A Semana 1924 - Novembro v6 n 342

• • 'la angra de -Viarapu. oa Guyo.1111 Hollan· deza. Tentuvamos ppproximar-n os da pont11 G!llibi, ao norte da ilho Grebois. quau– <lo se desenrolou um drama. terrificante. J,: rn volta da p iroga, que era a nossa u~icu. •mlvaçã11. boiavam enormes.Lubarões, e em ·llguns minutos vi operar-se em meu ca· ,narada umu transforrnaçii,o. sobre a qual nii.o podia me enganar. E:<t ~mos perdidos, d isse-me Bambú . h t uharões vão virar a piroga. Aconse– lhei-o a. dar pancadas na agua com e, Pªit"io. mas, .de repente, Bambú foi presa i e loucura s ubita. Elle tinha medo e o ter· M r havia transtornado o seu espirito. Pro– 'l ·inciava p~lavra€ SP.m sentido, entre as 1uae.s: volt avam sempre, como uma obses· ~io: ....._ ·'Dous são de mais ! 'I'u, ou e\1 !" E~a– uqa id,;n f ixa. Bambú gesticulava, ameu· '.ava de emborcar a piroga com seus saco– ej:>::,, chacoteava. c hamava sua familia, mistnraudo ' nomes, que eu iguovara, ao los nossos guardas. Tive. a percep<. ão que Jstavarnos de,;tinados a uma morte atroz. f<:ntão,as palavras que elle d izia -"Tu ou ,m" -fe~irurn meus ouvidos comoumaordem ren hid11: ·•Tu ou eu l" Por que c11i' Diante dessa demenciu. minha vontade foi mais forte que asna. Si o lauçasse aos ..;ubaníe:1. estes arrastariam stm presa para longe e eu poderia, ;,ó. ganhar o alto ma,, Hl as costa,:; baixas, plantadas de peque· •ias arvores. Era a salvação. Ia commet– er um érime, mas, no fim, um de mai,i ou dE'! meuos, o que adia.nta. na conta? Bam· hli dansava coow um possesso. Ria e ba– r.ia os dentes. . . Elntiío, bruscamente, oh! stc, não foi difficil ! apoiando sobre o seu ,eitJ a extremidade do pagaiCl, fil-o mer– ,.ço lhar ... Os esqualo:1 lnnçarnm•se sobre o le-sgraçado e desapparererarn. Um minuto t.epois a agua tingiu-se de vermelho. O errivel repasto el>tava terminado. O que ti nha feito me parnly,:;ava. Perdiu ~- noção do perigo. Hesitava em remar de • 8 nnvo: ma;, o inst incto de ...-nn,,:e, vação me reanimou e, dnrantc jois dias e duas noi· tes, segui a costa. Uma tempestade se levantou. O oceano estava en, foria e fui precipitado. offogante, para alem da ao– irra <li> Krivariman. As provisiius est(l,·aw perdiJas: não t inha ontro remorso siuão o de vtoliar parn o llaroni. Caminhei, pro<:urnndo uma estrada. durnhte.uma se· m1111a. Vivia de raízes e dt> frnctns de."'<'0· nhecidos. 1\lguns cocos rne dera,u a fr1>,; curn de s ua polpa e de :,ua aguu. E trc· rnendo de febre, extenuado, os pes ems au– ~llf', fui encol\trado nas cerc:anias do pl111.rol e entregue. n a manhii Mguinte, á autori – dade peifit<>nciaria. Conheci a cellula, o is0lument, \!tive:.. mioha pena accre:,cid:.. P1>ssei p1,r ! ndns ,s campo~ de <."Ot111entT11- çf11,. Ate o ultimo dta cumpri minha p1ma. Por muito tt>mpo implorei minha liberda– de: mas. v<'i-, o sabei~, a lei é iuexornYel. T ive ama b1ja •·ondacta. Fui empregadn rrn Connoran, na ~lonta.nba de Ferro, em 1 rnl'uubo, em Tonati. .1,'rocursva afasta,· me· cana ,·éz mais de Marnui: pASsavn pc>r fn,co de esµirito e, ha dez o.nuns. por que aüo,w e~tou t!m São .Jorge do Oyapock. (H& ,, isrnoro. :\[a:; vivo com !l te rrivel v isà<, de B11~nli1i, t r,rnado l<>uco n a piroga,e do l1or– reuel fl•:::t;im rim; t ubarões. . . Não me pe,·– ~unleis mais uada. Perdi o :senso do que crn a vida antes da evasão. !?alei-vos t>~ta uo,te pcJrque estou no fim do caminho e i,<>HJll" é 111'1 impiedoso companheiro, o rernor~o. o pC!íadello que me pen,egue to' da,; a!' 1wi te~. O n,111orsol .. Co!!lprehen· deis1 . Niio rstott louco. . O remorso! . .. <1'iad. de 'l'héo) . .,.. .. ......,.... ........................... Hiso)el~l é a nrn1 c 1L de calçados para •0 1"nhoras Que melhor ><e fabrica no B,a:,il, ,•hf'lfàram 1,o vi,dades para u. Sapataria Pe · licano. Visite111· na. • • • • • .a . .a...a • • • • •• •-•" • ..• • ,.- •-• ..,....._. •· • • Dr. Evaristo S'ilva "C:h"fl' de f.linica no Instituto de Pl'0\6<'.•"' ~ A3<,i!•tl;n<'m ti ln[and,, e 1i.,1, '.::asa ele Snude '.\i ·uílima ,-:..d)intc, rl11 r.\ir:i•"'t <:1rn.r:.ril'a no lln~pital da &nnt."\ (.' 11 ~ 11 "Ex-interup da ~1at!.'rnidutk f'lij[i!CI ~. dt' 1 >111·.. ita. da l\t\h1n" l\toh:~stltts lnk•rn:1s de :1dultn"' " "'"ª"~s.. {}onsultor;o Pharmacia Moderna, i:orz·• •., ~ '"""•th.. di.ui ·---\.e. <la, 10 1 ·.:. 1is 11 , I J horas da manhã. Ht>sirlen,:i" Trav. S. Matheus, 60 E: Telephone., 909

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