A Semana 1922 - Setembro v4 n 231

1 l\t!1lACf 0I\ 1:nrn ~ 1 DII\P.r.TOR.• PI\Ol'l\lt:TARIO l Sf.r.l'l~A"IO R OCH A MOREIRA ALCIDES SANTOS B l ANOR PENALBER Todn a correspondenrin deve ser dirigida ó redoeção l\•;nAr.TU~ 33 - TRAV E SSA f\P.n.,aol\ 7 DE SET EMBRO - 33 P e r eira d e Cnst,·o E dg a r T ELEPHONE, 278 lt"l."M J:i Qí cr. e-) A 111ai0 r doe nça do nosso povo, aquella que está d esa– fiand0 a bôa vontade dos po– d P. res pu 0 licos p ara _um com– bate e ffi caz e p ro ve itoso, é a apathia , e ssa ~atai indif[e re n– ca q ue fez de r.o ~, no Pa ra, uma ' ' d . . raca conde mna a a triste za . :._o b rasileiro de Be le m é 1•ss e nc ial111e nte t riste, di zia · 111 e· ha d ia , 11111 amigo, um )o u;.o ,,aukee, hoje identifi • c ado ccrnrnosco, mas que não L'01nprd1e nde o nosso mc,re n– corio e x istir. O me u a mi~o do paiz dos do/lars é um homem cht:>io de razflo. /\ nnunc ia mos uma festa, prome ttemos uma ale – crria e stonte ante, o nosso co – ~açfh.l v ih ~·a num doce e lou– co e n thus 1as mo , a ntegosamo_s u111 conte ntam<' nto q ue se av i– z inha da d o idict:>, e, in fe liz– me nte, qu ando_~. d ia da Íc>s– t a ,:. che a-ado, a I n steza, como 1111 1 ini11~igo inv izi vel, a ssed ia– nos , t oma de assalto a nossa atllla, pe rp~tra o saque Jr> · so nhos e illusões d e q ue PS· tamos pre 111un idos, e,, e ntã o , assis ti 111Os á apotheose da A l<'gria com a d P.sillu s;lo <' a ind iff1'rr. ni;-.a dos IJUC adorcem d e tedio. Quando se ann unciaram as festas do primei ro ce nte nario d a lnde pe nde nc ict do Bras il e o rrogr:1mma do5 festejos co– meçou a se r a rchitectado, meu coraçã o vestiu-se de risonh as espe ran ças; sim, a alma pa– raens e des ta vez ia des pe r – ta r d o le thar~o, ia v in rar num g rande 7 de S t>te 111 bro, um dia sa nto el a l'atr in. Com o r digios,, e nte rnec ime nto de um home 111 que se se nte fe– liz e m se associa r ;'15 aleg rias co111 111c mo r;,ti v:is da g ra ndeza da te rra e m qu e na.;ce u, c u me rgu lhe i na onda humana que se agita,·a no Pala ce– T heatre , na no ite d e 6 de se– te mb ro, e espe re i a me ia– no i.te , qL1anclo a to rre nte de ha r1110.1 ias que const itue o h \"lnno h rns ilciro, SE' de r ra– nwu sob rç as noss :1s cabe– ças , nu ma la rga h ~nçrw da 1-'atria agradecida. Possuído d essr- fri s.w n, que ----. -- -:-:--. Reass umiu a se ~rt>tnria \ da n ·dacçr10 cl',\ S EMANA o :, nosso collega Bia no r Pe. ' 1 nalbt> r, que se c·nco ntrava 1 1 !! ; licenciado. 1 --- - -=:-- Pro ença. ,. :li/, ; t.r . . Sf'mp re de mi•n se a pode ra, q~1ando ouço o 11y 111no quf! di z do Psple nd or e da gran– deza da Patria Brasile ira e u . ' espe rei que a febre do e n- thusiasmo arre batasse toda aque lla multidão e que a le t– t ra do hy mno, imp ressa no carne/, fosse cantada com de – lírio. Infe liz mente assim nãoac:on– teceu... Ma is uma vez a me– lancho lia assediava a alma da nos sa soc iedade ... Como os cliscipu los de .Je– sus, qmrndo o barco e m q ue na vegavam era acossad o pela te mpe stade e exclamavam: -«Q uem é este , a que m os ve ntos e o ma r o bed ece m? , eu pe rgunte i a mim mesmo : - Que povo é este que no dia e m .que comme mora o centenario da sua libe rdade polít ica, se d e ixa vencer por um~ c rim inosa a pathia? Então minh'al111a vest iu-se com o bure l da tristeza e vt r ifique i, com des ill usão, que n <:'111 mesmo o «lndepe nden– ce-cup» acordava o enthus i– asmo no seio dessa gente n ascida pa ra ser triste . ,\ o dia seguinte , para va r – re r as tristes impressões da

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