A Semana 1922 - Setembro v4 n 230

r i 1 1 .......«*•**••···~······.......... I PSYCHOLOGIA NACIONAL· l~~graode Sllhio, que é o · '' Doutor Gustavo Le S 1 Bon, nffirmo., sob a égi– .\~ de do sun palavra de ~'~ .~(, mestre comµot~ntissi– ~~ mo, que «as d isserta- 1 ções políticas niio teem faltado. , São, no cont r ar i o, ~•,_-;.~~ ,t nhuodontes dPsde Aris- ~ •. 1'~ tateies e Platã.o; mos os > J'µ2, t( - seus ouctores foram, n_s {f = · ~ mais das vezes, lheon- 1 ~ -~\'\ cos que, nlheios ás rea- tl - -~ll/ lidades do seu tempo, ; · rl I conhecia m apenaso ho- . :~. -~' 11!cm-éhimericoprodn- · í: ::. z1do µor sonhos. A Psy- - _7' citologia e a arte de go- , 1) vernar nndu teem n pe- dir-lhes.» Depois de haver produzido as s na~ duns fecundas e mog istrnPs oJ,,.os «E volução da materia• e a Psycho– logia dos mul t idões•, L e Bon nli– cerçou os princípios fundamentaes da sua aP~ychologia politicn », que, co:1forme s uas proprius pnlov rns. «~e Pdifica sobre materiaes tirados do estudo de psychologia ine ividunl. da q ue é attinPn tP. ás mul t idões. da qne se refere nos povos e, em fi111, dos eusinnmentos dn Historia. • Nudn, pois, mais lo~ico e nat ural do que 1-ecorrer á H istoria-patrie. como tambem á l"sy chologia, que não é mais do que o estudo da alnrn ou das qualido.dee mora'i'S e intelle– ctuoes de uma pessõn ou de nm povo. para esboçur, em ligei ros tra– ços embora, os del ineamentos estrn– ctnraes de nossa nacionalidade. cnjo s urto de independeocia e liberdade. em seu primeiro centennrio, ngorn commomornmos. Vem â minha re·oiniscencia, nes– te momento. 1\ bellissima im111!em Llo poder e g randeza do Oren.no, tão superiormente burilada pelud iamun– Lin u. pennu de J . Guy au, philMopho francez, a 11ctor da ul rrPligiuo do fu– turo" Ollrnndo peln snn e rwa 11tadorn vi– são, como que ,·cjo o. ulso elemento a r:1zia mal. _. De riia 11111,ca : r ra 111ais q11A i'PCC,11111. E t:rl c1111111 o l11lrricn carunrlrA (G) co11rn111rna11clo 1111111a arreia cla111- 11acla 1,1 ~!'li estl ru x II lo des pns11ri11. ,,tiru11-~H ~PIHf'IHlo ~ol11r11a111P11l1-', snlrrn aq11Plla lra lrúsa i111p11dir.,1"ia.. E111 l11r110 ri a l,arr aca os s1111111s a:.! r11111JirPt11 rl,1 harri~a clrt•:a ... i111itava111 tJS lalr11\:,:11<, L 1v 10 Cr.ZAR. • I ' • contrahir·se em apavorante systole, e, logo após, a dilat ar-se em urra dinstole invasora, , palpitando, em s11os ondas marulhosas. como se fôrn o coração immenso da '!'erra, em an– cei0s, eternamente repetidos. de nt– ting ir a immensidade do E s paço, que é o firmamento azulado, nrque– nnLlo-se sobre as nossas cabeças e onde viajam as estrellas e mergu– lham todos os seres. Biparte-se o Mar, e a metade, que vae na esteira do Occast', prolongn– St! pelo terrn a dentro, formando, no g-eologico período terciario, o leito que, volvidos alguns mileniot>, de – veria ser o berço do novocont inen– t e uu,trul, em que se locnlisara ess11 enorme mossa d'agua, depois desapparecidn por 1rnlcos cavados en1 todas as direcções, na emmara– nhada tecedura. da ndmiravel rede h ydrogrnphica, qne se espalha ai n– da hoje por uma ; u períicie de 8 e A !/r11r r'o,fn Jllarci11lu1 S111110.f, /i/lu1 ,J,, 110:c· .,o /;,rc•.<,1do dir,;rtor A lci,h•.t ,S'auttJ,t, q ur ob– tc1w o 3. pr,•mw 110 conc:urso de· 11,•llr::a l nfm,til. 11/ti11w111,•11h· rali.c,ula por c•.c/c' IIW• .'JUZinc•. 