A Semana 1922 - Novembro v5 n 240

! J ( Depois das homenagens á :ff:mdeira no dia a ella consa– grado, o maior suc.:esso da se– mana· foi representado co·11 a visita dos dois r.avios do Me– xico, com a presença dos ca– detes mexicanos e as suas or– chestras. Ora, esse Mexico, que co– nheciamos apenas através dos films americanos como um paiz de individuos profissio• naes da desordem, de repentt:J, sob a vontaJe de ferro de es– tadistas de fina tempera, se faz uma nação cultor,i da Or– dem e do Progresso, e, o que mais nos penhora, wn povo grande amigo do Brasil. Dois indivíduos se encon • trarn sobre o convez de um navio, á meza de um b.zr, nos JauleHils vizinhos de um thea– tro, nas archibancadas de um stadiwn de foot-balt ou no mesmo banco de um bond. Esses dois individuas nunca se viram, não tiveram uma apresentação em regra, mas uniu-os uma mutua sympa:hia. Em poucos momentos trocam idéas, abraçam-~e e uma soli– da amizade se alicerça, appro· ximando-os cada vez mais. Eis o que se dá com o Me– xico e o Brasil neste n10mento. Vivendo lá ao longe, se111prc atarefado com os preparativos de uma revolução em perspe– ctiva, o Mexico occupado com os n1ovirnentos intestinos não tinha mesmo tempo para alon– gar a vist,1 para alem das suas fronteiras. Um dia, porém, des· perta e avulta em seu seio a fi gura mascula de um Obregon. Por uma coinciclencia interes– sante quem governa o Brasil nesse instante é o sr. Epitacio Pessôa. Obrego11, sabido dos mov imentos re volucionmios, en• tende q'..le o seu paiz deve en· trar num períoJo de ordem, a bem dos fóros que deve des– fructnr um povo civilisa lo. E' 4 81CHASA justamente a esse tempo que o phantasma da revolução ame– :;!Ça afogar em sangue a Terra Brasileira. O sr. Epitacio age e consegue esmagar a serpen· te subversiva. Então por :;obre as terras americanas que !:'epa· ram as duas futurosas nações das duas i\n1ericas. dois povos se avistam e se approxirnam para urna grande amizade. P<1ra inicio das provas de urna grar,de affci:;:ão, o Mexico baptisa urna das principaes ar- Cnrm,-tn, /ilha do sr, AmjJhiloquis Soa• r,:.r da Fo:,sccn, cai.ra do Lour/011 B,u,k. terias de sua primeira cidade com o nome de Brasil, e a nossa r atria rasponde á ·genti– leza com egual gesto. Depois celebra o Bra~il o prim·eiro cen– tenario da sua indepen.dencia política. Que faz o Mexico? Re– :jUintan,io-se nas rrovas de ami· zacte envia..nos embaixadores, remette-nos navios, manda-nos os seus cadetes, musicas, abra· ços e votos de felicidade. E eis a!"sim cimentada urna gran– de affeição de que nccessaria• mente resultarão bons fructos. Hoje, Brasil e Mexico podem ter como divisa a mernornvel phrase de Saenz Pena :-•Tu,lo nos une, n:id:i nos separa • O illustre director da Fa– zenda do Estado, nosso aflectuoso collaborador coro– nel Apollinario Moreira, dis– tinguiu a redacção d'A SE– MANA com um exemplar do relatorio em que deu contas claras e precisasi ao dr. Sou– sa Castro, da sua acção la– b0riosa e proveitosa á frente daquelle i111portante departa– mento. E' um trabalho de relevo e honra a que m_ o escreveu, que os nossos leitores conhe– cem como um espirita culto e esclarecido. ___*___ TEM·SE commentado, com as censuras que mere– ce, 0 facto d e um distincto commerciante da praça de Belem, que fez annos recen– temente, haver sido assedia– d o por delegados da in pren– sa para~nse, que delle rece– b e n_un importancias em di– nheiro por noticias publica– das ~obre a sua respeitavel pessoa. .Porqu: seja uma vilíssima exp_loraçao, essa que se diz registada, damo-nos p d 1 ressa en~ ec arar que A SEMANA cu3as tradições de cin • nos s'" . co an- ao as mais limpas l v·-das d e e e- " ' na a recebeu . s~rír conceitos sobre ;ºr ir– ndo cavalheiro u e_ e– nos mere,.e. ' q e llluito Felizmente O dize m receio de c~ntestaç'" os se_m t d • dO nao cons am as nossas ' _ . d no1 mas pt ocessos e tal espec· te. *·--- A mulher innocent . d . mente dotada do sexte e ª 1 ~1rave\. b , • o sentido rece e as impressões niio 1 : que das na ordem fi . e nssrfica– adivinhn quem a ~~a nent moral, e digam. yurece que 0 ª~~~!e 1~ que lho d e esplntos amio-os . ie povoo. ellu e os oihos de ' que gu·au1 entre • quem a fito O d reves, a requesta. ' u e ••• Qn~nd? o amor proprio fnln cornçuo J(1 tem onefeeido ' 0 das as improssões. para to- Cmni/lo Caste/lo Br anco.

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