A Semana 1922 - Setembro v4 n 229

OICIOZ::::===~,J0J:1O lJJI111111111111111Ili11111111111111111111111111111111111111111111 w l'.I ¼ O CACHORRO OE O. YÓJÓ ¼ 'ffi11 11 1 1 11 'l!ll ll! t1l llllll llllll lll lll 1IIIIIIIIIIIIII IID - Ao Na :arelh de Sá- ,\ minha visinha ,la nuaria Taha– ti11ga, a Yójó, como é 111a1s co11IH~· cida P11lre os intimo~. um Lypo dA melindrosa «ratée>, ltHll, 4ut>r cliZPI' t inha, u111 cachorro qu", pelas ~uas l!slrau ha, qualid&dP.~, me d..u azo a al:lo g;1rallljar sohre u 111,..~mo. Não ~ei ~i o li'or111oso (111111111 do ~upradilo cão) era de roca, JIOi~ qutJ, II ASSP. nr.gociu dACO lllll'CilllClllUS ca– ninos, sou ruais fraµil do qu P. um caliello. Sei, 1111icamP11Le. 1111e t")ltJ ~ra !Jaixo, todo 111al hat10 d" prn to e hranco e si,IJn,iturJo 111:igro ,, triste como tuoo cachorro r11auro . Xu nu– lauto urna VPZ a du11a \'ójú r,ila11du- D1P do seu l<11rmo~o dnclH011-111P, affPctrndo salie11r;a e m11Üu cheia dt! :,i, quu 11 ~" u cachor10 vi11ha dum cru·w 11H•11to ue B l1:ul-ha111,d com um Sk\l•- tPrri..r. lú a, i:01110 ~e vê, 11111 cltÔ liclali:o. nollrP, 11mhorn ,,11 vis~e 11ell11 um car hono nxll'H 111a 111'H1 Lll VaQ'ahu11cl11. ~únliclu nui, 1110. lJe Ilia 1110,trav;i-, 1· i11cnpaz dr• ma– tar 11111 111u~ 1ulln, l1Jv;1 1·a :,,.111 pn• dr itado l'"las ral t;adas a ,,,purga r os SPU~ P"llos ill11<i1PS. . lia, a 11u1 tP. Nu,s~ !-P1i11ora ! pnr v1111l ;1ff P 1111 por tlPs1·11 irl11 a do1111 Yújú cl Pi \ a la-11 11a 1ua, ,, t>llc•. .,11t;111. 111111 10 11. l;i h1,z, pelo valor elo s,·11 s ;111Ullt' h1·rnli11t:o. 1 ua11 rlo 11 , i!P.ndo ,•111ol~i,1 l n d Ia c11l:itl1•, :1111 i;1 a iJul'ca rra ;1, P, t1 ,•l ias e ú lua t111a11du 11111 lw11, iliw. lmu , hooü u e11,11rdPn' tio1 ,, 111~uppu1l.i– Vf'I 'J url:1 oc·ca,i:111 q11 1i 1•1J rPt:olhi:1 íúra clt- 1101a,. :, Foi 1110, 0 ,11 a111;al'a ' 111 'a lllÍlll l'.111110 11 111 llJ,!l'P. l)n lllllil fP1ta. ndii11, o, chegou a pr11t ac11.arlo dH rn,;.:,11 - 111,· u lwi11lrn 1h1 r :111:: 1: 01:16 A SEMANA 01:10 e num tom snpplicante fiz de Gul– li ver quando esteve eutre os Huy– huhuu11s (paiz em que os cavallos falav:1111). Comecei assim: - Se!lhor Formoso, de sangue tão nobre que soi~, eu peço JIP.rdào da pPcln1da rru11 vós atirei ainda agora P. LambP.m ~upplico, pelo amõr dos oo~sos nobres a ntepas~ados, e so• :1retuclo pelo amôr dfl Deug, que o H'. te11ha mais compaixão duma creatura que precisa descansar a carca~sa. Elle compreheodendo ou não, o certo é qull me olhou com uma cara que razia mêdo,juro, ao diaho, rosnou um poucoi:hi11ho efoi-saem– hora. U rnlogio de casa batia ás 3 horas da mad rugada . No dia sPguiute; á hora em que Hll chegava em casa para e ngulir os pirões, Pnco11trei toda a familia da do11a Yójó 11a porta da rua, esta c hur;111bn ch~mou-me e, com a voz prAsa ()Pia commoção, disse-me: -Ali ! seu .Jacques, a carrocinha .•levou o m,HJ querido Formoso.. Luvou'! o que a seubora está me diz1•11d11'? ... - LPvo11, sim S!lnhor. Pobre do nw u Foriuuso. 