A Semana 1922 - Novembro v5 n 240

~~~••••••H•••~llf-'(Jl-'l•••H•~ ~~~~x...z~~~..z~~.;L,,~X~~~~~ ►~$-~-tSBM _RU'MO... t·*~r A SE~fAN'A ~ . ~ :::-,~~r~:1:':Z""r~~r'!t~~'1~~-~~~·~ -;; O. C.-J1cu q ue1·idr, poeta L ima. · Junior. Rct:ucla.dissimo vae este n1en n.graclccime nto no seu formo– so li vi-o-~C,,11<;üo da idade de Oiro ».-l<:1n as 111 inl1ns pe riodicas percg-rinações por terras da n ossn. tilo q uerida Alng·ôas, n nnca. me foi dado, inf1>l izmente , o ng-rada– vel m omen to ele top,il-o n o me n cmninlio. Ce n t.cnas ele \·ezes, po– i·em, soou-me nos on ,·idr,s o seu 1 1ome celebrado e os suns cnr me3 fo1·111osos d elflitam111 1112 o e;,piri to. Assim, 11:10 te ndo ele t :10 illas tre :oestncla110 pessoal con lwci111e11to, 1bre111odo me tocaram a offcr ta 111 til e a s gcnC'rosas palayras te traçou. C hamou- me Você ( d , l'Cloan•lo a i11 ti111id:1clc) rlt, talc n• , C'J pa trício de espí r ito hrilhan te •peroso. A mim, meu ca ro pncta, in tel– :·c nc ia ao 11i ,·el cio n d~ a r, ser– da por n1na n1g·n <J fn g-acc e1·n- 1ç,w, pe rmitta cine 11 ,'o diga, 'sin- e r,uncnte, 11,10 cabem 1H1•n se :1,iu.;tn.1n, cc:i1n p recizflo, ns tiCn s conce itos. Você me não co nliccc de perto. lJom ccrt1:zn os me us caros e g·e- 11urosos :unig-ns ele ah i, que sf"to mui tos , di,serarn- lhe que C' tt sabia tlµ;111na coi:;,. e qnc era um su– iui to in l,e llig-ente. 'I'ant') bastou par:t q u e Você, uuço, no pl11no rulg-nr da sun rui– lnsn i11tc llectnalidad e, e ng-ran rle– c,s~c a 111i11l1a mcdiocrirlade, com l'IILe _i.;·c nc rosa e m e colla,sn ao •11 1w oh;c11ro ta ll to,; ad iecti vos 1.;tro~o.;. Pt1r P~ta ,·,,,:, fi t:a pe r– oado. (l1rn11clo , po r,:111, rlc 011trn, 11w 1·1 11da1· as , 11:1,; h,,11:1~ j'rnd1u·,J1\l,, 1ra d,,J.,itn do 111e n <•,;pi ri tn ari – J rli' h!!ll,,z:1, c•,;•p1<i<;a os t:tl'., ij,•r ti vos e tr,1cü 1111ica111,•11t•• o meu nome a pag-ado. Tifos ... , , j á demasiada e a bor recida vae se to r– nando n min ha aclver teneia e cu desej o di-:er duas linhas a respei– to dos seus versos. . Var ias vezes, na in timidade dos meus amig·os de lettras, t ive oc– eas ifto de d ize r : «nào tolé ro os poetas, ! E' preciso, pore m, q ue se entenda . . . «os m.í.os poeta s», «os poetastros», desgTaçadamen te abundantes. A poe.-;ia é u ma arte, ruq1wr um artis ta. 1~ o verso é uma. obra d 'a1·te. Ü:; a rtistas sito poucos, logo o ver so é ra ro. Mas... com Você, 1•1e u caro Lima Ju– nior , i; to nada te111 q ue ver. Você é um a r tista do verso des– t inado ,í. g·lurific:t<;iio . E stncl u 1 Avance! Não v(t ,·er, porem , nes– tas lin h as q ue ire i aqui tn\c;ando u ma cri tica litternri:, a o seu fo r– moso livro. Nüo. Nilo me s into ca– pa,: de cr iticar. Veja só, e só, a trad ucçi"to, por yezes ri':lc:s, da im– p ressi'to q ue fo ra m cau:;andn os seus 11u111e roso5 ca r rnP-,,, •• 111 o meu espi