A Semana 1924 - Novembro v6 n 342

A SEMAN/i V 1'3stl1er na rlefe-za do povo de Deu s, 1~m M:111áu~. nos dias ., ,u y,1p,_l:'1, ,l!er- 1111111rcrn o Dest11e•11ne11to do Norte, rr11, :, mulher-da mn i~ nltn iL mais humilde ns<·aln socinl- qu,·. 1111 prnc;a pn blicn, n11s r uas, nns !are, . ,- rn t, ela p11rte, in– centivav11 a gra nde 11IJl'11 da n•dnmp<;ão d e um.i g-ento c11jn 11nil!o t,1·i111e e ra, e· 1,, a aspiração d,. S<' rntegrn r na grande }'atria Brasileira, ,nb o amparo da L<'Í -e da ig na!dnde de di re itos cn11cretisad11s ua Consti lui\·it• 1 da Repnblir a, 11nm re– .-i111en de paz e libe rd11cfe-tilo souega– d,1 nos ultimo:; tempos. Aq ui, mi n has carns compar.ricías, de– pe nde de VÓti, como a uxiliar e c,,mpa- 11he ira do lrom~rn,, fi.ize1· a regeneração dos co,tumes, JJJ).!"1'8:-,a ndo no:; espíritos descrentes n fé que eleva o amôr e fm,; n asce r todo:; os scmtime ntns de frate rni– dade, 11a rciilixa<;üo surprelienden te dos ideae,; dcmocraticns cfo tl'n povo, de u ma g-ente que tenr a :elic icbde de nascei· e Je viver de baixQ do c ru\r.e iro do sul - o s.ymbolo do Eterno 1.n1recendo ind iear o Bra~il um paiz fadado pa ra IIS>_grnn • dt\5 ('onquistas do fu i u rn. J uli n Dantas - esse e,p'irito extraonli– uario da mode rna i11tullectua lidade por– tugueza-uscreveu a lg ur,~s que a guer– ra, as luetas e u tre as.. dive rsl\s nações e entre irmi1,ns, dependi\!rn exclusivarnAnte da 111ullr t>r. O au t.or da «Ceia dos Ca r– de,11•s~, como Slllll {'re, fazendo da mu– lhe r o tl.tem,l de t11dos c•s seus escripLo~, pate 11 tco11 a r.xctidito do V<!lho broc'c1rdo frnncez - "cherchr.z ln fo111111e." Real– men te, a 11ru!lt<•r --11nj o do ma l ou do he 111 -sy11tl11~ti-;a tod o~ os desej os .e to– elas as ;1.,pir11,;õc:,; 11c ll•1 reside u supre– mo ide11I ria iJ,.lf.,za e os impulsos mai,; 11ohr,•s e e levados cio gene ro humano. l'onlH~ de Min.1wl11 --- 11. 111 t.ellectualidadH 11111i, forte, do Bra~i l lrodierno- l,r11tanclo ,las 111•n·cpçi11:s li urnanas, d1í ao subcon– ,;cic11le a prioridade ~obre a inte Uig-en– t,ia <: a rnzúo. dcrno111i11a11do a intuição ou Begressnr no lar. depois de um pnssAio ru> c:nrnmrrcio, sern v i,-itu.r K <.:onfei luria Ccntr.tl, é nma falta de liom gosto <iue não com111ette n .;;c,cieda,Je pa1uei18e. o os impulsos t1·nn,ceHde11 tf\s d{l 11os,;o "r a" de-supe rcnl)s_c je n te. Qra, t,11_1do_ 'I 111~– l hcr o segredo d:i in tu ição, 111:us rnp1- damf\nte se apercebe do perig;n 0 11 a.r~– te vê, com pn·cisiw aclmiravf\l, as )'.l'llVt:– clencias a tomar nos momentos mais. cn ticos e de licadoi.. A11 t11nio de Castilho, ederevcmdo, d is– ;:e ela Bscranclào social da mulher: cn– tretnnto, noh pa rncc lrnve.r c,ng;:1110 na 1q r P<·11rç,,r. dei,~c ,audoso e eminente es– criptr,r portu g ucz, que, talve z, niio co– n lieccndQ o perfil da mulhe r ou descn– nhercndo-lhe os seus encantos-- clndn :~ sua falta de , is:10 ocular-- , julg-ou cnrno um facto essa appnrente escravidão. Mas, i:m toda · par te, em todos os tempós, o que ~·emos e sen1imos é . exactamen te, o fascinan te poder da mulhe r clesclobrnn– se e m ncti\'idndes assomb1·nsas, levando de ,·cncí<la as miserias e tornando vi- , r,to!'iosas ns tent11tivns mais rnblimcs <la, fé e d o nmôr. ·Belem, X l -:14. \fouRA Prn·fo. --o- A musica l'ompia v iolentn. ria sala a:,ml · Um t a n go. s a lti ta n te embalou– sc no :tr e a 11o i t o, l á fó r a , ch e ia <lo aroma dos j :~smins e das rosas sr.n– suaea, pareceu m11is alegre, mais festiva. U rn rumor de sêdas amnrrt)tadas andava docemente pelas frança. \Jn rlos parou na esquina. 'fravou d,) braço dn compa oh eiro e d isse, len tamente. comu se tivesse medo que as suas pala– Vl'n.s profnnassein o silencio da rua: - Meu amigo, o :llllú r é o sentimen– to mais sublime. Fnz de um homem c'J- 1110. '.eu , qne era altivo e resoluto. o cor– deiro -que vês. E chego, sem saber co– mo, no ricliculo, ti tõa !'Ondanclo a casa de minlrn Dunsa , pai·a te r ao L~1mos o con– ,:olo- de olha(·a fnclrnda de sua c11sa. E 11uando ~e llJlproximo deste recanto! Ah! ,neu 11m1g-o, ó muito rid il'ul u o homem rpte ama! L oug-e, na sn!a azul, o t:rngo morria :ibafado'a como ~e foss_e 1tma a lma a rque• .1anclo. 1•, os do1s.J su m1rnm-se na- norte co1111> dois bor!'Ões i11distinctos, como <li.a~ 11pJ..111ric;ões de le_nda... B. , . :...

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0