A Semana 1922 - Setembro v4 n 232

7 iJ ,ffir l ~c:u:u::111:11:r 30 §~' 8 Setembro 1 § 1922 §~.-oc lr .R OCHA MOREIRA A LCIDES SAN TOS ICIOQCI ·Numero/ 232 ~ Anno V ,.. C:P.C.RCTAl\l<l BI/ \NOR PENALBER. 1 l\t: IAl"f VI'. CIIH'Y. llltu-:CT 0IH•t\01-'KIJ:fAlthl . - --- ------------------------------- - - -- .------ - - - - Toda a correspondenria deve ser dirigido 6 rednc~ào P c 1·ei1·11 d e C 11s t 1·0 3 3-TRAVESSA 7 D E S E:.TEMBR0 - 33 TELEPHONE, 278 l\t!O.\f"t'lll\ Ed9 li 1' P,•.,ençEA J•' 1/t. i li * li T•Y cSonliadores e C:ommunislas r.r n ,,,,Jt• ns p t'i111nnlin$ ,la r x ist.Pn– r~ia l111111:11uL, dP:oul.-. u, tiras r~1•11arl:1 ~. y11a n•l11 pn r f,.li<-iJaol .. d o 1111111do1, o 1111111Cln niio 1:on1t..c·a ª" l'i ,·i li">\'•-•e:< q ne s ã.o pt'in-:ipios r ctrogrnd <1s , u111a vez qne ma ..d11111rlo parn a. frente. o homem ci,eg a ao ext reino. qne como 1111111 circ ulo. t• sPm pre um po n to de · pa rtida, um d os maiores pr,1zeres <I P t ndos nús dest·e r,dentes de AJ:io. ;. sonlta r. ::-onha111 os que com Se m, C itam e Japhet, d esperto~, pe nsam crear o impossi vPl corno a lendaria LOl'l'C de Babel, e sonham os que, c ~n10 J acob, filh o d e I saac, sob o 1:,0111110 rnparado r, se deixam empol– g·ur por fascina ntes be llezas corno e.-;:<a da rntilante escada, pela qua l s ubia m e desciam os anjos d o Se· 11ho r. ,;opl'U ndo os celestines instrn · 1t1t1t1 LM, dos ,prnes se des prPndiurn a,•,•o rdP~ di viuo;;, t' ,pte se elt>, 1 a va ali'· " ,.,:.,, re:<idt 'nc.ia d e .l ehovnh. s ,, 111,o r JoR 1-:xPl't'iL:is E: crPador da Ltii l] lle Jll n.,·~és lr,tns mitlin aos •hn111e 11s. S im, todos GS ho me ns são sonha· do re.;;. A idéu, antes de se tornar realidade. é 111nu utop ia. Sonham : o · j 11 ri:<peritn q ue cria uma no,,a lei, fin11u11do d o ntrin n; o con1!!'",e1·ciante ,pie a.rc hi ti>cta 11111 · n ovo rnrno d e 11 egocios; o ind ust ria l q ue •l (t vida a urna nova industria: o banqueiro ,pie por rnPio de ralc nlos pensa n 111 aneirn de acc umular maio res p ro– vento~: o poeta q ne trabal ha riras ..strnp ltP~: n o peraria •111e fomenta a crreve: o lav, ador que semeia, o a d;;lescen te q ue a ma, o jog11do r q ue 8 ,. t\Onfi u aos aza1•ps d o pa nno verde: 0 homem, a m u llter, a creanc;-a .. V iver é sonha r. 1~ pon1ue ti a vida essa lu<'to. IJUe não nnda. seuão porque quando 11111 :sonho se desfaz, o homem se dPixu e111polgar por um 110110 so1tl1 0 em ~ Qffi,+ ,p,e V i \"t!lll rl'IU.ÍOl'P.S ~P'1nr çt1PF-:, lll:tis l•t'llns attrn,·t i\'n~: !.. . l' ,m.p1e e u, ,pie n.dneço de 1ie~si– mis mo, 11 e$te vive r n,·tual dP nmhi– ('•ies ·les nnt rcudas, e ntre h o rno11s que se · j11 lgu111 p redestinad,,s. qnt>· re nrlo n ivt'lur as do res e as a lPg rius hnnntna;;. •·reando no vas formas de g o ve rno, q ue os tornam lambem a r– hi t rnrios. p rocu ro e Pncvn t ro a me– llto r pha,e da m n 1ia exis ie nciu 11 11 m passado em qne sofrri e husco aindn :t felic idad e numa d ecrepit ude q ue não sei se chegará e que imag ino c heia de com pensa<•ões ,is ng ruras el e agora ? Volta ire, sceptico s inistro e ndo– ra vel, porque e ng a taste nos