A Semana 1922 - Outubro v5 n 234

1. --- Os grandes encontros de amanhã.. O Remo e o Paysandú ·em disputa offic1al luct~– rão no estadia azu/ino. Quem vencera? O mundo esportivo regio– nal está ansioso pelo encon– tro de amanhã á tarde, onde as turmas dos nossos dois mais fortes clubes se empe– nharão em uma lucta formi– davel para a disputa do cam– peonato official Q " ? uem vencera . . . . Annos atraz o Remo leva– va a campo a quasi certeza da victoria e os seus asso– ciados, ciosos do valor da sua esquadra, annunciavam a vi– ctoria como certa e infallivel. Hoje, porem, já não mais sue– cede o mesmo. O Paysandú, que não desartimava nunca, _ que cada_ derr?ta era como que um mcent1vo, cada fra– casso um estimulo, trabalhou com uma força de vontade gigantesca long<?s annos s~– guidos e um dia de g loria poude sobrepujar o r~val ter– rível, abatendo-o hero1ca1:1en– te arrebatando-lhe o titulo d; campeão. E já dois an– nos decorrem que é assim... O Remo ainda não refeito das perdas irreparraveü, que seu quadro soflreu, ~inda sen– tindo a falta de Conntbo, Du– ca, Lulú, Bordallo, Tobias, Chermont, Rubilla r, Macedo e tantos outros q11 e o sagra– ram Campeão do Norte, e campeão paraense sete annos seguidos, parece jogar hoje com a impressão que não mais pode derrotar o rival, que o seu passado de gloria não mais voltará, que sua ban- <leira não mais pannejará or– gulhosa e triu mphante... Aquelle Remo do La rgo de S ão Braz, quando o esporte pan1e nse estava no auge do enthusiasmo, quando não ha– viamos deixado penetrar em nosso meio esse indiflerentis– mo, essa maneira triste de encarar o esporte, é para nós a penas uma lembra nça lon– ginqua se esfumando nas bru– mas do· passado . ... Aque)le Remo-que não per~1a um JO· go, que não se deixava d_er– rotar , que não e ra vencido porque os seus ?efensores em campo se batiam co ~10 leões, porqu e não fraqueja– vam nem cansavam na lucta, não desanimavam nem per– diam a calma nos perigos, hoje é tão somente uma re– cordação; uma prova mate– rial do quanto aguella moci– dade pa raense e ra destemi– da, do quanto trabalhava para engrandecer la fóra o nome da nossa ten a. Mas, infeliz– mente, tudo passou . .. E o Paysandú, nariuelle mo– mento um nucleo de meni– nos, hoje se fez formidavel, alinhou em suas turmas uma ple iade de moços valentes e destemidos; congregou em seu seio uma mocidade lorte e corajos::t, que ma is tarde at– testar á aos porvindoiros que o paniense nfLo é um fraco, não SP. acovarda nunca, que sabe em qualquer terreno hon– rar o nome do seu berço. E é assim que os dois hoje se batem . .. Um com suas glorias antigas, com a recor. dação dos tempos passados, outro com um presente re– pleto de esperanças, com uma vontade louca de vencer... E quem venc·erá ?... Quem ven– cerá? . .. Proezas duma nada– dora ingleza. Uma arrojada nadadora ingleza, pertencente a umª das mai ~ distin– ctas familias inglt>zai:, sra. Hamil– ton, ha pouco quasi atravessa a na– do o Mancha. Partiu , ás 11 horas dum sabba– do do cabo Gris Nez, escollada pelo vapor fraocez «Vigilante», dum ro– cauto de Boulog ne rumo de Doai, na costa iogleza. - ...... Dapois da haver nadado com he– roísmo e bravura mais viole horas, luctaodo com iortes correntes teve de ahandonar o rraid» quando fal– tavam apenas 3 milhas para o fl m do percurso. Sra . Hamilton já tão pru·to do ponto rle chegada foi as– sediadil por fortíssima correntez:i , não podendo vencei-a devido o aba• ti mento e o cansaço de que se acha- va possuída. • Foi recolhida quasi desaoiooada e ainda assim soffreu grandes con– tusõPs, pois ao ser içada cahiu tres vezes ao 01ar e uma no fundo da embarcação, devido ao seu corpo estar coberto por uma forte camada de graxa. A senhora Hamilton, assim que despertou, declarou resolutamente que uo proximo anuo tentaria ao• vameote a arriscada travessia. BOXE ............. ...... _ Uma Iuc ta lormida– vel d e dois "tigre s". -Como era antiga– me nte. Os antigos luctadores de box não se preoccu11avam com as «differeo– ça~de peso», com o «local o e outras «coisinhas» dos modernos boxistas. ílecordamos o exemplo de Me-A u– li[e, um • peso leve» de Nova York, campeão mundial in vencí vel. Era um homem! Não q~aria saber a qualidade do adversai 10 que tinha de enfrentar, coru o lagar do P.ncou tro or.m com a quanti_dade de P~pectadores que accot'l'en am a vol-o luctar. Em 1887, logo na pri meira q11i111.ena do auno, ha trinta e cinco nnno~, bateu-se, em Sa iam, Massachussetls, com Uar– ry Gilmo1·e, um boxeador do Caua– dá, pro trgido do Arthu r Chambers, ex-campeflo do 11r.so dcllA, qu11 o ti– nha desaliado. Luctoi·,1111 num salão em qne havia nma piscina PnnrmP. Mc-i\ uliffe appareceu di> Cl'h:ãu aw l e meios vermelha~, pe~ii ndo quasi cento e trinta e tres libras, emquao to Gilruore entrava do cal•

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