A Semana 1922 - Outubro v5 n 234

A SEMANA - - - - . . - - ··H•H, AA A"•J.A"'li ~ --Ji. 1,:·11·110·11 li li :A A A A.A.A <7{_otas de actuafidade ■ li■ 11 ■ 11 ■ 11 ■ ... li ■ 11 ■ 11 ■li ■li ■ 11 ■ 11 ■ I• ■ "■li■li ■ li■ li■ 11 ■ " ■ li■li ■ 11 ■ • lt■' lfl• ■ •• ■ 1 t ■ 1 Expressivo desaggravo á pessôa do . dr. Camillo Salgado R O eminente dr. Camillo Sal– ~ado, o grande. cirurgião que e um nome nacional, pelo ex– traordinario relevo com que de– sempedha a sua nobilíssima pro– f:ssão, ex,tltando-.'.I pelo seu in– concussb valor, re<.:ebeu, ante– hontem, uma prova doquentl! de consiJeração que só aos ho– men s da sua tempera é dado receber. Magoncos com as referencins que o d irector do serviço de prophylaxia Rural do Pa rá, eni entrevist?. concedida n determi– nado orgão de imprensa da ca– pital da · Republit:a, fez aos ser– viços de hygiene de Belém, en– volvendo, embora de maneira v.1ga, nos seus conceitos d:– Preciadores, a valorosa pessoa do dr Salgado, os professores e alumnos da Faculdade de Me• dicina do Pará, confundidos nos n1esmos sentimentos de justiça, Promoveram expr cssivn mani- 11ifeldt ocão de rlesuggru vo úquelle nbalis ado c irurg ião, brilhantis- , Sin,a fi g ura da n ossa c lasse rnedica, que equivaleu a reaffir- 1nar, pela sua espontaneidade, quanto vale nesta terra o nome do illustre paraense. Já a imprensa diaria repro– duziu o que foi a invulgar de- monstração ele conforto a quem a merece não só con10 um dos expoentes· maximos na cirur· . gia brasileira, más sobretuJo pelos seus sentimentos eleva– dos, conhecidos das m ilh ares de pessons que o exlremeccm e proclr,mam a generos id ade de s u a a lma e a · g rande za do seu coração. Ao precl~ro dr. Camillo Sal– gado A SEMANA felicita de co– ração pela consag ração feita, muito ajustadamente, ao seu nome. :::=====:::::,. -<><>--<3:=====-=t.======== 0 ====== ~o de JOSÊ SIMOE.§.,. V ~:Jo-o sempre torturado, ao meu rico e pebre amigo J osé S imões! llico, porque, á medida que lhe cor– l"eni os annos, a veia poetica ruais Se lhe alcandora e harmonisa, á t>e1·feição da arte, á sensibilidade da esthesia como, até, aos caprichos do estudo, e pobre, oh que pobrfza al– ti\1a ! pela circumstancia da voca– tio de sua- alma de artista innato, e citharedo do verseja r e,pontn– lleo e rútilo, não lhe nermittir 0 Utro meio de vida, visto como Q.fó. ' i1l t a este o da pura e exclusiva t tellectualidade -t.odos se lhe an– l'?lhllm burguezes, praticos, mate- •aes · · • E por isi;o J O!i'é Simões, quanto mais sonha e idealiza,quun– to mais trabalha e p roduz, mais pa– dece em seu intimo, em seu cerebro de v isionaril•... Quem o vê por essas ruas, torturado de physico e semblante, ha de tomai-o, por sem duvida, como u interpretação fia· grante e inilludivel do intellectnal que teima e persiste e reteima em ser poeta e escriptor nestu terra, só poeta e escriptor, mau grado todos os obices, innumeres e intransponí– veis, do pesado e rombo deste vi ver mesquinho e mercenario, d o acha– parrado e lerdo desta existencia falha de Iuz, engeitada de es piri– tualidade, que é o nosso ambiente, uno e invnria,•el, cujas sensações se mercadejam. a grosso e a ret.a) ho ás ordens e imposições de Mercu~ rio ... E por isso José Simões, 0 . vibrante )yrico fino, o emotivo, 0 enibriao-a· · d tes e "' de sonetos se . u~en_ la fórma · poern pe dores, que se im O extasiam ·da com · flexivel e bruni ' fremem e .d, ue cantam, pelas I eas q . dia muito soluçam ... anda h oJe e:e um tanto mais torturado, po;;to q 11 rico na . t E ' que e e, menos tns e• · · · 1 sPu 1 a e reson ia o s ua pob1·e,w, son 1 11· ·aade a 1 de dar pu J ic1 antigo son 10_ lle ue livros um de seus 11,·r c·s. · · 0 q . ,. ilo . · oi O mais ue , muitos e muito!', qu . t . es- o mais emoci.. n~l,jaí podena ei _ fl · • de arte e 31 porzido como ore::, roubo~ se a cu iigem de preoccup?- .' . ,oh·e o eco ções mutpr111es que en _ desta nosf'a querida terra. se ~n treabri -se, ele quando f'ID quan ~• ·. . d' •el de um ed1- uo acl•no imprescin 1' t or u.m ,ó apenas! que ~e propu- ' · ' · d a lor zessc a ne.,.ociar os livros e v ' tant'ls e ta 0 ntos ! ·que cm Belem se manusc revtm, mas que se não im– prime~,. porqut! o· meio é cada v~z m11i:;; '" 'achapano.do e lerdo, mais mercenario e mesguinho, falho de · luz e1~0-eitado de espiritualidade·.· . Àssi~ como assim, J osé S imões, em br;ve, dará sabida a uma de suas obras. Elle, c·omo bern poucos. Pntre nós, poderá contar com o apoio .do publico, que lhe fórma um t odo d e admiradores os mais s ince– ros, os U'IUl8 ospontaneos. ARNALDO V ALLE. t/. ~~.:· ......................... ~ Como se inutilisa um sacerdocio O mou excoilcnte amigo Oliveira deo os primeiros estoiros da ·exis– tr.11c ia lá p'ras !;andas do Miuho, 1111111a aldeiota de poucas Ca5as e muitas couves, pois que á peqne11a area das construcções correspondia um gi'ande trecho· de hortas, ocr.u– pando a primeira fila a horta do sr. ablindP, pançudo fradalhã u, de lar– gas vc 111as. como o dis~e o inevc– rente e hoj r, arrependido sr. Gue r– ra Junqu eiro. O sr. a1Jbac1A, n~s horas fôrras do breviario r. das a111olaçü1is dos ,,que– rella11tr.5», culliváva toda sorlu de hortalic;as : couves, nnbos, ce11ou– nts, _espi11aírr., couve-flor, colorau , 11111x1xe, qui11hos 1-1 outros, dedican– do, porem. esp.,cial cariuho, e mP.s- 1110 zr.Io religioso ·a um cnnleiro de tomateiros, cujus'rrurto~, groudes e de Qrn rubro vivo, f'ru111 dl~putn– d_os, com sinswlar appr.lito c 11li11a– no, u duas IPguas d~qu,.llas r,·tlu11- dPzas. Era o abbade um santo VHràu muito teml'nte a Deus e inecuuci-

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