passeio nos iamas, sosinlzos ... Nosso àmor, .que julgavamos segredo, commentado era já pelos visinhos . .. S~turadas de olôres e ·ck 'orvalhos, as rosçzs debruçava,m-se :rios galhos, da$ aragens aos tépidos bafejas ,. ) Lef!lbra.s-fe·?~h sonhos idos e dispersos... · '-" . Tu - recitavas meus primeiros versos, .ezz - recebia teus primeiros beijos ! PETRON/0 OCTA V/O - Está ahi o 4arnaval 1 Qual é a tua phan~asia? •- A de marque;>:!\. - Oh ! deve ser linda ! Eu ·já tenho uma · escolhida logo de :po.is da fest~ de Na- zareth.. .. ; A amiga :1briu 9s olhos de espanto. Desdi: a festa de Naz,1reth I Caramba, que as mulheres não. pensam noutra coisa qu.e não seja o amor e o .Carnava!i .. Mas só pensam ~10 Car- · naval da vida. '. Porque é que ell,is nunca pensaram no Can;aval da morte? • * * Pcgandc o phcne fui att~nder o apparelho. .. · Voz desconhecid.a de mu– lher. Um mysteriçi jesses q.ue apparecem diaüamcntc para os chronistas.. · - Qnem fala? ·- Pois não sabe quem é? ·_ Não, mi:;ha · senhora. - E' a mulher tnais bo- nsta da cidade! Sorri. Que pretençâ o ! Resolvi pregar uma peça. Mas, de repepte, interrom– peram a conversa, numa phraseologia de estabulo : . - Faca o favor de man– dar um · cavallo bem forte ! · Desesperei : Cavallo, na .realidade, devia ter sido o individuo que me . .fortara a ligaç~o .. , .l
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