Revista A Semana - Maio v3 n 666

.,. ' . nal 1 CRI .MINOSA joia,uma festa, um · espectaculo, que, l uM1·=:~:c~: - ...-.--.! A saln •-----~-----~~- mil.os ou ll .promes- do J\!.ry regorgjtn- Por GILBERTO VEIGA sa para o C'Bm.pri- ~ mine d i atamente, não o -tivesse ás -.,a de · gente do - m,ento após. -todaesphera social! e Certa noite, no Juiz e Jurados, promotor II ad- vogado da defeza, 011.mdo da pa- faJJa.to de uma resta empolgante --vogado~ mantinham-se silencio- lavra, come~ou: e linda, eú, toda envaidecida do e-OS ó. espera da accusada, quan- -Sonhai: Juiz. Senhores J.u- meu rico Vt,Stido ve rde-malva e - elo 11urgiu, entre dois policiaes, rados. Meus Senhores. Cabe- me da ·minha radiante e Íl'esca for– um v_ult!> de mulher delg ado e a defe~a de uma esposa afflicta musura, fui apresentada a um ra– doent.io , rosto ligeiTamente velado e fidelis~ima, e, ao mesmo tempo, paz elegante ~ de fino .trato, com pCJr uma mantilha pretã, braços mãe amantissima e desvelada, o qual dancei algumas vezes e, joertes, desalentados, que o pn- para a qual as palavras, os rloreio11 depois de pale:ttrar sobre varios J>hal armára cert-a noite trevosa de rhetorica e os anoub(ls d" elo- assumptos, notei que. o meu cora– part1; o extremo ~acrifirio do as- qnencia são inexpressiv_os e ba- ção se dei;xava prender gostosa– sasamato. f naes. 'rodos vós tendes uma es- mente pela sua figura insinuante Correu um rrenesi nn multidão posá bõa, ôu uma -mãe adoravel. ·e pelos seus olhos pretos cheios compactt. Todos os olhares se Que no Iogttr desta creatura iu- . de doçura e encant.nmento. A fes– concentraram naquella criminosR', feliz , collocada· entre a balança ta, terminada. deixou-me: no es-· que mais parecia vi~tima. Victi- da lei e os ditames do cvraçil.o, ~ pirito uma saudade indelevel. E ioa da fatalidade, do destino ina- as vossas consciencias, i:Juminii- os dias se seguiram dernm mar– Jllolgnvel. das pelas luzes da sabedoria e do gem a novos encontrll!?- com o meu, A. ansia punha o sou peito num amor do Jh'oximo, saibam ver, então, já muito amado. .,.. contmuo vae-e-vem e os olh.os atr1,véz do punhal da ttss"ssina, a cA.lbino,-assim se chama elle 5 êcc~s, contornados- por proíundas honra e o desespero humano, sym- -cada vez mais m~ orendia com oJhelras roxas, eram parados como bc,lizadc s nas pes~ôao, pua vós as suas maneiras lhanas e d1stin- 11,s aguas estag-nadas. Os l11bios sag radas, dos vossos ll!res, c-heios ctas, cera1md1,- me da. mainr gen~ finos e sem cõr, conti-ahidos, dei~ das alegrias, que fugiram tão tileza e respeito, como f1ozem 011 !'ava~ à flor a aCQnrgura. que lhe desgraçada qw"\o lamentavelmentd conquishdores profüsionatls e- pG– conou1. o intimo. O vestido preto a esta oesaventurada senhora. rigosos. f11RÍS lhe realçava a brancura da Nada quertJ e nada posso dizer cMeu bom pse t tJmou iuforma– f'elle, & os cabellos negros como em torno do crime que ides julgar. ções sobre o homem que me ca– ~ aza da graúna, mal àrranjados, . ~\le· por si só é bastante elo• ptivou o coração e um dio. tno eram catadupas de martyrios, in~ quente para prescindir ,da minha disse, entre sério e carinhoso, que certezas e descrenças no tuturo e:x:P.laoação. Prefiro, antes . que eu precisava. esquecêl-o, porque 0 steril, no qual ella não contava vi,s sejam narrados, sem omissão elle não oi•a o marido que me eol~er, jamais a perfumosa flor, "de circumstancias, pela propri!\ cnnvinha. Era pobre: Ní\o foi . po– dll JllVentuda, a suave fragancia victima a quem chamaes de cul- l'ell.1, esse o motivo da recuaa do JI\ v.entura. pada, os factos qúe contribuiram meu vellio ·pae e amigo ; b seu ~rn espêctral e sublime. ,Es- para 8 su~ ex<1cução. procedimento de bohemio nào con- pectral na appl\_reg_cia; sublime aoa E, cedendo á. palavra á pobre dizia com o hom,3m que elle idea. 0 lh~~ dos que sabiam a sua vida, senhora, sentou-se calmo ·e coufi. l1zára para seu gefiro e meu 88 _ tJ VHla da sua tragedia e da sua antemonte. poso. pn!>r':[le, desdita. . -Eu -cómeçou ello, com à . «Fechei os o_uvidos aos rogos ( S~ntaram-n'a. Obedecia auto- voe tre ~u.la pela emoçil.o -fui fe- pateynos e, dois· mez• ~ depois, ~ 1llaticarnente, sem um!l queixa,·· . liz e fui rica, Meus pnes mima- c.11sei-me sem o _seu coosentimen- 110II1 a menor contracção l·Xterna. ram•me demasiado do barço á to· Passei a viver pri-, ada do af- ~penas sulcos profundos nas fa- rdade da razã.a. Mcv . u menores co.- .fect? sadio e pum dos meus pro- 0e!i cava~as denunciavam o dolo- prichoe eram por elles_ percebi- gemtoi·es, que se fufam para -a ,oao e misero estado do seu· espi- di,s e postos em pratica para o Europa em bmca do esquecimeu- tit0• . . meu gandio e minha completa !'e-· to. A grande estima que me tinha Foi 1_nicijlda a leitura .do :pro- li cidade. J ama,is ambicionei um () roeu Albino,· porem, compen- ce.ISO e, cousequeutewente, o ad- passeio, um ve; tido ,earo, uma sava tão grande falta.

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