A Semana 1922 - Outubro v5 n 234

ÓJ::IG 01::10 A Lei hoje persegue-os e encarce • ra-os. E elles µroliíeram, multit. licari~ 'ª graças a r.rPndice e~tup1da. V1· vem á c usta da superstição, do har– ba rismo latente e não são cvmo os sabios da Chaldéa astra l, n11m como os homens subtis da 'l'hessa lia. São brutos cumo e~se negro llot;al, que deixou a enxarta e com as costas a la11had,1s a ver,.,a lho e o pescoço vincado pela ga r';,.allleir:i, fez-se hi– eroµbantll de ~o rtilegios. E' lllll cri– mi110s0 ? U:' um imbecil. E o senhor absolvia-o, .se estives- ~ª no cor;sPlho? . -N;io. Condemnava-o, porque en • tend" qu ,• 11ão ~p deve de ii,:er sulto o cão q ue mo rde. Mas .,ião ? $11 h mellia a ju lgamento. O Jury e uma i11stituiçf10 em que $C julga a cou– ~ciPncia o 11âo o instincto. Ho11 v11 um ri>flu xo na ~ala do 1'1 i– hu11al. O advo:.:ado, dcixa ,·a a tri· hu11a ~u3ndo em bicas e o nc,grn. ,e,upre P11colhido, cahi~haixn, cu111 os l>rncu~ moll,..men te c:ihido:, 1•11 l re as pP.r i1as mag ra~, cochilava ca he– •:tiando, de IJ>'it;o pe nso. E o ongP11 heiro, afaHando-se, ainda aj untou. a so rrir: - Se conll!<;am a trazer a nimai,;; ao .J ury tt!rPmos causas para Lodos os advo:wdos. A SEMANA Aos nossos a 11wveis collabo· radorcs ro_qamos, com es/1ecial interesse, q ue nos re111elfa111 sempre com muita a 11tccede11- cia os seus trabalhos, af im de n ão e11co11trarmos embaraços nas providencias que tivemos de tomar na feiçâo d a ''A Se– mana" e cm berwf icio /1ro/1rio daquelles valiosos coo/Jt!rado– rcs, que o são os elementos cm evidencia nas lcttras para– e nscs. I11.<isti111os /1or que quaesquer /1roducç{,cs não sejam lo11gas, evit ando assim a/ astar esta revista do aspecto leve que lhe resolvemos dar. Qualquer collaboração que ruío venha de /1essôas reconhc– cldamcnte idoneas 110 scára das lcttras desmereccr<i du nossa acolhida. ____*___ Um aonuncio sabido nas pagi- d'A SEMANA., é real_ victoria nas ssa , de Se- para quem O faz; trave tembro, 33- Pará. 4 SJ!W'.A.N4 oc:aos:::====0 1::10 OCIC ~ ~ o,p · ·- d ma ti tt( G~ ~ ~ =~===,n=1=oe=s= =e==r=q~er=r=e:;_;;:,.e==~=~~: . ~ EuHnn Thomi de Sousa, que pcln JJrtmc,ra vez collahr>rn ,.·,1 S FMA N , 1. j ã o lendo feito 1:111 oatros jor1u 1es deslll rit!t.1d,,. ,< inle/le., fuol n1110- ;:on~11se e . pelo que o .ce.guir .se lé. pode se ,n,alírzr de r~qor cor11 <Jue escreve. Lá fó ra chovia mooolona meote. Pelas jaoellas qu e dão sohrfl a ba– hia do Guajará, via-se a pP11as urna hruma parilace 11La, a paganclo usco11- toruos dos nav ios e e!!c11rece11do dH insta11t" a insla11 te a vag,1 claridado rta ta rd ti, e nvo lta em po(l.i ra e d n- 1.a, que flsmorecia no crepusculo, couto u nr sonho de Guya l'-aquP.IIP. nlOITI PDlO a 111inha ami– i;uinha l',111u,.., rdte da ndo umas gra– ciosas pancad inhas 11<> j ••Plho. com o IPque de ga1.A, ondAesvoaçava a nudo:i dou rada d,.. um quadro a Po11ssi11 , afood ou mais o c1ffpO 11a~ 111olas da Mappl i> e ,-.xcl:i 111ou : - Pois esse •·~candalo do 11111a ca– ~ad a, quE' ahanllunuu o lar para ,c– g uir a lgu"m, A qu" vc•m rle a l– g uns d ias a esta pa rle ~acudindo a qu ietiludr da cidadr, ê um caso Lri– via l e (JUl.l se r11prod u:r. diariamo11Lo com ma is frc,Ju" ncia nas c:i mat1as haixas da suci1•dad1•. S0111P11 le não têm o estrundo d n 11 11 ,a homha . o echo de u III PSCa11dalo e o regislro cios jorn aes, porr1ue 11ascPm e 1•1or • rem 11a graudn somhrn a11011 y111n cio povo. ~la~. ai nda neste raso, q11P111 é o culpado? As n, ssas i11 ~lilui,;ül'S, q1J1J la:r.,•111 d a mullt Pr Ull!a Pscrava moral. Agora, todas as hocc:is esca11- ca1am-sc para accumula r d11 apódos a cnlH'<':J ria infP.liz qu1i t ro pPço u na eami nhada para II Cal\alÍo. Porqu,•: lia ~eculu~ quP se rP111• LP1n as mai– ores iud1•licadews contra l!:va, ~em vrrenr , 110 e11Lrela uto. q uP. as 1·a11 - sas dos ~randes mal11• não ~ão a 1111111,er, mas as alJrr racõPs do 11 0~– ~o P$piri ln, qu,i r1•cusa 111 á 11111 lhrr toda a j11~Liça, 111•ga11do alú a su:1 pro µri:1 p2rso11a l 1d 11 de. A mo111I actua l, para s1•r um rac to, dPvia fa– ier de nós o contrario 111 H1 pf' r-lro- 111 e111 de ~iPLzsche, µorque devia le– var-no, a11 uivr l do~ rnmi 1rn11trs ... A'4 11ella hora, o ar vih rava como • u111a ~ra 11 de calhedral. ~oh a mr lu– dia do hronze. Flucl uavam no rs– paço uevoeiios mysticos dn ~011s que SA s11ccediam molP.