A Semana 1922 - Outubro v5 n 235

D os frequentado res do arraial sú procunm a barraca em benefi– cio da Bas ílica os que podem gastar muito dinhei ro porque ninguem de· s eja fazer fig ura triste deante de nma senhorinha e, princ ipalmen te, qnando e lla.; bonitinha. O joven Pinga rilho. c irurgiiío " de n t ista I' nlmofadinlw. lá appare· ~.c>n P, depo is de servir-se de d nas u n has de carnngueijo, puxou nmn pl'l\tn de mil reis e passon á senho· rinha E. L. dn S. , qne a ncceito n, per g u ntanclo ; - ~ ' g-orgetn. '? O Pi:1g-ari lho rP,- ponclp11 qne re– prese ntara o ,·a lo r elas unhas e, sorridentP, despc>di n·sc. .... ne ""'º JU,·mosa j)P(J1U! 11(1. f'll.<:.':t>II. ropi,/1,, ,,,, ,·as:J,·u. Ao lt1r11,11u,,· a 11ooe11a. U /. 0 t'1"11lt11clo So11.1·r1 /"astro . O comnel Chiquinho da Formo– sa P n raen.w.: foi visto, ás pri • m e iras horas da mndru g-acla de ante -hon tem , dand o o d evido apre– ç o a uma c uia de tacacá, num dos bancos nrre nJados a mulata m nis syrnpathica que tal vez se e ncontre 11 0 arraial. ••• " l"ú,no.c;• o/li. 11,f<,,,ure To111ar n "º"""''' a.-,·.,·oft!f,>, JJi;ict JH11·r, 11u1 "inf',,11/e » r, nosso cim ifl'' . ..:.r, ,t_'J. ••• • A,111ellC1, .,;,,,. ,, de /i cf() 1-;; posso rli:e,· ,,,,,~ é r, ··.,·111·co .. .-/t""!l;,,,1,,, 11ltt!1're, o .,·01,a t n. Jf 111·u•111'n'.·a () l'e, 110111/,11,·o. 8 1SBILHOT l:IRO. ____*____ l)erradeiro capitulo ~ - - - ---z,-- _ 1\faria Barbara t p01·<1ne do rmes . i,; 1 • hranc::t e fria . n_Pst.e snmno nss tintr:idO e sl'm fi m ? V em vê r, ,•níl ironcloln ill 11mi n::tcln rln qnnr• ,.,,111n 11 ,;ntr rnrn pr :t fnrin elas nn- c rc,-< • . . fi • . 1 n t o r 111 e ntos us. n o II mamento ,•efl=' ·u ra vef ! O lha. como lá JH) j1111ne r~:<pºro las fo is1·untes elo t hesnn- . u ª"' ' ~1- . 1· 1 • ' \' 'ro'Plll - J\ ne, PSJ)l:llll a Lc r- r t.J d tL 1 " p.1 ! · · · arra,;lAd t do velhn, perco,·· A vo'/. l - o-u los da >n 1Tacu e e:scapan· . o,; ali ., . . • l rio. e lo~ des<·nnJ1111LnrnP11 ,os < us ,lo- sed P_ r~bnava nn PRc11ro dn n<oi · ·P (?:-., J. sr-m.\s A te, em son idos baritonados , ôcos e rumorosos. Uma g rande paz quietava sobre n choupana, uma paz espectral, todo. muda, toda em s uspensão, como se fosse n. inflorescencia da proprin morte. No s ilencio, o velh inho ou– via, com o ouvido s ubtil do instin– cto, pulsar o cora,;ão e, n a inaltte· ra vel immohilidade dn noite, o olho ele De ns, perdido no espaço, toma– va um relevo nbjectivo de pessoa. Festa de Nazareth ---;:;,- ,1111,ita lh·11ri,1m• \f i111 n,:1 . f;i1•Pir:1, c h i,·. Ge>rte s ~rlu cmr e g-un po. ~ is a arti~tu ,\nni .. a He nriqur, Que rid a da " Tá no papo ! . .. " o8e ch eg,1 um tira um fiapo;• Vem ontro. tem 11rn d 1ilique, ()11 diz : " l~n não e,;capo, Pede an po rte iro <Jlle 011 fique. » E nn nca rnois que r Slthir... Q ue r apland il·n de 11ovo, O utra sessiio a ped ir. Pois, tiio peq uena, j:'t tem .,\ :-ympathi11 do povo D e lncla uossa Be lem ! zi:: v ,c i:::,,i-rE Espa rra llion o nl hnr Pll1 