A Semana 1922 - Setembro v4 n 231

101:10 o A ~ l!lMANA =:101:10 01:10 a Ouvia-se-lbe e ficav11-~e enleado Elia ardia ! Assim vibrada, lembra• na musica desconhecida de suas va uma creaçâo infernal, nervosa phrases, num meio aturdi a-ento- Venns dos hysterismo5 esculpida que era volu r,ia e que P.ra estra- em marmore é vivi tlcada por Sata- nheza. Borbulhavam, rolavam, 11as- naz ..• avam na orchestração desses sons E, para anniquilar, apaga r a im- Js mais extraordinarios assumptos, rre!lsão causada, cum hollo gesto os mais delicados themas de con- de artista, dHixava as mãos cabi- versa - magico ruicror,osmo Am que rnm sohre o teclado para o acor- SP. desenhavam espectros levanta- dar num 11octur110 de Schuhert ou dos num cre1,1usculo de criptas, 11uma sonata de Ueethoven. rondas rnmnamhulas c1 i> i111agP.ns Lenlame11te, a sua· al11 idez PS- alvas sombras ci11erPa~ de !lauda- culptural sobrP.vinha. mas menos des P. rasurreições ern debuxo de i11tensa, o bastante para que ellA planos esmorecic!os da pintura re- ficasse no meio tom das vi~ôes. E Jigiosa . . . num mundo subjeclivo, 'suas mãos, que a n;a sempre vira iro palpavel, de extase por horas enluvada, linha a :;;lvura tias ga r- morta~, em claustro de monjas. deuias, o~ decios das virgens de Então sobre a visagem empeder- Muril lo, em cujas phalangelas ro- 11ida dessa enigmalica wulher lran• seas scintílavam unlws cortadas ~luzia uma a lma, suas pupila!! re- em nacar, pequ P.11imas gan as aca- rilhavam 11um fulgor. E, Alias, riciado ras Jiara nisgar S011ho~. ue ao princi pio eram incommo- O piano ca11tavi1. A musica pare• ~s p.ela fixidez o tom de invernia . eia Pnvolvel-a, transformai-a ao~ 'lrrada se transformavam, satani- pouocs numa suave EI palida yi~flo ment~ llella~. razAndu•Sti admirar de amor infelir.. Seu alto husto, em 1, .. sua complexidarlP., no seu idea! leve tP.cido esmaiada111 r.11te vr.r dtJ conjunto, mixto• de emalhrtes e 1m ou com laivos quasi a pagados dA dA ouro. densos de noite descida aguada roxa, oo smorzo da tarde mas do seu cabello solto ! Na des– envoltura' do movimento escapa– vam-se-lhe alguns botões do rou– pão e, 1 favo recidu pelas tramas da guipuras, ia-se o nosso olhar bis– bill.Joteando nudezas. lambendo a car!l~ ~xcita11 te da soa ~o rja, té a suav1ss_1 ma curva dos mi udos seios de esteril, mais claros e mais ma– cios que :i nata fresca de uma •1uei– jeira do Tyrol. E _sP. ella se P.rguia altiva, lenta e sorndentP, lembrava o quer que fos . se dum cysne em lago hava ro toda til_la 11arhosa e fi na, egual na h; rmo– nra a uma arcada m~gistra l que sobe em tremulo Jela fiapaoom so– nor_a ~r. um violino, egual ,~o t1lan– ce a silhueta magnolia l de um anjo que se ala da Terra uum raio de luar das Lendas ! ... Cle111 lhe c~u hP.. áq uella mulh er estran h_a, a s1 11g11lar alcunha com q_ue o risonho espi, itua li~mo do~ de– l!ca~os a accla rnou : Elia foi a as- 11ng1ca, lavo r2da «lrstrophe deca~ dentP.n. D;, fac to, i~sn foi p . e ·tu . 