~, q u,wLPs, Lra uquillo~. A minha a111ill11i11 ha l'a• r1uerrellP, agasalhando-se mais nas, almofadas do cade irão, aju ntou: 1-- ••• mas, infelizmcntr., o idc'.1 1 dos nossos diaq, é que uma senho– rin lr a desconheça todos os conheci– mentos ,psichlcos sobrn a sua or12a– ni~a('iio f P.minina. Estas ideas s:lo fu neslas e causas de inu nml3ras des– irrac:as. Ai1 moças romanas, 110s pri – mordlos da Hepuhlica. p,o~t iava111- !-e deaute da estatna de d1•us Pau . !\Upplicando-1111, quA lhe desse 11 m h_um marido. A imagem d" Pan cc>11 - l1uh a cou,as 1 cm po11co dllsrjavci~. 11 0 P.rtlrr lanto, niin impPtlia q u,• ª" nwlrnna~ rorna11a~ tt,•s~a " l'OC!i~. fo•se 111 mod,.Jos d•: vii 111d" P. ho 11P~– Lidad.,. Posta~ as cou~a~ 11esle pé, ac tua lme11te, pot~ f 1~a cp1P a 11111- lh r r d,•ixaria de sn "~"e hri11q11 Ptl t> Pnfeitado c1e ~edas t.: litai;, parn s,.r u111a c1 P.11 l11 ra 'raciona l e c1111sci1•11- tP.. Qu a11tlo casacl:1 1 011 a11LP.s eli>v:t– cia á dig ni,t:Hle c1.. esposa n de 11wc\ sa hr. ria discr. rni r c11111 c larPr.a. a, graves responsa hrl idades da sua I'º" ~ição, SP.111 Ll'llllg i Vt'l'SU r. IJo- poi:-, Ili i- 11 ha dllliga, O IIII ÍCO cu lpad11 tl PS~•·· crimes adulleri rr ns q11 <•111 r, S>' 11:'1" o pruprio homP 111, q ue f,1z tia c:11 111- panheira uma figu ri11ha QI' \\";, t!J•au de ca ra carmi11 atl_a. ol hos p111 tad11:-, o cnllo P.Sca11dalosa111e11le 1, ú P. co - IJ,•rta dP. µha111:1sias II estofos vi:-to– ~u~, q uavdo 1m calieci11ha cheia d1~ v,• nto, 11f10 P:\ i~tf' 11 111a idéa ~,-•ria, 11111a opi nião IÍ\a·/ A lice 11ciosi:latl" dn veslnario. e 11111 pri ncipio (l i, . . proslilnlçào. j á dii<SI' a lguern. Q11a 11 - do n ho111e 111 n•l!Pc lir a s,·ri11, 1111:– im:alc1.,lav11is pro·j ul,os vindos doa– sa /o ilellb 1Jsca11dalu~a. cont q111• \'1•111 v1•sti11do as 11ossas !il has, potl,•rit Plllào a,alia r o i111111P.11so he rwlir.ir • resulla lll" da si1t~l'l1•r.a dl' 11 111 \' l'S– tua rio rna i~ l,u11e~1u e 11w11os i111- mora l... (ll h11, e u n:io co 11dn n111 u r s,-a ·111 11 • lhe r, c ujo •·~cautlalu ji1 foi co111 ad11 até "º ,1111,-.111 clt: 11 111 Zt': \'i,·1•,,l,. qua lqu r. r . T1111hu pi,· dadP H la,Li 1111> seria1111•ULP, 111111 11111ca,o cl,•~$,t 11a– Lurrza, sin-a dP. glo1 ia para 11 111 I'º· !'la. Q 11 P.11J ó que ua 1·itl:i ri:'tu v;i– cil lou ·? l'rl'LP.11 de e,sP 11wi;11, 4nP a 11111 lhP.r SPja i11 lall i\'~)'! l'orq ue? ll<'· vc>111us a11tes d,. lud o, deplo rar 11 nurrca a poular 11111 a infeliz que 1•;1- liio. I!: ~11 a ll,! lll!lll t1•111 o praz1•r dH vt111gl,Jriar-se de,~a 111isl'-r ia ao po11- Lo dP lt>,ar pa1a o h ttmoris11111 cln po\'i11ho, PII\I ver~os ri 111~dos á cai· – jo da dornle, r o1qul' 6 qur 11;i" v1•111 ;iliiar-l lre rm pnhliro, hou>'sla n1P11- t1:, fl primei , a ped, a, r.11111 o verdu– dl'iro 110111e por ha i>.o 't l... A minha :11nigui11 ha calnu-$0, pP11· sati1a . \'oan,10 aincla 110 ª"• ~u11u- 1 idades lwa ncas de so u~, sacudi11do no silcucio màt,s par a as prccos. Lú para o fundo, a noi te vi 111ta acc1u– de11do os prime iru!I fórus de 1111., quA piscava m oo ceu cltu111 hadn e P!.Curo. ~o largo cadei rão ~la pplP, rollocado na srmi-oh~curidadti da sula, a minha a111i~ ui111ta 111•11dundo a ca ber:o, fechou os olhM P, man– same nte>. começou a dormi r. En.,~A T,iom: DE SoL•zA. \

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