A Semana 1922 - Setembro v4 n 231

0 1:10 OJ:101 A Sl!IMANA tJ:10 OCIO o~ Novos do Cearú, no Cenlcnario dn lndepen– dcncio. Fortaloz.n. 922. O sr. Aldo Prado, l umiuoso espí– rito de bellet rista das hodiernas let– t ras cearenses, acabo. de organisar uma bella collectnn ea em prosa e verso, contendo producções iíos mais modernos intellectuaes do Oeará . Editada pelo sr. Ramalho Coelho, a broch ura em que os Nouos enfei– x aram as suas poe&ins, eh ronicas, contos, ph a.ntazias, artigos de philo– lo"'ia, artigos de culnurn. u ncional e o~ros t rab 0 .\hc,s litterarios, merece 0 mais lisongeiro dos acolhimentos, por ser nma obra de lar~o. missão p atriotica. Como poetas essencialmente in– suflados da E sthetica Nova, apre– sentam-se os srs. J ader de Carva· lho Sobreira F ilho, Aristoteles Be· zer~a. Ramalho \Joelho, senhor inha E va de Oliveira, B. P entes e E dgar de Alencar. Dos prosadores, estão cataloga– dos os nomes dos srs. Helio Cara– c as, J osaphat Linhares, Aldo P rado, R nymundo de Mene7.es, J osé J . de Oliv<1ira P aiva, M. Picanço F ilho e Elias Mallmaun . Conseg-uindo assim reu nir a fi na flôr da n ova geração cearense, nu· ma exposição arrojndt1 e franca dos meritos de tanta g-ente moça e espe· r ançosa, o vol ume que um; veio ás mãos com um Hdnlgo offerecimento a A SF.MANA, ficaró. sendo como es– ses livros que apreciamos pelo seu valor e vast a missão litternria, e es· ti.roamos, mais a inda, porque nos fa· Jac da nova seiva íutnrn, que ha de manter vigorosa as Bitllas Lei · tras no Brasil. E, a ssim, os Nouos do Oeará npre– sentarnm·se ao g rande certamen do prime[ro_centenario da nossa I nde· pendenc1a. 1 Sol g lorioso. Odo com– mcmorotivo ao ccnlcno– rio. Asai~ Garrido. Mor-n– nhão.-922. Um de nossos collaborndores ma– ranhenses, o poeta Assis Garrido, acahn de nos envia r a :,Ua ulLirua plaquelle do bellos v~rsos. Alo111 v ibrante de c1thnredo, o nu t or de D. Joiio, Heg_l n~ º. outras obras ]lt;ternrias aprcc1~d1ss~IJln~. no )ivrioho que ora nos da n .ler. l'CYO· l a-se um extr1>mndo pntr1otn, run– taodo a belleza prolifica do."º! em versos parnosinmos dos ntOJs per· feitos da escola. Assis Ga rrido inspirou-se na e:rau· do dato. coi.nniemorati\•a do canteun– ·io de nossa I udependencia, e, ~ransbordante do e nLhu~iasmo t ão commum nos poetas de raça, tangeu a suo. lyra eloquente e deu espansão ao seu ncend rndo patriotismo. Des– sa exaltação nasceu o Sol glorioso de que o autor teve a distiocçiio de offerecer um exemplar a A S!rn.t.'>A. ' Os Novos e o Centcn - rio. - Prosa e Verso.– Belcm, 922. L ivrinho de ut ilidade e alto al– cance intellectual no meio provincia– no, encontram-se esparsas n as s uas pngin!ls, trabalhos de Hernani Vi– eira, Farias Gama, Clovis Gusmão. Paulo Oliveira e outros cultores dà poesia e da prosa entre nós. Prestando a sua po.triotica home– nagem ao primeiro ceuteuario da Independencia do Brasil, o. Associa– ção tf os Nouos fez imprimir uma interessant e brochura, contendo pro· ducções em prosa e verso de seus associados. Sabedores que somos do "'mude esforço e bôa vont ade qne a" Asso– ciação dispenden para conseguir a. organisação e impressão do citado opusculo, a gradecemos a remesso. do volume offerecido a A 8 EM"A1'A e· fa– zemos vot os pelo progresso da futu– roso ag remiação. - B.M. ~ .- ............... - ........... __ 1: D e ntro da F á bula l~ -::::::c.:::::···-·-·-...... ...•..- ....- ...--.... ~ li i Poro o olmn suave de Georgina Fer nandes Ando louco de ciumes . .. E já nem sei que mais te diga .. . Ando louc:o ... E em queixumes meus versos, minha amiga, descantam- somna rr,bulicas Cigarras– ante a atfüude negativa da Formio-a que tu és, minha amiga . .. t:o P orque nãu desamarras para mim a saccola do sorriso , -o vil metal de que preciso para me alimentar? Porque? Ah! tu não sabes quanto dóe amc:r ... Não amas , já se vê; não amas . .. E ando louco de ciumes, minha amiga . .. E cõ.da vez menos me chamas p ara que cada vez mais eu te siga! . . . . \ O imposs ivel fascina. Eu bemdigo, por~anto 1 avarenta Fo rmiga, da tua sovinez . , . Só deixasses, meu b~m, de ser sovina . .. -Tah-cz. talvez ... Mas, sempre ha gloria na se rena cavatina que ao léo se desamarra e corta o Espaço, fi na, sabida da gargan ta da Cigarra batendo á porta da sumitica Formiga. O lrnpossi\·d fascina. E :indo louco de cmmes, .minha amiga. D'O Livro d'lillu ERNANI VIEIRA. (O• Associação dos Novos>.

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