A Semana 1922 - Setembro v4 n 230

................................ A SÍDMAN.i : i ---------------------, POETAS DO RIO GRANDE DO SUL MARIO TOTTA Mario 'T'ottn cinsella os sens versos com definida proficiencin nrtistica. · Equilibra-os, em proporções rythmicas, modelados ao canon herediesio. Graves, nos rythos e~theticos, sem exnggeros bi– zorros, dt1·1hes um feitio 11u,;tero, vagamente insufla– do de uma philo~o phin se n tristeza. J\j11stp-os na co ncisão serena dns synt heses que exercem. -ao mo<iello da sua F.scolu, um sobed.10 effeito de ryti,mus. R. PEDRA Pedra talhnrln. ou bruta, ~s ln a historia eterna n as coisas do universo, a nlma do que niio morre ! Fostes os deu~es rlA outr'orn e és Oeus nindn na torre, O mysterio da esp"hyngc e a primeira caverna. Rocha eseorpndn e agreste, em tuas veias corre A agua, vem á flor, uo calix da cisterna; E 's o rude alicerce e a abobada s uperna, A pia batismal e 11- cruz que nos socorre, A columna C]ue, ao céo, o. forçn humano. alti>ia, A joia qne seintilla e o humilde grão de ureia, Dn montnnha e do mar o rig ido s upporte; E engastada em dindemn ou na. rua batido, Pedro.! '1.'u és na estatua & victoria dn Vida E, cobrindo uma co,·a, o mysterio da morte! TEMPUS E"s a eterno. ampulheta a. esconr a eterna areia, O minuto fngace e o millenio infinito; Mão que n vida cultiv11 e qne n morte semeia E destrúe o poder do bronze e do g ranito. Transmudas, sem cessar. a terra e o mar e o afflicto Homem que, preso em ti, rolu comtigo e anceia; E's o erTo e a verdade e a cre nçn e a fé e o my tho E Judas tL t rah ir no oscu lo d o. ceia. Fnzes deuses e: henies. Fecundas e assassinas, E's n promefsa em sonho e a evocação das ruinas, F,speraoçn a florir, lembranças de outra idarle. R, para enda nm , és o rosnr io npenos De horas viis, prelios vü.os e mfserilts terrenas l!:'s a primeira ruga, a trist e,a e a saudade. 1

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0