A Semana 1922 - Setembro v4 n 231

{]{ECORDAR ~ - - ~ - ------.,-,- ~ -•'- Ao Guedes de Miranda O sr. Lobão Junior, dist~ncto poeta. re• sid cnte na capital da Republica, muito nos satisfez com a remessa da formosa pro– ducção que damos nesta paglnn. Recordai' e ter na vida, umamôr euma saudade, uma lembrônça QtJerida, Quepermanece em vontade. Recordar, diz oditado: - E' coisa Que tefaz mal. E' parecer desgr~ç_ado NaQuillo que é divinal. AauelleQue sempredisse 11 Querecordar é viver 11 , 1 ai vez nunca se sentisse com vontade de morrer. Recordar, já disse ofado: -E' coisa Que te faz bem; Tu vaes ficar abonado . NaQuillo Que ninguem tem. Recordar, palavra louca, Palavra de vago enleio,. . E' asa udadeque me veio oe um beijo dado na bocca• Rio- 922 Recordar, empo, tuguez, Quer dizer luta' epaix ão. E' a palavra Que ur.rn vez Escrevi no coraç ão. L OBÃO J UNIOR Do HRefuglum Peccatorum• il --------- -- --;;===========-===-= ===-_:::::.===== 0 !déa /umin~ tf~ • IJ or t una, luminosa JJ éa feliz e o_ p orison cm ale· e belln idéa, gne s~:o. fni cssn qne . a nlmn do p . . 1 ratiro do se· gri•d' do t ioOacl1!11n1\ <To•;rrnnrlor s111] JUCyp1·inno Santo•' ii noilr de 11 acor . c • •fl qnr, da c idnrlt>, ~~ sexta-feira ul t ima, offertou nos h a– bitantes de .Belem, em d iveq;iio egnal ilo ria e g ratnitn, as hora~ mais ame nas e reconfo1 t.tntes rlo magno centen11rio de nossa indcpendencin politico, n~signalodo e festejndo nesto mez. Mal se .. nnt,'nciuvom, h n mezes cleC'Ol'l'i<lns e j>l longínquos, os mE>ios, os fe itos que haveriom do comme– m r, rnr e ,:ugrnr II dota mai~ ele\'n<ln e que rida de nossa historia de noção livre e altiva, nmn duvida prestes se adensou e escu ren tou n o difficil e p reme1!te estado de nossa ,·ida presente, quando a c rise moneta rio. é precarin e hostil e iuvencivel ... O povo, dir·se-ia. cle,:de então se 1111· niquil11va nnte os obi('eS ciue. v n l· t uosos e multiplos. se lhe a ntepn· nhnm, intrnns poni\•eis , te11,erosos ... O jubilo pntrivtico, de inte nso, j:'L lhe exultava no peit o, cnntanrlo e c rescendo, muj ora1do e espraiando, mnlgrndo tanta antcccdencia .. ~las a ~riste7,a, do prompto, Pxsurgia do– mmnnte, (L im possib ilidade d e ~e fa,:er fuc;i nos g as tos necessa rios, im pre;cind i \·eis .. . Dahi, esse mix to d~ vontade e de,nnirno, de q uere r e nao poder... E a ephemeride d o C'en· te1!ario se oppr0pinq11nva, e o povo ah, rest:iva obscnr.-cido, falho de gestos· de enthus iasmo e v ida de exnltoção e nnlor. comquan to as' pn– lavrns '>.de ntro dulma lhe fossem um represso hyrnno de Vict oria com– quanto o b l'i lho dos ol hos um~ como lo_grima lhe fosse de desejo inattin– g rvel e por isso mesmo tanto mnis ni·d~n_t< me nle sen tido e pre libado! . .. Frhava-sr, na verdade a esse nc– c urnulo de difficnldades ~ esse acer– vo ~e privações, o desalento qne se opo era~•u da múr pn 1·te da nossa . p~pulaçau, - essa COIISLituida dos hu– r111~des, dos pobres, elos d esnmpnra– do~. A e, pe rnnça niio o; nbnn dona– v?, todavia, o esses simples mas dignos bras ileiro~. tii.o diu-nos em s n~ modestia quan to os ()L~e i~ais o ~Jai~ em se11 poderio ou r ici ue za ... . fi' po1gue assim esperaram e con- ª.1:m. mais 11l11cre. lhes fo i O :ir– rtu' t º de Pltl'iotismo, quando cn 1, . s u a ram 1· . '-' • . t d que n so 1c1ta nttençiio do 111 c n ente de 13e lem lhes O ai . , auscll ltand o- t meJo, syinpnthic n e intelli- gen emente lhes . . ·dade. doando -Ih accor,a ,1 necessi- o ·1 es essa belln. fes lo. ~ep8 ad~ que con globon , em a noite Coelho. qu~~~nte, no PUl'(J ue ,Toão · tes de Belem 1 q ue _~od_os os h abita:1- 0-idos O~ que' d a.'iime os de,,p rote– ;es, 11 ;1n.os e 11 'un~r~n te !11ez':s e me– á esca ssez de O s,.se ~ nu d1\·crtem, o-un d PP01 l un1dad-! á min– "' E ~ recu_rsos, coitados' ' e is por que 1 . • da soberba e 11 ·tiª .. ~x Hbiçii.o publica 1 s,,1ca pell' 1 • mntoo-rnphica G 1c u a c1ne- 1. " q ,uu•·an . f d uem a sobr:inceir ' )_~, .oca 11 loo-radot1ro d O do rna,s fo rmos o " o n orte ,J B dundou, q uer elo o r_a'lil, re- pelo fim nobiliia t sce~u1·10, q ner ma is bella nine. 11 e, carin hoso, 1111 'd ' 1 <, e e ' t e quantas em Is 1 ~Pon ·anea fes ta rarnm O ce~tenn ,• e e i~ 1 , commemo– sa in'dependenc!~º!r''.neiro da nos – que foi pelo plen'i1up1_aten_da assim c~o, e murmu rante -n ro'. _J ubilo do r.1so do povo J'nb'J e I ll1dosa pelo 1 1 0 dn terra . . . A RNA1.oo VALL.t.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0