r ito impressio11a vél r1 cor ro ido pulas d!lsi11 u sõos. De p rompt.o, lo– g-o 11 111 traço lig·(:U as nossas al– mas : «Você ama a natu reza, Vo– cê a dora as flo res tas.» H í-:mhria• .. · ;i.mc cslf' oilor dé ca laia e o::r1ueci111cnto, Em ttlll; sinli> o o,lur tia sch·a e ela saudc Toda a \'ida ,·i,·cr, lonJ!c Lia h11m:111a i:-rcntc D ílor(Hla a gozar csLa tlocc harmonia! Ter por teclo esta ,·crilc r op11l(•11la ío!l1ai;n111, E por leito rnacio c~la macia :1Homhra, Das folhas Cicular ~L dulcilla li11g1wgcm, E rs magoas cs,p,cccr no coní11l'IO <la soml~ra... ·cnlir a soli d:io do campo a alma tomanuo E a ,·isla acost11:11ar-s c a estes ,·crdls as11ectos, A a;.p1a pura IJchcr 1111111 veio sol11t; uH.lo. Nm11 c111h'cr·to c;;cular as ares e o~ ifüccto!"..• l,otatlo \'ivc1· da con,·ir<'111·ia h11111:i.11a, -' 0 <'tHl\'Í\'i,, 1•. ª" :unor ela,; anorl'S íf'lize'-=, :\ :tlm·, aos r•mt·o-.,r(ili 1, 1111 c ai•.5 Jl:l!'-Silro~ sr i1·1na11:i E d io fo1\•a e \'i;.:or os frní•los e :1s raiz~.:'. ... i\T u itas vezes, crc,ia, nw n caro Lillla J1111 ior, li e re li es:;ns ,·e1·– ~o,. Da s ua 1netrica. da s11a. f<-i-• çf10 technica poetas e lct trados falem . E u, cú, rude alma, unica– men te vibratil, a n aly so-lhes o sen– timen to, a vrmlade e n doçu ra ! Cazaram-se alli os no,s o, senti– J11'}n tos. gn q ncl'O ta n to bem a s ar vores ! Quan t:u, no seio dest:L opulen– ta a111azo11 ica floresta, _j[t beije i, n um amplexo , 0 x rravag·:i11t.e de a mnr pnnth cista ! ?. . . Não vou, porem, 11est.e meu a mor ,ís ar vo– res, ao exa g·c r , (!'aquelltes desilln– clidos q ue di,se rn1n : «antns beij ru· a r vorn;; q ue oscul.1r mul heres.» Nito. [sto , al1io-ll1e;; dn p enna., cer to, e m nrn momen t.o d e cxag·e– rada irrit1tbilidacll\. H n, pornm, mais innocencin, a credito, nos be i– jos q ue su diw nas arvo res.. , ... E' ccrt,111ie11 te extravag:1 ncin !lornparar u ma nrvorc a uma nrn– lhcr ... Mas 1•er ~·11 11t.aram os t:ws tlcsillndid<Js : • q ue ll<'S pode dar a mn lhcr '?> ,J,i vos;;os formosos ol hos i-cspo11- dcra111, g·c n tis le itoras. E11 11110 p reciso repdir. aqu i. « 1~ a :; ar v ores '?1> Düo#•no~ a so111- b ra rnfr ig·crnnte e d elieiosa, o rrn– cto s:1boroso, o nxyg·eno sal11 Utr, a 11 n~, :1 hnhitn~io, n 11 o~so lnmn .. . ?llas, g·cin t il le itora ... Nilo. m 1 nf10 s ig o n opini,to dos dt:,i llud i– dos. «A boijar arvo res p refiro os– cular 111ull1c:res.) O prnzcr <le uma bôa acção é o 1111 ii;o praze r sem mist ura de dô r. ••• :--.euornPçnrrnos n ver o mu ndo t al qual é , rt poesia acaba toda. Cami//o Casfetlo /Jrmu:o. Orna a capa de fioje da /\. SEMANA, o refrato da senliorinfia !llneide 'lJezerra , graciosa {iflia do coronel !7.l,ntenor c:lJezerra, fazen· deiro no marajá. _,,,_,eg~u_re_~ww=..a=~=--~d,...,.a""""""'_n' A E quitati V a

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