A Semana 1922 - Setembro v4 n 232

TOPJCOS... - . 'l' A=evnlo Vt1scv11crllos, qut! l1111lt1s :w.:::,; tem coll,1borado na imbrrusa ,lo Pnrd com o Jurudouymo Je Roberto A:c-– vrdo, 110 qual se t'.rcoudc• 11111,'Jo 1110- destameul,·, I 11u.r.w t!i,,;fiuclo rollnbo– rrtdor t', J,orque o se11 uome mM me– rr.(a ,le11rrt1s. ,,~stJ/r1r11ws. J>or ron!f1 /HojJr,"n, ,'11ch1il-o nas Ju1_q/,111.r d'A SJ:::,l/ANA, ao /11tlo ,lt: outros t!e ide11- t/c,, valor. l!'oi nesse a:onotono e pncnto bair– ro dos J urunas, onde minha saudo– sa infnncin Acresceu, que o vi pela p rimeira ve7.. Tarde merencorea e fria de cnrna– ral: a chuva impertinente, mindi– n ho., estiando de minuto a minuto, distilava pela atmo.:;phern dulr ida evaporaçiio s ilvestre;e nuanços plum · bea,;, salplcadss de cnpins voadores desciam, annuneiando a hom do crepnscnlo. Cedendo :1 natural irnp~rtinPncin de creança, minha miie ngasalliou– rue junto no portão al to. Je ma leira. antigo, sob a te,sit•Jrn verdej:lnt,e ele um bogarizeiro rnplet0 <le hotiies entreabrindo-~e em olvns e períu ·:rn· das r,strell inha~. Bobos de~engonçados p::1sso vam em pi~uetas e, ao aprnxi mar-se o bando apatnseado cios roceiros, que en anciosamente ng11ardava, vinha ú, faente. aos pulos, 11trnvess11ndo o. valia encharc.ida e execuLando 11111a toadn rlA tango rn;tico, n orcfi,,.itra _. estridnla composta de 11111 ra.vaqni– n ho, uma flauta e um clarinete. Irrequieto, curioso e ingenno, não sei pnrque n minha attenção voltou· se toda parn o re:iueno íloutistn, que soprava ucl111i r~vcln.e:ite urna tahoquinlw amar<-1 la. 0-reo.nça. de pouco ed1vfe qne j,í. fazia pela vida . . e.ai :inhns estreitas e curtas pelos j oel h os, lembrundo um i ntere •s1inte 011:10 e111 co npnnhia de gigante~. Casn extranho pnra mim, não pude occulto.r enthusiosmo, estupefnc,;ãn e borbolhon-me indom ita vo 11L1lde de aprende r a executar aq11 illo: pedi. com insistrn,·ia. :í, minh:, mãe, q11e me mandas;.e tombem ensinn1 a flauta. -Sim. ,n1rn n:h.1: s ati ~í:11ri a Lua vont11<le quan·lo fiC'nres 111,1ior: up ren · deriís como PI le pn ra no,so en le- vo.·· · 1 1· l Con,olou-r11r, rn1·111 1osn, n 1sn11( n brnndamente n3 meus cabellos ne· g r~s.. do-,e ao long-i! u carnvnnfl ~ 11 '":1~ 11 ·rnavalesco~, com os sens ele folaoPS ea tosos e cabeçorras d • ,. e - pnven • a11111w., ~ ,, •-me impnrienLe, nlo-odoadas, 11dqt1epa,; . n oll1Rr ainda ,., • 1 as o~ ~~- nas pont1n 1 • ,. ·a · encnrvon<ln o d P ennniur d . atrnvez a 1 • isinuanw o ex,- . o Vil to li pe_quenindor de flnutn .. mio toca u• no seio agre~te Annos depois, foi A SEMANA dessa arejada e remançosa vil la mos– qneirense, cercado. de lindas prnias brancas, onde gaivotas e nsaiando rernijios hurdejantes deslisav:un, g rasnando, 1í aproximação· da noite e aligeros maçaricos, e~gnios, mon– tavam guai:da• sobre os dor;;os pe– dregosos das ·cãrnbôns. Em cava')ueiras aífaveis pelos ca– sehr<>s .-le barq ueiros amigos, aos descontes langorosos acornpanhudos :°l viola e aos s uspiros tremules do ílnutim, emquanto levantava fervu– ra á lareira II camb ada d e peixinhos frescos e o nssahy ct.ir de 5a11gue, npnnhnclo no igara pé, s e con,·e1t ia em vinho nppetitoso peneirado em bojuJo ulgnido r, o ocaso nos npru– ximon: o seu geniodemenino esp111.