luhio;; dos home ns e d as m ni l,ere;, d ns vel hos e tlus crea nça~. esse sorl'bn de inc redul idade que e n ve ne na a v id a :> porque velikn ia~te a iro nia q ue punge ·! po np1P in •:en t uste n nptimismo de Pa nglo;;s, SI' •atra ,·ez dos oculos <·ôr ele rosa ve111os a~pe· ctos 8ini:;t ros d 1t Na tnn•zu :> se em cada home 11_1 >e retrata 11111 phan· tasmn. de Hoffman n ? se na musica d e Offi>nhat:k gargalham gemidos tetricos e sata nico~ e sol nc:am risos a navalha ntes de lou,:os:' Sêde be1wlitos, comm 1111 istas, q ue vehi,·n laes a impiednde, q ue derru· maes s a ng-ue, que faze i:< ,·eifar vi– das <·om a mesma pt'Odi!riosa fucili· d ade com q ue o seg:i.<lor faz rocPgar a s ca n11a~ nos roçados r heios. c re n• tes 4ue so is de q ue a-ssi111 p ro('edPiS trabal hando e111 prol d a ven t ura dos homens. Por v,,s é q ue eu snl,n os dP· g-raus da escad a de .larol.J. porn so– n har d 0spPrt11. d o alto, a vossa loucura (jllP é inaudita., e qne ternd– nar:'t apenai, qua ndo a desirru<·a <la familhl humana frr irremPdia.vel. !'ois niio vedes,,-, so11'1udort's, 4'JP 110 fí,1·n se ro~i$l;.1 " º n!"tanteme ntr dP111a 111ln d,· fill11 ,~ t•Onlru ns JIIIP~·! ,,11 ~ 1 !::.i111 , ir11úio d P AI e '. não l tl'\'~ ,lu vi,la e ,n 111:11·111-n? qnr ,la,·,1h. h!l _- 1111'111 pio P l1•111e nte a D <!n,. ró n hnn tt ~1rn iru ão Ef:1111 o rlirPitn ria pri · tllO!!Pniturn '! 1111e Chu111. ftllto dtl Nné. d, " esp• ito1n o r,ue 1tn \'e)-,, •·1il1irlo. r11,.·•s lt· r I ilia do o l'"" d 1lt'to ria prnp ria vi11lia ~ :"l::i11 sahc-is que IPndo Da v,,I $ah·udn II vida d o rPi Sun l. po r duas vpze~ tfn ton Sou l ro uba,· a. virl11 a David:' Co111n q ue – rPis, e ntão, reco:1l'iliar <> q ne 1\ Irri;• coneiliavPI, harn10 11 i~a r a tleshar· mn ni11. O 11,111 c\f, ho11,e m v1,i11 lil• herço ela Pxis e 11• i,1 hn111an n. A do r P ,·omo a l'he 11i x d a le11d"11 , DPs– t l'nil-a e is ltnje. n l'l :a re-su1·g1t·a a1na nhii n1nis int eJtSa e 1nai$ as~o– lu<lora parn d""l-!Tll('>l rios lw me n$. A P111 prPsa q ne t •nt ue, ,; a re,•11n– st1·uc<·:111 ri a tor re de Hu !JPI, t' t• 111,• po, ~i;'rl. O $11rt~ nt' q ue hnj,-, fuzeis di-rra111 nr ti 1·ou1pletu111e nt,, inuti l. (J 11e diríe is SP as •·l1arritus e n fer· ruja~::,e111 110~ cu11,po:-:, st-J us eu xa· cln;:, os ~,-u-l1os. ç,s 111a\'hados. as i:rada 11hal'. as foices , os a lviões e (1111.rns insti-11u e 11t ns de ln voul'U fos· srm nha11don a do~: o sol q neima s~e a s leina;: e Pstorrica, se os roc:udos e os lavrudorc,,, q ue taml,e111 soffrpm, desces~!' tn, e 111 ma~su. p11 1a o h_n lo– c11nst o nu, C'irla de~ ·? ('01110 ving aria a vo;;sa ohra. mo rtos os t rig aes. des povoados os 1·n111pns ele gudn e 11;; cida d es SP111 piio e sPm carne, pnrn vo~so :i.lim en to e 1di111e nto d,· vosso,: fiIho,: '/ N iin, l,n111f't1 Rq :1e vnis hntei;; pnr p r i1w ipios pg-11nlitHins : sllrlP_ pe rt:i · nAi':PS, nHP 1i:io pg-oisto8. ,\ v1,·tOrHl elo vn,:so 111ovime11 t-o sPrú t,rnhalh ur· <les i,inn O maior desp rPndi rnenLo: mPno 8 por ,•.:.s e ma is pPlos ,ossos íil ltos. R, M,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0