roda. len– to, depois rap icln. na n pprP.ssiio an· s insa d um i111mc>11,;n pt>sa<lr llo e cer· t ifica n<l n- s,, da p resPnr,a dn c ada,·pr da r nmpanheira. PSt Pndidn 110 e-a· trc, l;', a n Íl!ndn, rrc11,111 P fngin para rt porto. ubro('nntln a vastidão lum i– nosa, r·n,n 11 111 nlhnr s 11pp lirc de> c-onsoln. No olln, por Pnlre a fu ma– ceira t rnnspnrcnlr das nn,·e ns, as estrellas vacl irtv!lm nn lP1·1·rirn tl n infin il,1. Nc, lt<ll' isn nl<-'. r,u1·a1•111111•11- tos lnngurosos de Deus, dis farça· vam o fundo escuro da noite. A poi– a ndo-se ao cajado, tornou á beira do leito, onde a velhinha dormia o somno bom dos justos. Pequei1inn, m irra<la, toda en c::trqnilhadinha, M n– ria Barborn, com os c nbellos nlg-o· doados, era bem a pe1sonificaçiio de nmn san ta caricato. Naq uelle mo · mento, o fio h umido de um pu nhal, riscando· ll,e 11 pelle en g ilhadn do rosto. arrastou-0 :i. semi- emLring uez, n inconscienc ia pesa<lo, tort urnsa, qne oesfrnn gall,a,·a. Por mui to tem · po ch afurd011 nas rnas c-ogitações de clôres. Por fim, arrast ou-se com pa s· sos vacill r.ntes pu ra o .ixter io r da barraca. Fúra, a ,:onchn celeste fio· ria em jas rnin s 111:ni::osos. ln eons· r ie11teme11tr foi ~Pg-uindo a il lnmi· 11nr,:10 sidrrul. c-b1°hns. renq ues, fl o – ri,P:,., a 11sc>ins dL· 1nz, halseclos de ouro nas h1111das de l:'t da noi te. O Cl'PS('Pti tP. Prg ui a-.·e t:i ,, ,11! le\'e e tl10 (l:aphano. ']lle u:i nob~c· nrecia aquel– le i111111Pn:-o nnreio dt' cla ridade. Dos 111:•Llos di:atnn te,, ch Pg-a,·am-lhe a o,; 011,·i,lo~. di luitlu 110 li nbiLn tL1 noite, a c hor:nlliad ,, fn11 l,,1sa dos sapv". Parn n. :--e nlia n eces;.i1l:1,!p dn r<'~pi · rar <'Ili la r,,r•s hn11s1 o., 111a,; 11111 n,·, :t1narrandn~l l1(~ :1 ~nrgunt.a n arre– l.Je11ta11d,1 11,e o cornçiio fl!! - o t1e· ·11,c r .. trP:lll'r corno se o se u c-01·p11 ·ros~e n l1a,-t,• frn~i l de> 11 111a ha111h11- linn aço11tarla o<-"IO vPnl n. f,;rg-uPu– se ,uai~. ~aliPnLo n a, a 'xa do pt'ito, a.hrio a ll,1cca co111 f11 ria. con, g'!l na. 1nn.~ Pscahujando u 1nn praga, ro do'· piou snlire os cnl,·n nl,ares e e,;tntc- 1011 ·,e r!P brn çn. hrn,:ns em c-rnz, mo rlo. snl,re n. re lva 111c,:1tada d a,; lag rimas da ni;it ~. · Ec1.1NA T110~11:: or-: S011zA. - --o--- E)J poesia, os me lhorps ,·ersns são semp re os que e pneta ju l:;a in· fe rio res. F; que o ve rda d eiro artista' ntio valo risa os sens t rnhalhos pelo que d izem de lles, a tu rba e os vu l– gares. C KIITAS mulhc>res não prnlern nn 11- r a os sf-11,; ares infantis de• bo- nrrn.. Siio 1111s olhos <le po rcelfana. n ns cahPll os fri snrlns e louros. umn ho• l'i~a. ra~g-ndn prn c-nr111in1. Os spn s vPslidc.s poneo mucla.m no tn lhC' e n c tPr ido. O i·nrpo t'· to<lo de moln nas arti- rn ln,iies . Dnli i eS$l1S ,,clan,n rinnsn ele> tnn · / . • 11 •0 1~ <Jtlt' de~l is am pelos reoS (' IJ.l - ' . "" 1 • 111 ,ns d e fi n-urin hn,- de sn ,,('~. rc11n '· ,... nrn ll1enlr11 tl e mnrionelcs. B.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0