• sivo, \'i vaz. e a minha franco. sym– p11thia polo st>u precoce talenlo de 111e11est.rel do Som, consolidaram ne•· remptoriomente a nossa intimidade. Nolas sociaes O ,·.aimado ,·rrvalhc•iro cvrcmd G1'/e11o Pc•– tlrosa, z.eloJo guard,1-mor ,la Al/nurlega •~ 1 que /e: t111110s " 24 ulh'mo. Entüo vis inhos, iamos ao banho pela manhã e á tarde, ao declinio da º!H:hen~e, desa.fiando correrias pelas n bunce,ras nreientas que iam ter r 1 prnín do Bispo, clistrahindo·nos ele~ pois 11 _fisgar cnmnrões e trall111tos e,conr~1dos nas enseadas rasas com a ~a rc va~ante, e mai~ a lem, á pon– tnna cert~!ra _de. ?alhaus, despenca• v_nmos caJns, JUUJllS e tucumans ado– r 1c_ndos dn, ar vores esparsas pela bn1x11:la nlfombrosa onde jassanans cantlivnm . .. Uma tsrde colid a de novembro 0.') esm_o1·ecimento .panlatino ao snl no occ1cl?11te, °:, re1ternrl 11 pedido de men am1%"O e de outros, a muito cnsto obtive permissão parn ir ao banho, sob condições de pouca ue• n:iorn por')ne o mar, de impeto var– n_do pelo desenfreada vt:ntania ocea– nac~, estava en~apellado, re')oando 6 cl1stnncrn, estremecendo em arrnn– cos ele arrazo.mento as suas fo. .d . d 1m1 a· veis pane~ as sobre a terra. Promett1 cumprir á risca o. deter- minaçiio materna e, alegre e satis– foitissimo, ans pinotes como um veadinho solto, sahi conduzindo o meu bote velleiro-..Carnapijó»,-· todo pintadin ho de verniz, con– struido de cortiçn de varzen e talas de mirily. G-rupos de banhistas e nadndores locaes chegando de instante a in– stante abandonavam a rouparia so– bre os rumos dos njuruzciros ribeiri– .n hos,_ e, ~isn ndo forte a areia tepida n-ue nng1a, lançavam se li ao-ua como Adão nos cristall inos cor~eo-os do Eden... "' Em saltos mortaPs abrindo s ulcos pho~phorescentes, rebanadas de ja– cares q ue nos atarnnt.nvam rnero-u– lhos long·os mariscnnrlo p~drini1as no fun ,lo. dahi a ponro nlteava-se ~11na irritaria de nnufrngos eEcabu– ,1antes que pedem soccorro, allian– clo-se ao to rmentoso ullular das va– gas_ espadannndo-se de en contro á prarn. _ N ingnem podia desvencilhor-se rlaquelle cyclo in fernal, embora tre- 111:ndo e us beiços a rroxeados rle frio.·· nm lnt 11 jo rijo de areia limo– ~ª e peganhento empastava se-nos :is n~legas e outro~, mais estonva- 0~, e gatinhas. co n iam ao nosso P. ncnlço aganando- nos pelas pernas bambas recambiand o -nos :i maré ... De nhito, um rnpaz v·.,.·i 'I u· • 1 0 1 en"O, ne _se ,stancia,·a e escapulira s::r- rnte1mmente confia nte nos seus r0- h11stos muscnlos <le íerro atraves– sando n camisola dP. riscnclo sob re o ventre, em forma rle tnno-n ahancb· nnr~ n espessa touceira"' de ca . • emaaranho qtd1e o encobria, a o-acl~~:fo , vançan o alo•u "' 00 esticular nc "' nds l'nssos, ficou a braços est:' dena'.1 o, abanando os 1ca os - <<Qne 1 . chama Roberto 1 · • rn a II se ol ha tua mãe .· ·R·• 0 Roberto! . . b • u o. ber to 1 e errava como um ~~sse~·~o..... » . Po,· encanto a O Jo- cedora nmain .,aznrra ensnrde- attençiio 0 0 ~~ · · · ~o. prestnr bem lhor apnrei os ço ·avigalengo o me· t ii1do o meu nn~uv,. os no ~c_o repe– sombra cl e, •econ hec, :t meia• e um murn .... affrontand . xize,ro copado o cora1c ' hrurns pn o-iis d , sarnente ns clia- a s ilhnetn"'cle e semelhante cafi/a, t:;de ao-oniacl nmu mulher em atti- t "' n, as tra ncas es es escnpando-s , 1 . vooçan- de panno ve rm / - • ie da c?rapuçn caneo-ada e . e ho, ª phys10nomia emfln"i', uma ~~~:ttj_dorn, toda ella, A fflicçüo. a s · . 0 u:a estatua dn - busto :i ílôr d 1111st ra apontando- me, l ao-ua·ncl t l con( endo nn d~br' ex ~-a mo. es· lente o-al ho 1 ° da saia nm va- .., r e C\l jp· verdndc>. minha~- t'rn. : . em, em N. cn n a m·te' . ae sei alé ho · · · · : · • elnmpno- 0 ru· Je P.m que at11110 de n em tam"'poucd para,· em cnsa ... minha querida oude _Leria en calhodo ~unca 1uais ob~<: 110111 l1a vel/eira, e •r sozinho a ive Permissão para praieiros... os aprazíveis banhos •••

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0