11:? milh(ies ele k ilometros quad rn– drs. r:. -. « a erosão. nn d ize r de e,– cri ptor patri(•in, gastou do mncisso gigantesco. <JIIP. s ub titu iu o !Pito desse Ü<'e:rno primiti vo, as rochas mPnos re~istent:e,:; dPcomposernm-se outras mais duros pelas agous. ao tPmpo em qne se nbntiam as c·11mia– da;;, entul harnm os ""lindos dP 1illu– vi,,es e estenderam prnins infindos ao ní vel cio Mar." r:m sr irui,lu. nppnrecernm a fli>ro. e a fnnnn , em s uas mult,ip las ,·oriP– dade~, e. por fim. o hnmpm, de r <ir acob1:eada. primeiro; mnito tempo de1~?1s, o brn --co: e, afinal. o n egro· ::iao estes n~ t re;; r' .ement.ns ethni– cos fu rn,adores de no ssa ru~a- ' . :· : ' : . 7' Delles herdamos as s uas bons, c.:imo ns snas mé.s-q,uarid e:des, actud:l• mente modHica'das\ pela' civilisaçiia. O nborlge1m;-de·lne<linna estô.tura e de o.pour.ada n\'elítali<lade, envelhe– cendo sem deix.ar _de ser menino, na opinião ue La •C-o'l\daminc,' •a indol«mte, desconlindo, trniçoei~ J e rebelde, preierindo n mort e ao ca~ 'ptiveiro; foi quasi exterminado em sua geração, pelas «entradas,,' d os 11handeirantes11. · O neg ro. forte e res istente 1 em evolução social ma is adiant ada que a dos ind ios , ern paciente e servil, e fez, não hn mu ito tempo, tud, o qne de t rabalho maLeriu.l cheo-a– mos a possuir : • derrubou floresta~, exeavou n.inas, re vol veu e plantou os campos, colheu e preparou o as– s ucar, o café, o fumo, os cerenes, » E' A frauio ?eixoto quem o diid E a.~crescenta: 11As nP.gras, cmprPgridas nas pe– quenas· industrias e no serviço d o– r~estico. foram mucamas. criadas de casa, amas de leitP., e r.oncorreram c11m a sua sens ibilidade i-.ffectuósa e h11milde, alé m de pennsetrar alhos ~em couta, para criar os futuros brnsileiros.» E o branco, o conquistador, o que f.,:â Gosou. escravisou o n>Jgro e e~corrnçou o gentio l Concluire i, fazendo minhas estas palavras.do mesmo puhlicistn,sobre os hrasileiro s, como povo e como nação : •Serão intel ligentes e avidos, as1->eros no ganho e desperdiçado, na P.Conomin, aventureiros e iden• listas, como os hl'llncos : serão sen– t imentaes e servis. derramados em ~ensunlídade e ca pazes entret1,n to das pr0vações mais penosos, com0 os pretos ; serã? nlli vos e indolen– tes, sem saber reag ir ás condições demora<los de pre-são, mas insub• missos ás co11cçiies affrontcsas, como os b rasileiros primitivos, q11alija– des muitus vezes antagonicas , que ex istem em doi~ individnos proxi· mos, no mesmo individuo alterna• ti vamente, ainda niio depurados e ligados nnrn complexo rnsumido e compen sado dos éomponentes. A fusuo lenta das misturas mal feitas a inda, a selec~·üo reite1odtt da cultura. a disciplino forçada da vida socin l, fnriio des,11 umnssa u mu povo forte, siio <' fel iz'! O csb1'iço de hoje dnrá nm po vo voluntarioso,- sentimen tal, intelli~ gente, di g no da tPrrn e do tempo cm q ue v iver'!» O Brnsil de amanhã respondent, se não <'llmprir-se n sente'1Ça de Ja– mes Bryce, o notnvel político d a I n– glaterra ! Belém do Pará, 7 de ~etembro de Hr!2. M ARCOS Nu~r:s. --- o-- o trabalho di g nifica e engrnn– dere n h nmrm . p nmH::r o dep1 ime. - J-:nH'slu JJ. 111,1/omlo,

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