A Semana 1922 - Outubro v5 n 234

✓ r , I T E:--rro a impressão qne o Círio, i proporção que os annos se re– produzem, se reveste de um aspecto mais deslumbrante e a fé dos para– enses, que vêem na Virgem de Na.· zareth a sua protectora, se revela mais ardente em manifestações que confortam a nossa. alma catholica. Isso mes mo senti, enternecido, ao assistir a passagem da magestosa procissão, onde todos confundidos est~vam, pelo mes mo sentimento de raverencia á Santa, t riumphalmen– te conduzida na s ua berlinda de fi– eit', entre os quaes g rato me foi en– xergar o sympathico dr. Rodt·igues dos Santos, que se esqueceu, no cumprimento de uma promessa sa– grada, das prerogativas de deputa– do e do relevo do·cargo de inten· dente muni, i ,ai de Santarém, para pegn.r na corda, da Sé à Bnsilica, ond e elle chegou vermelhíssimo e com os pés, descalços, martyrisados pelos pisões recebidos. ••• 1 A sahir o Cirio. O sempre jovial sr. Libanio Valle se aproximou da berlinda e collocou as mãos na cor· da. Mas o fez, propositalmente ou não, infli 1g indooque determinaraadire– ctoria da festividade nazurethna, sa– bdo como era, pela ampla publica– ção nos jornueF, que de um lado fi – caria m os home ns e do outro as rnu· l heres. O s r. Liba nio preferiu a com– p a nhia destas , mas não o consegu iu porque o coronP.I José Chennout lhe chamou a attenção para a providen– t i, tomada, anteriormen te, por pre· caução acertada. ••• Q deputado Alfredo Chaves gos- ta de acompanhar o Cirio, to– dos os an;1os. com os pés completa– mente desimpedidos d e qualquer agazalho. .Mas ning uem lhe pise os callos. E assim res:: lveu, domin o·,) ultimo, munir-se ele uma chib,~a com a qual, certamente, reagiar i cón tra os apert,:ie-a. *** Q t enente coronel J Gnes Hesket h, que estava apen as vestido d e camisa, calçn. e, naturalmente, d e ceroula ou c ueca, conduziu, os sopa– tos nas res pectivas mãos. UM-1 das notas mais commovedo- ras do Cirio foi um grupo de marujos. Co nstituiam-no os s rs. Ar· naldo Damnso de Andrade, Luiz de A lbuquerque Maranhão, Anmral Me· u ezes, Rogaciano Franco, Carlos In· fante de Castro, Ildefonso Muniz, dr. Carlos Moraes, conferentes )Ion· ra Palha e João Nogueirn. e dr. The– ophilo F o rtuna. Ao todo doze distinctos funccio • narios dn. aduana pnraense, q ue fa ziam votofl para que o seu novo che– fe, o sr. Evandro Ribeiro, seja uma· perola. As festas profanas, no arraial, t êm deco rrido b rilhantemente e o pessoal chie deilas vae parUcipan– do com evidente animação. De uma cadeira d a Sociedade do Descanso, onde se reune a fina flor (niio é elo Umarizal) do nosso meill, se aprecia muit a coisinha bua, como 11 diz o dr. José Domingues. pn1MR1rto domingo da festa . A pr,1- ça Justo Chermont. offerecia lin· do aspecto pela presença uotavel de g raciosas senhorinhas, que niio es– ca pavam á ins pecção do dr. Fránco -:'IIartyre!', gentilmente cuidadoso em responder, de urna cad eira de balan· ço, aos numerosos c ump rimentos q ue lhe ernm dirig idos . Passa um se nhor, de vastos bigo– des, meio embaraçado porque nun· ca v ira tanta gen te reunida, e o dr. Franco lhe f az um signal com os rledos pollegar e indicador da mão direita, sendo desattendido com um aceno negativo de cabeça. O dr. Arnobio Franco, que pres· t ava attenção ao facto, d isse, escan· dalisado: ·-Mas, seu Franco, você tem co· regem de cobrar conta dos seus cons· tituintes aqui no arraial ? Mal pôde disfarçar o prazenteiro bacharel com uma justificativa que o dr. Arnobio não acceitou. ••• N UM grupo de cavalheiros distin . ctos, nrnmbros effectivos da So– ciedade do Descanso, falava·se de moça~, q ue é sempre o assumpto preclilecto dos que revelam bom gosto. Atraz, nas cadeiras d a segunda fi la, o coronel F rancisco Cn.rdoso se queixava n. outro senhor do prejuizo que tem soffrido nos negocios da sua fazenda no Marajó. O dr. T eixeira de Lemos, obser vaudo a disparidade de as,umpto no momento. commeutou: -Ora vejam as cousas como são; emci_uanto n ós nos occupamos do bello sexo o coronel Cardoso se pre. occupa com o preço de gado. *** Q dr. Menenio L obato é um moço m uit o conhecido. E lle, desde creança, conforme relato que fazi:i. o d r. Z acharias Martyres, 'se a cos· tumou a tornar qualquer pessôa como medico e dabi as constant es vezes que põe a ling un. fóra da hocca, como que a solicitar que a examinem. Mas numa destas ultimas noites, quando o movimento era diminuto n o arraial , uma pequena espevitada embirrnu com aquelle costume e, para es pa nto das pessôas proximas, queria cortar â. lingun. inoffensiva. do dr. Menenio, que se retirou eu. cabulado. NADA mais bailo do que a lucta. pela v id:i.. L ouvemos, pois, o dr. Genaro Ponte Sousa, auctor de uma. das re• vistas nazarethnas, que se tem mos– trado iufotignvel no ex ito d a sua.

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