1 t . . . 01 s ua P • , ,a n P. on g111alidade e por s 111 coru parave l espíri to. eu uos desertos A areia faiscante de qu1 ~P. derramava esboçava-se ape- pla,,as ~onhada~, palheta~ d'esme- nas, diluia-sa numa poP.ira colori- · · ÷1; i· ~~L~µidÔ.. ~l·h~;." jà .. r.ô · ·: · · rald.,.:1 e .t?pazios lamina~u~ por ela• d,1 de imagem Pvocada a f]U P. a ção. tú não sabias quanto ~r~\~ 1: : ~ou' tug 1 t 1 vos do esfuzr:.r da cal- ma$Sa de sr. us cahellos rui vos dava lll0Sa essa mulbiw que julgav r . ~aria equatorial e pre1111ncios de o as pecto duma roce111-vinda d'alem Nà? co1'.1prehr.r~d e~te~ sua 1 ~! 11 :~!! auroras nos horizontes vas to~ dos azu l, trazendo por coifa a luz dos po1 que.a Sanc.cau fez da t ua vis . .' Jpaizes da Le11<1as. astr,Ji; em formação . . . d~de um appa relho estreit ualt- E jâ, toda Elia, ou tra se mos- Mas, quan<lo a grande lampada, d1ocremenle sensivel Onde ?. e me- tr;, , a. pous:ida 11um brandão rt,i metal 1>0- ll ectem as iinageus posad/º s: re. ·, iuha-llrn á boca os vP rsos de lirlo rnsplandecia a i: ua chamma cios os dir,tames de vel has s Pse.,un- ~l'ilde, como um revolve r d~ peru- soh o «aut-jour» de re11das carmin , de usadas lheorias. 0 u r. gras e l~s que sa hissem dum coraç~o sa n- parecia que um ,111ca ntamento mu- 111>0 novo, nobi·e e "ra 'ld~ e estra- grauuo; ,:One~os de Mallarmc, sere- dara, com a rap1drz de uma idca, ú.tua apprel.Jeusão- t n n'taroso. f'ôge 110~ ,_. •nystenosos como de1fses de a suav,i imagP rn de ha pouco P.111 tendor. tu J)Prci.,!Jes se s se~n 0 0- pedr a 11 a Sl mb ra rosea rJum bos- palpi ta11 t11 lP11toi::ão de cenobita. o olha r do i" 'norau.te · dn $ll11 t1r, tal , 1 , . q:,acl rns de ,Samaiu que parP.- Ell:1 aba11do11a1a o teclado, cor- d?s~idernf's ~ne elle~ou~·~: 1 °~, •nu n- ~ e~criptas solJre vel ludo negro ri a ao divan. !!:. logo uum gesto su fo rma e num •~<Jsmo u,··idlheou!uma i est) let" de º!1~º candenltJ : .. afoito. sacudi11do a cabeça. fazia .,., 1\ ernocão esm1r1llrn11ta de fl uo os cab,ellos d1W}11astra rem-se, 1a11n A SEMANA--;- l e rubis triturados, ruhorisava, jorro de eru pcão vulcanica . . . Eu- meio de annunc'i·ar· melhor 1 la v·1s» d'a.,"uarella, a hrancura chia o ambiente um a1·0111a de ser- sue g aran t1·do. ' cesso ~ ca de sua pelle ... Fiamme- ralho . .. Dir-se-ia que a brancura vam-11.Je os cabellos num calor nevosa do seu rosto era feita da TRAV 7 D de rornalba_s, ha~•ia uão sei que d~ fragil porcelaua imperial . . . tal, • E SETEM:nno, 33 ueliran te e illuu, rnado no seu olh:11 . roverbcra!'ão lb o clavam as ll am- Telepbon '>""" e, - ,8 IDa::::::10 º~--~~-:~Q ºi~TSsõ l\laravilhosa descoberta d e •;;;~~~º<•ivi•o:w,.._ O mais antigo e acreditado preparado b •. 1 • . ._ ras, eiro PARA AL I VIO IMMEDIATO DE: . Rheumatismo, Queimaduras, Golpes, Contusões 2 de Setembro) I .., e Frieiras. n. 5

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