'J':iu bom CJ u1-1 PI le t' ra ! 11:10 111orclia ninguPm, 11ão i11- 1·0111 111111fova 11l11guP111. Um ve1dr.– cJ,.ir11 r:111 rlt• 1a•:a. Ai , o 111e11 poi,j·c t:~(.'hnr, o ! t> de,a tou 11um l.Je111· iro tli lu vi,1110. Para ;1cal:11al-a arrisqur.i: 011:110 -'I'alvez a SPnhora ainda possa retirai-o cio carrÍI. -Qual nada , seu Jacques. Com c11rteza e lle agora já está damoado. Ai, meu Ueus I o meu cachorro by– dróphobu ! e lornuu o pampeiro chorai. LevemP.ntA commovido, pedi li– CAnça e l!balei dalli. Em casa, cm– quauto e 11chia a pança, pensando hew no tristoubo caso liguei, com franqueza d'alma, compadecido da iufP.liz ~orle do cachorro da dona Yójó. Poi~ não. Elle era tão bom 1 não morbia uini;uom, não iocom– modava 11i11:;:ue111... não asgaltava uinguem. O exemplo dos cachorros na opiuiii.o da minha visinha. Mas o niab o do seu fidalgo cão morreu•.• lr.ra um IJom rapaz... quero dize r, fo i um hom cacho1 ro aliás de san- gue nobre. . O dAus dos cães seJa por elle ago ra quP, Rn11;Jl> a carrocinha, flU durmo como um IJemavenLurado.. JACQUES FLORES. ____*____ Um album de musica, um livro de oração ou um ro– mance encadernado n'A SE– MANA, patenteia o capricho de sua proprietaria. TUAV. 7 DE SETEMBRO, 33 l' etepho11 c, ~78 ~ ~ CAVATINAS ~ l ~~=======-----"'---';c.____ 7 ____ f~o . IV E,l i\'(' (1318 fa %f'I' C(IJIIO O .\ll' IIIJlll dei l'içclila 1· n 11la . 1111 « (~ l';"in clri • Mol1· ch •. qu e 11'1 Pru ,:a, o rrf u11t1co áq11,•IIP cau drJ Sl'U \i ~lulio )las qua11do t•u p;·ocun i rr1 úlvPr ... ai11- Para a. Didiana lêr Tris te, exila do de teu corpo a1·clcn lc da P~tava Plll ca ~a do ann,.irn. '.\p~~a 11oite, parr cfo a p1opo~ito, o cachorro da dona Yújú lali11 t:11~– lo, lanlo. que e u. a tordoado, •Pllll· )OIJ('O, SC III ()Od P. r ~nrcl nr ug ollln-. nbri n porta da rua" j1111 ta11do uma pedr:i a , rr1uessr i. pl:1t ! tJtJ dr•·µ rn– çado e 11wldi('[o 1al t>irn . Pegou fiem cm cima ela ,costPlla; t>IIP, gpJ11 du– ,·ida, lo11to de rlt'>J' ahalou 11uoi:1 car– re!ra dP.se11Jrcada, :,:rit:i ndo :-C:.in, ca1 11, r.ai11... Alii. flq11P.i, rrnnramentP. rom pena do Formoso. Mas tornava-se neccosario que eu me li7.PSSA rn~u. D~ poi~ ela fecha r a poria deilPi-mP. 8 Ja estava prompto a e11trer ar-ma de alma e corpo aos ahraçus de ~orpheu tJuando o báu, bâu, _háu, 1 ° 00 ~ ! rncomeçou forte martyrisa ~– de e intoleravel. Com a pacienc1a 8 um íellalt tornei a al,rir a porta • como me clól' a cló r desta pari ida. yc•ndo-le a r ir, alegre', indiffercntc, sem um gesto siquer de despedida! ... E cu m e afas to de li, senlidnnw nle, relembrando o que fosle cm minha vida, fl<ir do peccmlo vivida e fremente. que hoje t' Ja ng ur sa udnck dolorida ... Conckmndo ao ckstr rro, eu YOu sósinho, colhendo magnas pelo meu caminho, sabendo o traYo ela Recordação. Mas, esle cxilio, um dia h ei dr vêr findo e ha de outro amor florir inda mais jjndo porque esta Vida é uma renovação! Orlando de"Moraes

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0