A Semana 1922 - Setembro v4 n 230

"/ on 'lo~··.~c-• d:d ~emõnd O EU i.J 1 De Carmen Dolores mmrmr:ms Na rl a hn d,• n1ais 1 ..1Ti vr1 I, mais tP11 r. liru~n. 11111is lnrl'ifiea11 IPHa1111,a– çatlur cfo f! UA o eu i111p..ne lra vei da •1 u<•II••~ <JU•l tPm11s a11 latlo, recH– he11do-lh,,5 o 11lln1r L1a11'1 ui llo, uu– vi11d n ll 11•s u~ p;dav ra• ba11aes 0 11 rnMnW S) 111palhica~ e $Hl>P11tlo, eu– ll'Pta ulo. qn, .il tás d1•s~as l'!' liuas é des,.is HXJ) re,,ões ractds e, Lá tlA emliosc:1rla ;1q11illo qtJ P. 11111wa uns é dado Lrn~p:i, sar : a al ma, isto é, o my,L,.rio. o . ()gredo. a 1111•11tira, a i1;violanilirladn-tudo q11a11to se– p;ira uma cr1>a l11ra da outra crea– tura. llPS[H tristA IIIIIIHIO. Es rllP.CP IIJUS, por f'X8111plo, o C0l'– l'tll' das hur:i s 11a volupia humana de uma cunfid,•nciu a alg11 H111 qno nos é caro. e c·uja t" rnu r:i ou c nja solida riedadH in voca mos no lance diflicil ou doloroso, olhos prRsos a r1sse:; outros cflhos. cnnicão palpi– la nlB P. suspe nso ao fi o illusorio da chimé ra df) uma fusiio mora l que o homem Pt,.rrn1111P11LP ci inuti lmente prll'SP.l! Ue ua vida, r.ntro o~1;i•,rs sr.– melhar.tcis como ellP, avido do nrnsmo con•olo; r.omo elle, reca hin– do sP-m pre do sonho ua realidade, qu11 é o isolamento iutimo tlf-1 todos 0S-RrrP.S, o FCCnari o da confidr. ncia é pro– pi cio â communhão do dous espíri– tos qu~ jul gam fun dir-se. Uma luz discreta; ~olidáo; mo veis i11telligP11- tes, convidati vos, a pproxirnando aquell es qu ci se inclinam um pa ra o outrn, o primPiro para ralar, o S()- , gundo para rer.o lhPr a expansão 11 0 sacrario do SPU affecto sPg1:1 rn; e fl ores esfol ham-sci docPme11te nas j arras com um murmurio snave n queixo~o de pé talas, - dn~prrnd idas, que já é um suspiro de 'alma Lra n– s bordaute, anciosa por. exhalar o que sente entre ais que não velnm ma is a sua fra queza. Peta las quo tombam. conli~sões que se soltam dos la bios murmu ra ntes... O caso, porem, r comp licado e ex igiria ouvidos de Salomão ou ar– reoatame ntos gen~rosos de al1111 m fi dalgo de l.a Mancha. /\s quei,as formuladas soh a i11tigillo desve n• jam um cora i:ão opprirn ido e dE>s~: riealado pelo so1frime nto que Ji' não ~ão pó do ahsolulo nem pód.o coul er as suas lortu, ~s ':! prt•cisa de 11 111 cu11!'0!0, d,i u 111a ~) 111 pal11ia, r1uil:il d1• 11111 C(lll!'P.1110 li, 111e que ~ó a aniizad" , 111c1•ra li $ IÚ r•m condi– ÇUP.S d,~ tlicLar co 111 lngica e clan •za. 1301 hu lha a expa11~uo, 11111 pouco i11c,dwn •1tr•, q1rni Sl!l'[IP.lllrte vc,io o'agua qun al rnYPssa lllllil vasta z,,11a, St'lll co11s,..µui r ju 111ais nbraa l!l'I' toda iJ PXtfo 11~fl o dn Lel'l't'IIOCOl'– tad,, de accicln11l1•s, voll a11dn paro o fl anco d•! llllla lll0lll,lllha lfllll u tio de ap ia jarn;r is :rlcani;n11 011 prrci– pila u,10-se <•111 declivio que a 111a ru– ll1osa COITl'll[r! e~q UP.Ceu. A hh lor.iu ó I0111!a, cheia ele dr la – lhP.s, in,;ide11t"s : e a curiosdàde a escuta a principio com a!LA11ç.:1o. _ àla•. de sul.Jitn, a alma que se alJr,, andM11 lllP11tP, dr~cc, hro qu e a alma irmfl jà 11~0 rslá mais alli, a !'<'Colher a co111id,.11cia. A11sl'í1to11-sP, distrahida ou massada, 1111faslia– d,1, . . E os olhart>f, vasios daPx– , pres!'ãn, já nf1 0 rt pre~ ..11lam si11iio a in1 iff.,rnn ,;a poliria do el,!oismo, o do~ inlf'l'e~st, tia que,t:io que solici– ta 11111 j uizo nmigo-L,Jdo o ri io dns– prP11di111e11to da crPaLura huma na em frP11 l" ao que cli7.)'C~f!Oi ln á fu– ~ão d,,s SP llli11rn11to~, que fi ual me. nle 11 uoca r.xistira111 , não eJ.istn111 , sa lvo P111 ca~ns PX trao,di na rio~, 1arissi– n1os, f' por i, so mP~mo dignos de uma nHmção toda·,•specia l. Que >11ccede, 1!11L1.o ? O rsririto 'JUB conliava os sp11s tormentos, ex– perim,•111a rr p,.11ti11a111enLA11mà sca• saçào d11 fria lJ;idP ... Está só, isola– dll, nrns