A Semana 1922 - Setembro v4 n 229

A - BEIM:A-NA Isto, para o '.Marcos, eram versos intragaveis . Guerra Junqueiro, dizia,·possne muito estro, mas... é realista ao extremo, ca_nta apenas o vicio, as podri– dões modernas, num,a desenvoltura de phrases con- ,d~ <1uando era depois, hora de nos deílar Ju .olliavas o C(lo e punhas-te a. i-cismar... E, '1n~en11amcntc, apoutn\'aS com o dedfnho, ~ - o Jizi:is rnt:io : . - Olha, vê hem, Jo~tC- ! demnavel... i lü anda São Jnrge montado num hurrinho !..." Ainda não era o 1 poeta de sua predilecção; o espi· rito do Marcos ·visava um idêal mais nobre, mais ele· vado,. que chegnsrnáS.J!UVens_. ._. _ _ Bravos ! Isto sim ! Isto é qne é po9sia encantado· , . Foi então que -sqrgi1am como con·stellações o ho· níerfoci, s1;_Eugenio a:~ castro· e o in.ditoso, Antonio No– bre, em Portugal; o n!)buloso sr. C~uz e Sous·a e o des– venturado Lopes Filho, no Brasi[. O Murcos «Pilão» leu os «Oaristos», a «Belkiss», as ,,Tiresiasn, o «Só", os ·«Pharoes11, etc .. . ra, .versos inspirados! . . Marcos hateu palmas e filiou-se ú nova escola d~ corpo e 'alma. · · · _ Contava jú 36 annos e ficou sendo um «novo» de muito talento, um «poeta moderno 11 • de futuro desluín-· brador.:. · . Leu tódos esses li<rros «assombrosos» e .. oh! po– der suggestivo dos gênios! •1comprehP.ndeu-:-os», arnou· os, releu-os: Publicou depois; influenciad6 ·pelos seus admira- · dores, um livro de poesias intitulado «Dhulias pagãs", que só ~lle e o diabo entenderam. • . . E morreu 8ymboli~ta, isto é, «novo>), aos 40 annos de eàade, como uma inutilidade, sem dizer a ninguern td\.iríP. e1eison, Christo cleisou, lua doiUida, marinhêiros cm pé : lua dciláda, marinheiros em pé, kirie élelson, Christo eleison.. para q1ie veio elle a·esteínundô. : . · · · J. EosTACHlO DE AZE'l"EDO, ========== == G======================E:>-<~=-=== -~ CJ[_os domínios da~ feltros 0 .· . . ~ «O Inconfidente», de Zeferino Galvão. (Re- cÜe-922). · «O Inconfidente>• é o-notavel tra– balh~ litterario de Zeferino Galvão, que a iinprensá do ~aiz ~col.he~ , unisona, .com os encom!ôS ma1s.s1gi:1- ficativo~. Não é nll)a.• pubhca,çao nova pois está em ter'ceira edição, e o s~u auctor, brilhante figura no scenario litterario do Recife, tem·al· calçado triutr)phos que justificam n co,nsagraç_ão real em.q*e o seu nome se vê aureolado. Cerebro invejayel, :productor d~ cêrca de trinta valiosof -livros, ~efe· rino Galvão é um exemplo de ope· rosidade invulgar e, ijP.lo seu mere· cimento cultural, occopa galharda– mente um logar salieft~ nos domi· nios -litterarios do Br s1I. «O Inconfid:Rte", ~ el ~e cscre· veu na mbdest1a de u~J.~u.bmete, nn sua terra natalicia , é um opusculo elaborado tão irrdprel)en.sivelmen:e que ôs círculos litteran os de ~ao Paulo' ciQsos de que top.f¼S as g lonas lhes p~rtençam, n ão fica!;~~ iniiffe– rent.!s e dahi" o preito de JUStiça com qué o ,-eceberam. trá:1st:re'lendo-o nos seus jorna.es , _em fo.H1etins des · tinados a c írculaçao muito ampla. Quando num paiz co1;1? o no~so, em que a inda não possurmos leito– res suificientes ao cons umo de con– sas· litterarias, chega a ser exg,1tta– d'o um livro, como o foi duas vezes «O Inconfidente», é porque elle agradou exeE>ssivamente, a~ ·ratican.do ?