A Semana 1922 - Setembro v4 n 229

2 Setembro ~=O'~~✓AC 11 : 11 . 1 : 11 1 R}\OAí.?OI\ r.lU 1-l. IHRf.C1'0l\-PR0l'ftlETAlll0 1 ~IICI\E'fAl\10 ROCHA MO~EIRA ~ A LCIDES SANTOS :'JAN?R PENALBER '---------:------";;,.;;_______ _ _______:..._:c__,.:________ I I\F.fHr.TOR Poreira d e Cns1 ro Todo a correspondenrlo deve ser dirigido á r edoeção 33-TRAVESSA 7 DE SETEMBR0-33 I\P.DACTOR Edgar P1•o'en ça TELEPHONE, 278 l'.-1/t:Í LENDO EÇA ÇDE QUEIROZ Outro dia, no homl, tÍ hora n le_qre da ,nanhii, quando as professora_.,· se vâo aos trabalh os escolares. dua.1· lindas cre– aturas, d uas n 1cnntadoras fi:qura s que /.Jarecia111 trabalhadas e111 fina porcellana. pnlt-stra11a111 n le_,1re111e11te, trocandu im– presscies sobre os ass11111J,!os que diio vida nos admirn11eis contos de Era di.! · Queiro=. Uma era "mi,111011e", redo11di– n h a, cabe/los f/a11os, ch eia d,· 11h 1 aâda– de, deixando cahir dos olhos docc111, 1 11 'e a : ues, 11111a extra11h<1 e co1111111111:·cal i va doçura. Havia n l'lla q1udc11u·r co11.1·a d,• 4t•1111i11a111ente J,ortu_que=. Dir-.H•-ia 111110 "toura cn111J,one:a. co111 / '<'rf11111,•s de ch1i– li.1·açâo, tra!1i11do , ;,orém , co111 a fra11quc– .:a do riso t' o sarudido do cor/.Jo, " sua oriqem d t• s<1/oi<1. A outra era 11111 ~v/)(1 111,;is 110.uo , era mais brasileira... S oh a 1110/durn da farta cahf'lleira casfonho-es– cura, flore.l"íia 11111a doa' helle.:a 110 ros· to de/iciosa111e11te 111orl'110, d l'sse 1110N'IIO com to11alidad,·s dl' rosa, q,u, <u· /Joe tas comparam tÍ ;,olpa ,,cl/udo.'itl do jamho . Seus olh o.,· ti11ha111 es.çe q11ebra11to que a embriaqut•:: cos tuma /Jrodu.:ir em quem se exc;de nas libações A miio hem mo/– dada , d e afilados d êdos e 1111has hruni- 1:Ja s, como uma sé/"íla rosada, descança– ''" sobre aquellt• ,,o/ume d e 1.:,·ça , ,r 11ca– J,,rnado em "clw_qri11" com im/JreSStÍ(',Ç douradas. S uas f eições denotavam a do– çura propria das santas que se exhibem, de rostos piedosos, 11as illuminuras e vi– traes , e ao m esmo tempo . a arrogancia do olhar e a majestade .da _, 1 esto q"ue p ias- "'ª a Ve1111s 111oder11a. · /\'outros tcm/•os eu teria me escanda– lisado ao 11êr 11111 volume do a utor .d' O P·r,1110 H,,silio e d ' A Reliq11ia, do c01,;pa_ uhe.'ro de ./. T,:ixeira d,, A.:evedo e Ra. malho Ort,:qiio, em -mãos de 11111/l,,,r /Ju- : dica! f ' 11erdade q ue .aq11elie _/i11ro. é um dos mais i1w/f1•11sim,s do admiravel apos– t olo da e:;coln realista e11i Portugal ; que a historia do /.Joeta _qre_qo J<orr/s cq_s,.w ;,óde ser lida /Je/a mais i11q e11ua m eni· na; que a doce lenda d' O s11a 11e milagre• em que ./,1.w .ç a/J/H1rece" ao alni"adinho, e11tre /;~qanim e Cesarea . foi escri/Jla para as crea11ças ,, que a morte de ' ' Frei 6'e- . lll'hro" dt•leita. 1 fns, Santo /Jeus! se .daquelíes do::c contos /Jreciosos, que cpnstitunn o ·uo/11- 1111•, 11e11hu111 mal ad11e111 /.Jara as me11i11as i11_qn111as, que dançam , com reque(Jro.s d e quadris , o /11•0-slep, e/le.s seio como a s primeiras _qottas de t1b.~1·11tho tJlle 11tio l'l11bria_qa111, 11u1s 11icia111. E' que a fârma do E ça é tâo escorrei– /a, liio formosas são as suas historia.•·• feio brilhante a li11q 11a_ql'l11. que eu , da

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0