nro d1ia1,tr dt>sse outro espi– rito que parncia acolher-lho as ma– guas; e re lrn r -se logo, con1 prPhPu• de a i11a11idadci das sua8 cispnrar,ças, e ncara esse salão de atruosplH!ra coafo1laVfil como um simples ceH• Lro rle relacues s11perficiaes, onde o crnd11I <> pa j1alvo assi~na SP.111pr11 in – go11uam1!t1l 6 11111 dip loma <lo t11lo– po11sa11do vas:ir a sua a lma aflli cla 1111 111a a lma gr111r.n. · O eu a llrn io é um poço escurn e lào f11 11do, 'J US o sêr experi r ote não ousa tentar devassai-o, com medo das monstruosas sorpre~as que póde enco11Lra r uPssa cx.iloração psycho– logic~. aLra,·t'•s do sPgredo q 11r guar– dam o sorri~o e o olhar. Sorr iso, olhar, 11alavr~s - pum appa rPnc:ia, mascara f!Ue la l;i, 111as 11arla desve n– da. E o pro prio pae, a propria 111ãe eu_trn os liJ hos cre~cido~, sentem j[; a rm tll'Pssao qu e as vezes nPm de– finem, de um mu ro rrg-r,1a_1,tn a se- 1)3l'al~os dessPs pedaços da sua car- 1. ~- A, s~~\lltA nr, a tapar-lhes o vrrdadeiro pensar di>ssas a lmas ainda lP.11ras que de– viam consP.rv:11· o 111oldP daquellas 'Jll~ M, hurilaram á sua iu,agPm. E mP~mn o amor . .. Allons donc ! Aiud:i lwm ~e não desu nira n1de lodo u~ 1.Jraço1- fro uxo5 de cari~s, o home111 i11terrnga jfr com a v1, ta a facP. c111 pall idrci<ln da amante ou da Pspo1 a; dci hru r::i-!ie s.olire esse_ c_u estra11ho que vi\' u e l)CIISa a ll1 ,ll_lll(O ao Sf' II cornçãn do idn por devassar P~~Ps l'f'CesrnJ 111or~c•s que fica m snmp rn d,ireso,, 111e~1110 ao ,:ulor cios seu:1 b1•ijos' 111~1~ peneirantes; e comprr hcudd af1!ial 'Jllfl ludo lhe ó um puro e111gm::i ut>sse c ute ani:i<lo, ')11e nada ~a lrn do quu rn passa d1!11lro da cahr·('a loira _n u casla nlia, cm c ujos' cahrllos clrn1rosr.s aca bou de aío..nr a sua i11saci;1vcl sedr. de posse. " · Elia por sua VPZ, encara com a seusaçâo dt> uma igu:\I curiosidade iucont,islada f\~Se P íll q11,' m adivi– nlw pensa111 P11los, drsr-jM, toda uma eRcala du ~e ntir (Jlle 1lir. l'ir.a vola: da . .. Que haverá pQr trás drss;)l testa mascnla e <lesse pe ito solido. Seute-se dP. enr.o ntro a 11n1a ha rrr.i 0 ra i11 visivPI, mais rP.siste11Le porém, do que ur:rn mura lha do hrnuzr,-e essa haneirl: é _o eu rln seu qneri– rlo, essa mystr. r,osa alma i11d r1ciírn– VPJ, tortuosa, abysmo sem fund o silencio~o, escuro, e rn qne o sP1Í amor dC> ha ldn se dohl'llça, curioso, mesmo a hora das mais intensas f\1 •ues, sem jamais dM,·ohrir o q1rn la sP. passa. E. o in excrutuveJ qne os separu. F'requci11tP.mente, na paixão, ao se e11c,,ntrn rP-111111"s1wrad:1mfl 11le os dois sP.re_s que se :i11oram 11u111a rua, 1111rna l11p, S(llll o pre pa, o a11Lccip:•• do da espr.rn quo 11guça os 11(•rvos e põe 11a face a mascara a n1orosa do de~•jo, s11ccrde quci E'.s~es amautes se ~urprc(1e11dem estranhos no pri– mci1ro m11111to, com physio110111ias dUforenles das que af;1gam na me– m_o ria f,1mi_lia r. E !odos sa ltem q ue nao ha 111arnr trnh1çi10 cio qno exn– mi11nr a exprrs,ão do rosto dtt quPm u:io ~P. julga visto JJO J' olhos inqui – rido res. Dá-se nr.sse insta nte uma incon– sr.iente dislcrn~ào dos m usc11 lo~ l'a – ciue~; () h OlllAIII dr ixa lra llsparccer nos olh o~ o , rrcladciro sP11lime11to que o al! iln; a l1nl'Ca, fJU C ha pouco ria co 111•P 11cio11almentP, ce, ra-se, dr.scao, mastiga, em sPcco; e u a l– ma, a alma sincera, se 111 vr os, sol.Je um bocadin ho á superficíc rio eu e espia cá para forn, ac1·,,di ta11do não ser observada. Não é, de re~t o, um Ii11_do estado, esse da distensão inco nsciente do mysterio mora l, porqno a c1•Pa tura humana, e feia, muito reia, sem uma g:1ze a tirada so11·e os arcanos do seu fundo pe nsar, acQ11tecc11do uão n, ro quo a mais Pncan taclo ra mulh r. r pode transf'orn1a1·-se de rP.– penLo num mouslro, si a violc u,cia j'

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0