º i_:1· differentismo publico accc1tnçao tao espontanea q ue equi vale a uma o-rande victoria. ., Ainda bem que o illustrado es– criptor pernambucano fez reeditar a •uo. obra quando nos l\prestamos. a festejar o mago? aconteciment? da ossa v id a nacwnal. Nas pagm11s ~ •«O InconfidenteP, escriptas em es• tylo puro e seàucente, ha a epopéa de amor e civismo de nm dos pró– martyres da Independenci L e quP.m a~ leu, enleva.do, tem o dever de a:· firmar que apreciou uma joia litte~ raria linR. e inestimav,il. Pernambuco, já o dissemos, appa• rece entre os Estados do Brasil que mais SP. destacam como centros de genuina cnltu ra. Não ha porqu(l ex– tranhar em qne as suas gloriosas trnclicções sejam mantidas e cada vez mais exalçadas com ·o esforço proeminente de seus briosos filhos. Zeferino Galvão, que é uni patriota nobre e sincero, não podia offerecer contingente de maior significação no anno do ce ntena.rio pa nossa emancipação nacional do que publi– cando. pela terceira vez, um livro que os eruditos avaliaram 9ptimo. Congratulo-me com o untavel bel– letrista e muito ag radeço ao seu ·ta– le ntoso filho. o apreciado jo1nalista Anisio G·alvão, o ineffavél praser que me proporcionou com a capti– vaute offertn d'•O Inconfi?enten. ... «;\l ,ll1.li ~:,t1esu, d<~ 1-lo– cha ;\loreira. ( Belem-- 92:2). Sem a lladir n qualquer li vreto que a c ritica sensata recelieu como legitima bobagem, apenas Eusta– chio ile Azevedo e Rocha i\foreira, que s ão poetas e não versejadores· pi fi os, pnbl icara.m dois opuscnlos neste armo em que nos nossos bel– letrfatas cabia darem um attestado do qnanto valemos no terreno das lettrns. · Eustachio, qnt> não me canso de apontar com9 um dos filhos illus– tre3 do Pará, incluiu na sua rele– vante bibliographia a Litteralurc1 Farae11se, trabalho de alta valia e e qne, no gen2ro, é o mais perfeito q ue no~ podia ser offerecido, Rocha Moreira," cujo talento é um nó á garganta dos mediocrP.s, esses pseu· dos poetas, a rrogantes e preten- siosos que por ahi 11egetam, acaba' de mimosear os seus incontaveis ad– miradores com ·a edição · da pla– quette de versos. lindos e correctos,. que constituem as suas 1\faldições. · Aos ddis vates queridos, C0!OO re– presentantes lidimos da intellectua– lid11de pa·raense, devemos esta ha– ver dado um ar d e suà graça justa– mente quando todas as classes do Brasil experimentam o inexpriuaivel jubilo de vêr transcorrer o primeiro centenario do acontecimento · de maio'r culminancia no·s ·annaes dá.. nossa Historia, . A Litteratura. Para_e11se desper– t ou o successo que tanto se anteci· pou e, agora, 1lfaldições vem. de ser acolhida com o carinho e a ·symJ:!h: thia a que fazem jús as produoções– de Rocha Moreira, evocadoras, dhs maviosas, s ingellas e expressivas- rimas de Vespasiano Ramos. : , Não preciso proclam_ar o merito cj.o R o.:ha, tão reconhecido elle é dos q·ue ~abem ler nesta terra. A sua plaquette enternece, como em ger'al ó q ue lhe sã.e da pt!nna, reaffirman° do um grande- pendor aos versQR. Da le it ura que della fiz não pu~e. concluir <J nal a melhor das estro– phe3, pois são todas '111n conjuncyo de harmoni!lS que nos empolg am ·o espi1 ito. R. P . ---o---· r~,1~ ~~~~..& ~ ~ = BRINDE I~ ~~ __ C_i_n_c=_o_ :_o_: _i;--0-~-n-=s=--de_s_te_s_, ~; · "~ com as datas differentes, ~i ~ dão direito a uma musica ~ ~-~ moderna, offerecida .pela ~ L"ivraria Bittencourt, o maior ·emporio musical · () A do norte. lft-.. '-01i _ 2-9-22 rC) -~rêrs 9 ~---~~ '7G" ~

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