A Semana 1922 - Novembro v5 n 239

EPISTOLA fEUININA .. ... ......... 1,••·· ···"•1. , •"•"I• "· ··· "· Graciosa senhorinha. · Solicitou-me v. Pxc•., em burila· das phra~es, de onde gottejam toda a duvida qu~ lhe dessora o es pírito, a' minha desvaliosa opinião, sobre Pssa velha e revolha questão femi– nista, de "uma só moral pata ' os dois sexos». Mas, senhorinha, como lembrou· Passionarias - Dei,ci0so aruma.! disse al– g nenr, tomnnrlo-me das mãos o lenço q n • e n trazia. Delic ioso aroma. Achei cur·int<o: eu, nesse r!ia. 11:111 per fumara o lenço. Para· convén,:.•r-., e cheirei -o tarnbem e saidu-rue esp&ntanea a mesm~ .exe+ama~·ào: Del icioso arôma! F i JnPi a pensar: t-,ria eu mes– mo perfuma<lo o lenço? não, ti– -n ha a certeza . Demais aquella essencia. tão delicada, tão snb– til , tão brnnda jarni:.is eu pos· ·s nira. Q11e Hur teria tão extra- nho nr ôma! ? Não me constava _que tal ilô r houvesse, entretan• to. por força; ella exist ia. De rPpentP. lembrei-me: Meu lenço, ne"se dia, roçarn levemen– te pelas ros as do teu rosto. Coelho N etto. ~e v . ex.:·•., de quenr, fal lida de in• t~llii;encit1 , g iza para Fi mesmo, com d,ffi.,uldad_.,s, opiniõeF, que quasi Sl'mprP, _s ao o reflexo da dolorosa . ane111ra tnlelltctual de que é os- Sllluura ? p () 4_ne dirão os especialistas na mal.ena, esses nresmos intellectuaes" •1ue 1, 0 1· al11 se ncotovelam e se es: '!1111-rnm. sen hn rPs que são de d es– c:ornpas;;a.l n 11u,11tulidar]p 'q ne t d 8' 1 • t 1 • u o . •~>cn,, ur", o que uiràu elles, exc•., •111,11,cln vrrenr en, lettrns de forma " ue~e111x11Lime11tu de~tas quatro li: A·· SIW.!S.! ' nlrns «bolshevistas,i, ·ex'[r r i"m i n ~o. pessimamente, uma id~n que me é exigida com tanta g raça'? De certo, que para dizer o que pen– rn, não o farei sem incorrer, em pu· blico, na critica severa dos «sete– scienciaso au~tero·s e duro,;. J\las v. exc", obrign•me ao s11crificio com tanto espírito, que eu, á Femclhan· ça daquelles luctadÓres antigos, des· ço logo, sem mais embai;es, ft, l\rena. de v iseira baixa, pesada. armadura e lança em riste. Assim, portanto, começarei por dizer á g raciosa mis~ivista, qne se– ria 11111 erro de graves con~equen– cias. addicionnrruos ao fe111in ismo, qne aliás é heilo, porque. consor ·ia perfeitamente as fu11cções e rlt•v..!res de maternicladt>, corn todas as pro– füsões liheraes ~ políticas, mais esse caro teratologico, àe «urna !SÓ moral para os dois sexos». facto esse, que se vingasse, i111p" rLaria na cnmple– t::i. desmóralrsn.;ii.o ·aa rn11lh~r, -no augmento dos . fi lhos b ,stard.Js e na s upressão da familia. Não nos illn– damos com a pl:an1a,ia de !:'latão. :::lejamos serPnos e occn pe·no-nos com independeneia do fut uro :·esPr• vado á que, tão ferninista de p:1r cnrn a maternidade, alem dos re,; ursos a untepôr. ainda, aos Pxagger"s peri– gosos, com que i.qnel'a nos nmea~a, de quando em vez. Sabemo~ que é de longe qua ns revindicaçõ~~ femininas vêm liber– tando a mulher da; injusLiças em que um gro,;seir,, erro dos nossos anteoassarlos a colloca, a. Mas é pre– c iso repeLir, que j arnnis deverá Alia deixar de sei· mulhP. r: fatalmente chnmbnda á. t;ua t-r;{auisaçãc, em cnjos nlicerces cresce a prepon le– rancia. das rondições biologicas, ads· trictas ao seu sexo. mãe: na maternirlade es tá a gran– deza ele sna mis,:ão, tão somente á maternidade consPgniriio ve11cer.n · l'r·ei v. exc ·., q-ne é fora d e duvi• do, que exclui<lo o pffeito littcrnrio, nada de s incero exis te nas affirma· cões desses fal~o!S apr stolo~. que pre– gam o fim do genero humano, com unrna só mo~al pnrn 0s dois sexo , ." CccJ'• filha do sr. Arma,!tlo José da Si/- ! zm, m,.,·iliar do commercw e !l"e /e= 1111- i 110.r ti 29 d,; me= 11/t,1110. : ························-·-······················ .................... _ ...... , .. _, ............. _ · Satisfeita, a,:sim, a e:::cantadora éuriosidnde de v. exc•., sobre essa qnPstão, dou-me por feliz se conse– gui, com as m inhas 01, in iiies, 11qui espend idas, esbatpr• urn pouco a du– vida que a nmurg nra e cujo e~tado d .-dmu ht m trad uz a ele!.(11nte 111i:;si– vn de v excª.. qnn n1c cliPg<,u ús mã0s nn tarde morrpr,te de hn ntern. · Sem mai;; ass11111ptn, solicita J•Pt·– missíi.11 para h,•ijar ~s fidal gas miio– ~inhns de v. exc•.. a menor pntrir i11 . Eu1.1NA T1-10Mf: DE SouzA. 1' r:,.nscrcvo aqui, para goso do es– p írito culto de v. excª., as palavras d o fino psychologo de Dora, que em sessão mernoravel, na Sociedade Fe– minina de Christiania, pronunciou, cheio de eloquencia. e de verdade: •::lerão as mulheres a resolver o grande problema da lwmnniclade; hão de resolvei-o na qualidade de - .. ········-··- ···--·-··-·- -···-·-·-·---- ·- ···········..·····················~~t~~---·"'""""'• Camisas, ' : Gravatci's ' .. ~ • ... .,: •✓ -4 recebeu-a t' . CAl\li'ISARIA' E CHAPELARIA 65-Ruà Co'ns. João Alfredo-65 'PARÁ-· Cha-péos - DE - Palha - E- Massa VERDADEIRA NOVIDADE

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